Fanfarra dos Ex-alunos da ETPC pode receber título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado e de Volta Redonda

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VOLTA REDONDA

Duas iniciativas políticas pretendem conceder o título de Patrimônio Cultural e Imaterial à Fanfarra dos Ex-alunos da Escola Técnica Pandiá Calógeras. São projetos de lei sobre o mesmo teor, porém um está na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e outro na Câmara de Vereadores. A iniciativa na Alerj é do deputado estadual Jari Oliveira (PSB) e no Legislativo volta-redondense é do vereador Jorginho Fuede (PSDB).

Jari é membro da Comissão de Cultura da Alerj e entrou com esse projeto de lei que beneficia a Fanfarra dos Ex-alunos da ETPC foi criada na década de 60. Ganhou nove títulos nacionais até a década de 80 e retomou agora suas atividades, em 2021. “Agora, o grupo formado por músicos veteranos ex-integrantes da vitoriosa Fanfarra da Escola Técnica volta aos dias de glória reforçando o compromisso com a cultura fluminense abrilhantando grandes eventos públicos”, contou Jari, completando que o projeto precisa ser votado em duas discussões no plenário antes de ser enviado ao governador Cláudio Castro para que seja sancionado.

Já na Câmara de Volta Redonda, nessa semana, o projeto de lei de autoria de Fuede foi aprovado em segunda discussão. Ele seguirá para análise do prefeito Antonio Francisco Neto. Fuede mencionou que a fanfarra tem nove títulos nacionais e 70 estaduais. “Estou fazendo essa homenagem e fazendo justiça a uma fanfarra vencedora. É um apoio à cultura também”, disse.

Os integrantes da Fanfarra de Ex-alunos da ETPC estão orgulhosos com os projetos de lei. Segundo o coordenador e instrutor, Marcos Antônio Campos de Souza, estão honrados em saber que a história da fanfarra será perpetuada. Atualmente, segundo ele, são 130 integrantes na fanfarra. E após muitos ficarem cerca de 50 anos parados, o grupo começou a se reunir novamente em 3 de dezembro de 2021, em uma cantata de Natal que foi promovida pela prefeitura. “No dia 24 de julho desse mesmo ano nos reunimos na praça da ETPC quando surgiu essa vontade de retornar. Éramos um grupo pequeno e pelas redes sociais fomos chegando nos integrantes do passado. Temos pessoas que tocaram na década de 60, 70 e 80”, contou.

E a agenda dos integrantes da fanfarra tem estado cheia, praticamente todos os finais de semana. Marcos disse que o problema tem sido recurso para viagens, mas estão se organizando através de mensalidade, rifas, ajuda da Prefeitura de Volta Redonda para conseguirem participar de eventos onde estão sendo chamados.

 

Foto: Divulgação

OUTROS PROJETOS DE JARI

Além de protocolar projeto de lei que para tornar a fanfarra Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Rio, o deputado Jari Oliveira entrou com outro no mesmo sentido, para beneficiar o Grupo Jongo Pinheiral. O parlamentar tem outro projeto para beneficiar a Feira Livre de Volta Redonda. “Fomentar e valorizar a cultura do nosso estado é a melhor forma de manter a nossa história viva para as próximas gerações”, afirmou Jari.

Sobre o Grupo Jongo de Pinheiral, o deputado citou que merece reconhecimento pelo trabalho de preservação dessa forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores e dança coletiva, que acontece nas festas dos santos católicos e divindades afro-brasileiras. “O grupo mantém viva esta expressão de origem africana deixada pelos negros escravizados da Fazenda São José dos Pinheiros, berço histórico de Pinheiral. Em 1996, com o objetivo de preservar a dança do jongo e aprimorar a biblioteca da cultura afro-brasileira na região, eles fundaram o Centro de Referências e Estudos Afro do Sul Fluminense (Creasf). Passaram a estreitar seus vínculos com escolas e universidades, contando a história da criação da cidade e mantendo viva a memória dos antepassados”, destacou o deputado.

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