Desemprego em setembro atingiu 13,3 milhões de pessoas

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SUL FLUMINENSE

O mês de setembro terminou com saldo de 13,3 milhões de desempregados, sendo a taxa de desocupação de 13,7% no país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios durante a pandemia da Covid-19 (Pnad Covid19), na análise semanal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que foi divulgada nesta sexta-feira, dia 9.

Segundo dados do IBGE o resultado da quarta semana mostra redução perante a semana anterior. Na terceira semana de setembro o país tinha 13,5 milhões de desempregados e taxa de desocupação era de 14,1%. Num comparativo com o mês de maio, ainda no início da pandemia, o país tinha cerca de 10 milhões de desempregados. “A situação do país ainda requer ajustes econômicos para que toda a cadeia produtiva opere em alta e gere mais empregos, fomentando a renda das famílias e girando a economia de uma forma consolidada. Na nossa região são milhares de pessoas em busca de emprego e a principal esperança são as fábricas e o comércio. O país mantém estável quase 84 milhões de pessoas empregadas, mas amarga os 13,3 milhões de desempregados”, comenta o gestor de Recursos Humanos e economista Pedro Paulo Ciberne.

Com a pandemia restringindo atividades, encontrar uma vaga de emprego tem sido árdua. “Tenho formação superior e desde abril fui demitido da empresa que trabalhava desde 2017. Não está sendo fácil me encaixar novamente no mercado regional. Já vislumbro outros ramos, como comércio, vendas. Gostaria muito de terminar o ano com a carteira assinada, mas a concorrência é grande”, comenta Sandro Pacheco, 46.

AFASTAMENTO DO TRABALHO

A Pnad Covid19 mostra também que a estabilidade se manteve também na população ocupada e não afastada do trabalho na última semana de setembro no país, totalizando 78,2 milhões de pessoas. Desse total, 7,8 milhões trabalhavam remotamente. Com o home office trabalhadores de grupos de risco, sobretudo, permanecem exercendo suas atividades de casa. “Estamos em home office desde abril. No início demorei a me adaptar, agora já flui com eficiência. De casa monitoro os balanços financeiros, planilhas de despesas, faço serviços de pagamento pelo internet banking e mantenho contato com fornecedores e equipe de logística”, comenta a diretora comercial Izalina Silva, 47.

A Pnad Covid19 mostra que o total de trabalhadores afastados por conta do distanciamento social na última semana de setembro foi de 2,8 milhões de pessoas (3,4% da população ocupada). No início da pandemia, eram 16,6 milhões de pessoas afastadas (19,8% dos ocupados).

FORÇA DE TRABALHO

A taxa de participação na força de trabalho (56,9%) na semana de 13 a 19 de setembro ficou estável frente à da semana anterior (56,3%) e à primeira semana de maio (55,2%). A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 73,6 milhões de pessoas, mantendo-se estável frente à semana anterior (74,6 milhões) e à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Nessa população, disseram quegostariam de trabalhar cerca de 25,6 milhões de pessoas (ou 34,7% da população fora da força de trabalho). Esse contingente ficou estável frente à semana anterior (26,0 milhões ou 34,9%) e caiu em relação à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

Cerca de 15,4 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 20,9% das pessoas fora da força. Esse contingente caiu em relação à semana anterior, mas houve estabilidade em termos percentuais (16,3 milhões ou 21,8%). Na comparação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 25,1%), houve queda nos dois indicadores.

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