Empreendedoras exploram a confecção e venda de máscaras faciais

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SUL FLUMINENSE

O coronavírus avança pelo país e como defesa novos métodos são adotados pela população. Além da eficácia de lavar as mãos regularmente e de forma eficiente com água e sabão ou utilizar álcool gel 70%, equipamentos de proteção até então restritos ao ambiente de consultórios e repartições médicas ganhou as ruas. As máscaras de higiene facial ingressam no rol de itens de acessório do vestuário daqueles que necessitam sair do isolamento social domiciliar e ir às ruas.

Some no Sul Fluminense o item de proteção é uma exigência de praticamente todas as cidades para que cidadãos circulem pelas ruas e tenham acesso a serviços e estabelecimentos comerciais como shoppings, supermercados e lojas. A obrigatoriedade consta em decretos das prefeituras de Barra Mansa, Volta Redonda, Resende, Itatiaia e seguem orientação técnica do Ministério da Saúde. O órgão federal incentiva que a população utilize o material ainda que de algodão e feita por costureiras, como medida preventiva. Por outro lado, a Sociedade Brasileira de Infectologia afirma que as máscaras servem como uma barreira mecânica para evitar que a pessoa lance gotículas durante a fala, tosse ou espirro atingindo outras pessoas ou superfícies. É preciso manter as medidas de isolamento social, higienização das mãos e evitar tocar olhos, boca e nariz.

COMPLEMENTO DE RENDA

Muitos trabalhadores estão empreendendo, confeccionando e comercializando as máscaras. Em Resende, a empreendedora Jéssica de Jesus Miranda do Nascimento Pimenta é dona de um pequeno restaurante. Como tem a costura como hobby, decidiu explorar a produção e venda de máscaras de proteção facial de pano. Em média, são 30 máscaras feitas diariamente, com vendas pela internet, a R$ 5 a unidade. “Tivemos um impacto de vendas no restaurante Delícias da Jessie em torno de 70% a 75%, felizmente ainda não tivemos que demitir funcionários. Eu costuro por hobby e com a baixa nas vendas do restaurante durante a Covid-19 e também pelo pedido de alguns clientes de costura, decidi produzir as máscaras para complementar a renda familiar”, afirma.

Ela divulga o trabalho pelas redes sociais como o Facebook ou WhatsApp e devido à exigência para circulação na cidade, a  procura aumentou e teve que incluir uma colaboradora na produção. O público-alvo são as mulheres, apesar de ter crescido os pedidos de máscaras pelos homens. Os produtos de tecido de algodão têm estampas e cores diversas, inclusive para adolescentes e crianças.

Em Volta Redonda, Cristiane Alves Ferreira da Silveira, também produz e comercializa máscaras de proteção facial. Dona de um ateliê há quatro anos, com a pandemia decidiu explorar as máscaras. “Eu tenho o Ateliê CrisAlves há quatro anos e vi na produção de máscaras uma oportunidade de continuar meu negócio. Eu produzo, em média, 30 máscaras por dia.

Meu público são clientes do ateliê que já conhecem meu trabalho, indicações, um cliente vai falando para o outro. Tenho uma página no Facebook e Instagram, eles entram em contato pelo WhatsApp ou por telefone”, afirma comentando sobre a iniciativa. “Está ajudando muito,  eu achei que iria ficar sem vendas no ateliê e a pessoa compra a máscara e acaba às vezes encomendando outras coisas e quem não me conhece passa a conhecer meu trabalho. Vendo as máscaras a R$ 5 cada”, frisa. Como complemento, a empreendedora também criou suportes para as máscaras e também porta-máscara, a R$ 15.

CLIENTES APROVAM

E para o consumidor a oferta farta de máscaras ameniza o receio de ir às ruas desprotegido. A dona de casa  Elisângela Ribeiro comprou seis unidades, ajudando a proteger filhos, sobrinhos e marido contra a Covid-19. “Já estávamos em busca de máscaras, mas com a liberação do produto em tecido facilitou achar. Comprei modelos infantil e adulto, gastei R$ 45 e acho que ajudei pessoas que tentam melhorar a renda e também favorecem nossa proteção. Uso as minhas diariamente e sigo as normas de lavagem e secagem também”, comenta.

ORIENTAÇÃO DE USO DAS MÁSCARAS

Para utilizar as máscaras artesanais é preciso priorizar o tecido algodão e mantê-la limpa. Segundo o Ministério da Saúde, antes de utilizar o cidadão deve ter as mãos higienizadas; evitar colocar a mão na parte frontal da máscara; a máscara deve cobrir totalmente a boca e o nariz; utilizar as máscaras por no máximo três horas; trocá-la após o tempo ou quando ela estiver úmida; não compartilhar, dividir as máscaras com outras pessoas; lavar cada máscara separadamente das demais roupas e por fim, após a secagem é preciso que ela seja passada com ferro quente, eliminando bactérias. Para guardar, se for o caso, é recomendado recipiente plástico limpo e higienizado.

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