Desemprego aumenta e retorno ao trabalho deve ser antecipado

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ESTADO

Os dados do desemprego no país refletem a oscilação da economia nacional e a escassez de incentivo aos setores de maior contratação, como indústria, comércio e serviços. O segundo trimestre de 2018 registrou a taxa de desemprego nacional na faixa de 24,6%, o que representa o total de 27,6 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os meses de abril a junho, 74,9% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, o Rio de Janeiro aparece com um dos maiores percentuais, 82,3%. No mesmo período, 91,2 milhões de pessoas estavam ocupadas, sendo 67,6% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,8% de empregadores, 25,3% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% de trabalhadores familiares auxiliares. Os dados do IBGE revelam também que no segundo trimestre deste ano, as mulheres eram maioria tanto na população em idade de trabalhar no Brasil (52,4%), quanto em todas as grandes regiões. O nível da ocupação dos homens no Brasil foi de 63,6% e o das mulheres de 44,8% no período da pesquisa.

O relatório do IBGE demonstra que ainda é grande o total de pessoas em busca de emprego, a maioria em média há mais de seis meses no mínimo fora do mercado. Com os dados negativos e a maior concorrência semanalmente com nova mão de obra dispensada a busca pela realocação demanda de investimentos pessoais e estratégias para driblar a concorrência. A principal medida a ser combatida para quem vive esta situação é não ficar ocioso.

Em recente pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, analisando dados do desemprego entre os anos de 2016 e 2017, foi constatado que o brasileiro demitido levou em 2017 em torno de 14 meses para retornar ao emprego formal, com carteira assinada e benefícios assegurados. O prazo representa dois meses a mais que em 2016, superando, por exemplo, o tempo daqueles que tiveram direito às parcelas do seguro-desemprego.

Segundo Carolina Silva, consultora da Luandre Consultoria e Soluções em Recursos Humanos, o argumento mais comum para este comportamento é o profissional não querer perder o benefício, caso consiga um emprego logo em seguida. “Muitos candidatos afirmam que começam a procura por vagas apenas no último mês do benefício”, diz a consultora citando que elo mesmo motivo, muitos recusam também os empregos temporários. O contrato temporário pode representar uma ponte para o futuro emprego fixo.

Portanto, iniciar a busca por um novo emprego, logo após a demissão, pode trazer tranquilidade ao profissional. “Uma das vantagens de iniciar a busca mais cedo é a calma que estes candidatos demonstram na entrevista, pois, geralmente, dinheiro ainda não é um problema”, explica a consultora.

ORIENTAÇÃO

A principal dica é que, sendo sua decisão ou não, ao se desligar de uma empresa, parta para uma nova oportunidade. “As chances não esperam, o seguro-desemprego não dura para sempre e o mercado está muito competitivo para tirar um período sabático. Atualize seu currículo. Manter as informações atualizadas é essencial! Verifique se já inseriu sua última experiência ou algum curso que fez nesse período”, finaliza Carolina.

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