Consumidor da região ainda não sofre no bolso pelo aumento do gás de botijão residencial

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SUL FLUMINENSE

O gás de cozinha residencial (GLP) aumentou 5% nas distribuidoras e o GLP industrial e comercial 3% a meia-noite desta terça-feira, 22. O anúncio foi feito pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) em nota à imprensa e confirmado pela Petrobras. O A VOZ DA CIDADE conversou com alguns distribuidores da região Sul Fluminense, que alegaram que o aumento surgirá de forma gradativa e que no dia de hoje, ainda não afeta o bolso do consumidor.

Os aumentos são médias, pois o valor terá variação, para maior ou menor, dependendo da área de distribuição nacional, segundo o Sindigás. O preço para o consumidor final poderá ser diferente, pois as distribuidoras acrescem ao percentual de aumento os custos com mão de obra, logística, impostos e margem de lucro.

Em Barra Mansa, o gás hoje está custando uma média de R$ 75. Com um aumento de 5%, na teoria, ele teria que subir para R$ 78,75, porém, o valor será ‘arredondado’ para R$ 80. Este valor é cobrado por algumas distribuidoras para entrega a domicilio, mas cai cerca de R$10 do seu valor caso a pessoa compre direto no depósito.

OLHA O GÁS!

Na frente do comércio do Heitor dos Santos hoje, uma placa bem grande chamava atenção: gás a R$ 59,90. Ele vende gás no Ano Bom há 15, uma média de 15 a 20 por dia. “Ainda não aumentou, mas nos próximos dias esse reajuste vai aparecer”, disse, lembrando que o valor hoje para entrega é de R$ 70 e com o reajuste, subirá para R$ 75. Questionado, ele disse que mesmo sendo mais barato buscar no depósito, a maioria das pessoas preferem telefonar e pedir o produto. “É mais prático. Chega em casa, subimos três, quatro andares, instalamos. A pessoa não precisa usar o carro e ainda ganha o brinde. É mais caro, pouca diferença, mas ainda é mais em conta. Saí praticamente pelo mesmo valor se for colocar no lápis”, completou.

NÃO TEM PRA ONDE CORRER

Uma outra distribuidora do Ano Bom, que preferiu não se identificar, também não recebeu  o reajuste. Ela trabalha há 20 anos e confessa que apesar da população reclamar, acaba não tendo para onde correr. “Infelizmente. Precisamos do gás. Vamos fazer o que, cozinhar a lenha?”, lembrou, dizendo que os clientes não costumam estocar ou correr e comprar o produto quando um aumento é anunciado. “A pessoa compra quando acaba”, afirmou.

NÃO É SÓ O GÁS QUE AUMENTA

Nossa equipe esteve em um restaurante, ainda no bairro, para saber se o aumento pode afetar no preço da refeição. “Por enquanto não. O problema não é só o aumento do gás, é do arroz, da carne, da água, da luz. Quando é assim, não dá para correr, aí temos que aumentar”, comentou a comerciante Geciane Dias Carvalho, dona de um restaurante no Ano Bom há 20 anos. “Usamos quatro botijões durante a semana e compramos direto com um distribuidor, pois conseguimos um desconto pela quantidade. Mas quando a o reajuste, ele também nos pega no bolso”, disse.

OITENTA?

Em Volta Redonda, algumas distribuidoras, procuradas, disseram que o reajuste também não chegou aos estabelecimentos, mas hoje o gás na cidade já é cobrado mais caro do que em Barra Mansa. Ele, sem o reajuste, já está valendo R$ 80.

COMUNICADO

“O Sindigás informa que suas empresas associadas foram comunicadas pela Petrobras, na tarde de segunda-feira, dia 21, sobre o aumento no preço do GLP residencial (embalagens de até 13 quilos) e empresarial (destinado a embalagens acima de 13 quilos). O aumento passa a valer a partir de hoje nas unidades da petroleira. De acordo com as informações recebidas da Petrobras, o aumento do GLP residencial oscilará entre 4,8% e 5,3%, e o aumento do GLP empresarial entre 2,9% e 3,2%, dependendo do polo de suprimento”, informou o Sindigás.

O último aumento de GLP praticado pela Petrobras foi no dia 5 de agosto.

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