Duplicação histórica da Serra das Araras: um marco de investimento e geração de empregos

PIRAÍ

Investimento no valor de R$ 1,5 bilhão e mais de cinco mil empregos gerados, entre diretos e indiretos. Esses são alguns dos números da obra histórica de duplicação da Serra das Araras, cuja ordem de serviço foi assinada nesta sexta-feira, 12, em um ponto estratégico: no início da subida e no fim da descida. A obra pretende trazer segurança viária, fluidez e conforto aos clientes que trafegam no trecho.

A cerimônia contou com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho; do governador Cláudio Castro; do presidente da CCR Rodovias, Eduardo Camargo; do diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale; dos deputados federais Lindbergh Farias, Laura Carneiro, Luizinho, Otoni de Paula, dentre ainda representantes do Governo do Estado, prefeitos de Piraí, Ricardo Passos, de Paracambi, Lucimar Ferreira, de Resende, Diogo Balieiro, de Rio Claro, Babton Biondi, de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto, além de deputados estaduais.

A Rodovia Presidente Dutra é a ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro. Com a duplicação da Serra das Araras, serão um total de oito faixas, quatro em cada sentido, descida e subida, além de acostamento, nos dois lados da estrada. Serão oito quilômetros de obras com implantação de 24 viadutos, duas rampas de escape na pista de descida, melhoria em 14 pontos de acesso, implantação de uma via marginal na pista sul, sentido São Paulo, execução de 93 contenções, instalação de oito pontos de ônibus e instalação de três passarelas. O traçado original é de 1928 e não comporta o alto volume de carros e de caminhões.

As obras serão executadas pela concessionária CCR RioSP e vão readequar o atual traçado da pista de subida (sentido São Paulo), transformando-a na nova pista de descida (sentido Rio de Janeiro). Em paralelo, uma nova pista de subida será construída.

Com as obras, que tem previsão de terminarem até 2029 – 52 meses, serão beneficiadas cerca de 20 milhões de pessoas, das regiões da Baixada e Sul Fluminense, além de Metropolitana, entre municípios cortados pela Dutra. A velocidade aumentará de 40 km/h para 80 km/h.

Em sua fala, o ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou a importância da obra ao falar do acidente ocorrido no dia anterior com uma carga superdimensionada, antes da descida da Serra, que tem causado o caos no trecho, em ambos os sentidos, já que não há previsão de retirada da carga. “Isso não acontece fortuitamente, mas regularmente nessa região, atrasa a cidade e o país. Essa da obra da Serra das Araras é uma das mais relevantes do país e um dos principais desafios de engenharia de toda a América Latina. Obra muito arrojada e moderna. Esse investimento significa melhoria da infraestrutura e desenvolvimento do país”, destacou o ministro.

UM SACUDIR DE ESTRUTURA

O governador ressaltou a importância da obra. Agradeceu a obra e clamou mais investimentos no Rio. Castro ainda fez um desabafo sobre como está vivendo o Estado que antes estava em equilíbrio financeiro e devido a leis complementares 192 e 194, levaram novamente ao desiquilíbrio. “O Rio muitas vezes é tratado como patinho feio, mas quando vemos, os nossos números não condizem: temos 87% do petróleo brasileiro, 78% do GNV, o estado que mais produz energia limpa, entre os dez de energia solar, a melhor planta de offshore, líder de turismo, em aço laminado. O Rio não é patinho feio, mas sim um lindo cisne. Queremos ver esse investimento voltando para o Rio e investimentos como esse são uma luz no fim do túnel. O Brasil volta a entender a importância do estado para a nação”, enumera, completando que o Rio representa 20% da arrecadação do Brasil e espera mudança verdadeira na lei de pacto federativo que tem acabado com o Rio.

NOVO TRAÇADO

O presidente da CCR Rodovias, Eduardo Camargo, lembrou que essa obra é um pedido antigo de quem transita pela Rodovia Presidente Dutra. “O novo traçado vai elevar o patamar de excelência da rodovia para outra categoria. Na prática, estamos melhorando a condição de conforto, fluidez e segurança viária, o que irá contribuir para intensificar o fluxo de veículos entre as duas maiores capitais do País”, completa o executivo.

Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, essa obra fundamental aborda três dos principais indicadores estratégicos da agência. “Temos a redução de acidentes, a melhoria da fluidez e a diminuição de reclamações das nossas rodovias. Essa obra vai conseguir atingir em cheio esses três indicadores”, enfatizou.

A obra teve início nesta sexta-feira e a CCR tem um plano operacional para que a rodovia não pare.

GERAÇÃO DE MAIS DE CINCO MIL EMPREGOS

A diretora-presidente Carla Fornasaro disse que sempre será garantido que o trânsito flua. A respeito de empregos destacou que a concessionária está em contato com as prefeituras de Piraí e Paracambi para levantar mão de obra local.

O prefeito de Piraí, Ricardo Passos, disse que a captação de empregos será feita pelos Sines e prefeituras. Ele afirma que apenas as duas cidades não deverão suprir toda demanda e, por isso, espera que toda a região seja beneficiada.

Além disso, Passos ressaltou os R$ 46 milhões em impostos que Piraí receberá. Ele também aproveitou o momento e entregou nas mãos do ministro dos Transportes pedido para alterar a posição de um dos viadutos que está atualmente planejado para próximo ao Caça e Peca. “Se puxar 200 metros à frente, atende ainda o bairro Ribeirão das Lajes, que abriga o Corpo de Bombeiros”, disse, completando acreditar na vinda de empresas para a cidade após essa duplicação.

NOVA SERRA DAS ARARAS EM NÚMEROS

• Investimento – R$ 1,5 bi
• 8 quilômetros de extensão por sentido – totalizando 16kms
• 5 mil empregos gerados (diretos e indiretos)
• 24 viadutos (Obra de Arte Especial)
• 4 faixas por sentido + acostamento
• 2 rampas de escape
• 3 passarelas
• 8 novos pontos de ônibus
• 93 contenções
• Nova velocidade diretriz – de 40 hm/h para 80 km/h – gerando maior conforto, fluidez e segurança viária
• Mais de 30 canteiros simultâneos de obra
• Central de Britagem e reaproveitamento dos resíduos gerados na obra
• Uso de cerca de 13 mil toneladas de material asfáltico reciclado (RAP) para a pavimentação da rodovia
• A obra deve impactar cerca de 20 milhões de pessoas, das regiões da baixada e sul fluminense e região metropolitana do Rio de Janeiro, entre municípios cortados pela rodovia ou sob influência dela
• VDM – 390 mil veículos por mês – (norte e sul) 36 % pesados
• 52 meses de obra
• Expectativa de geração de R$ 46 milhões em impostos (ISS, PIS e Cofins)
• Trecho 100% iluminado e monitorado por câmeras
•  Rede móvel 4G
• Benefícios sociais, dentre eles, área no projeto para barracas dos comerciantes que já vendem frutas no local.