CPI que investiga suposto caso de extorsão de Paulinho do Raio-X aponta quebra de decoro

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VOLTA REDONDA

O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o envolvimento do vereador Paulinho do Raio-X por suposta tentativa de extorsão ao prefeito Samuca Silva, será lido durante sessão em plenário nesta terça-feira, dia 18. Segundo informações obtidas pelo A VOZ DA CIDADE, será apontada a quebra de decoro parlamentar, por utilização do cargo político para fins pessoais. O vereador Paulinho depôs a CPI no dia 30 de julho.

Segundo o presidente da CPI, Rodrigo Furtado, Paulinho não respondeu a maioria das perguntas feitas, porém afirmou que o que aconteceu foi uma armação do prefeito Samuca Silva, mas não apresentou provas. “Ouvimos todos os que foram citados no caso, fomos desfazendo os nós. Dispúnhamos de materiais de algumas provas, o auto de prisão em flagrante, os vídeos entregues pelo prefeito. Os depoimentos foram colhidos em dias alternados, sem que fossem divulgados para ninguém”, disse, afirmando que o vereador teve todas as chances para se defender, mas preferiu ficar em silêncio nos questionamentos.

Rodrigo explica ainda que a finalidade da CPI, que tem como relator o vereador Buchecha e membro Fernando Martins, não foi julgar Paulinho, mas sim apurar os fatos e motivos que levaram a prisão. “Quem poderá julgá-lo é a justiça, que inclusive já está em andamento na 1ª Vara Criminal de Volta Redonda, sem que haja algum foro privilegiado”, informou.

Paulinho do Raio-x chegou a ser preso no dia 7 de março, sendo solto dois dias depois e desde então segue afastado do cargo. Contudo não perdeu os direitos, como o salário. Antes do depoimento dado no dia 30 de julho, o vereador foi convidado seis vezes para depor e não compareceu por motivos médicos e em outra vez passou mal, deixando a CPI pela metade.

Paralelo a CPI, Rodrigo Furtado, além de ter feito pedido para criação da mesma, foi o autor do pedido para a comissão processante visando a análise do impeachment de Paulinho do Raio-X. A votação sobre possibilidade de impeachment acontecerá na quinta-feira, dia 20, a partir das 14 horas, na Câmara de Vereadores.  Para ser cassado, no mínimo 14 parlamentares devem votar sim, caso contrário, o vereador seguirá afastado pela Justiça, mas recebendo os benefícios do cargo, como o salário.

“A CPI que está sendo apresentada não tem qualquer relação com a questão do impeachment, são duas vertentes distintas”, explicou Rodrigo, finalizando que com relação a outros parlamentares citados na Comissão Parlamentar – Carlinhos Santana e o presidente da Casa Nilton Alves de Faria, o Neném, citados por Paulinho durante conversa com prefeito -, não há elementos suficientes no âmbito Legislativo que apontem a quebra de decoro dos mesmos, assim como do chefe do Executivo.

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