VOLTA REDONDA
Cerca de 50 estudantes do Movimento Ética na Política (MEP) tiveram uma sala de aula diferente nesta quarta-feira, dia 8: as escadarias da prefeitura.
A aula aconteceu no local, por conta de um outro motivo, é que por não estarem trajando roupas adequadas, foram impedidos de acompanhar a sessão na Câmara de Vereadores. O vice-coordenador do MEP e professor de filosofia, Érique Barcellos, comenta que a direção do MEP antecipadamente tivesse sido comunicada da ‘visita -aula’ no local público. “Na ocasião não foi feita nenhuma recomendação. Diante do fato, mesmo sem ter acontecido à sessão, por falta de quórum, os alunos e professores decidiram caminhar até a PMVR, e realizaram de forma dinâmica a aula na praça. Lamentamos o ocorrido, a maioria dos alunos nunca tinham ido ao local, muitos nem sabiam onde estava localizada a Câmara. Houve uma certa frustração, penso que os vereadores terão que rever a normativa”, avalia Érique.
Já na praça depois da caminhada, os alunos tiveram aula sobre a história das relações entre os poderes: legislativo, executivo e judiciário. Érique ressaltou as conquistas do povo organizado e demarcou os gargalos sociais da cidade. Por fim, defendeu o processo educacional que interage com as realidades. Momento mágico que culminou com uma grande roda para troca de energia e homenagem às mulheres.
O professor de matemática e conselheiro do MEP, Paulo Ricardo, destaca que na movimentação cívica que seguiu após os estudantes terem deixado a Câmara. “Apesar da oferta da direção da casa, que poderiam entrar no plenário, pois não tinha acontecido a sessão, a maioria dos estudantes optaram pela aula Praça da PMVR”, informa.
HOMENAGENS PÓSTUMAS ÀS MULHERES QUE ATUARAM NO MEP
Cinco mulheres atuantes na história do MEP, postumamente foram citadas e homenageadas no centro da grande roda dos estudantes. Aplausos e emoções. Amélia Manoel, ex-aluna e pedagoga, faleceu em2021; Maria do Carmo Real e Silva, pedagoga, cofundadora do PVC, faleceu em 2009; Valéria Galvão, jornalista, professora de redação, faleceu em 2006; Dona Maria Luiza, mulher simples da periferia, faleceu em 2005 e Ester Pacifico, bacharel em direito e cofundadora do MEP, faleceu em 1999.