Comissão da Alerj ouve Rio+ Saneamento e problema de falta de água em Pinheiral é colocado

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ESTADO/PINHEIRAL
Uma reunião para debater problemas de abastecimento de água e de esgoto nas áreas atendidas pela Rio+ Saneamento foi realizada nesta terça-feira pela Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Essa foi a terceira e última concessionária ouvida antes da audiência pública que será realizada no dia 12, às 10 horas, na Casa Legislativa. Foram apontados nesse encontro problemas com falta de água em Pinheiral e em bairros da Zona Oeste do Rio.
A Rio+ Saneamento assumiu em agosto do ano passado a área do Bloco 3 do leilão da Cedae, passando a atuar em 18 cidades do Estado, incluindo 24 bairros da Zona Oeste carioca.
Para o presidente da comissão, deputado Jari Oliveira (PSB), é necessário que todas as concessionárias apresentem soluções para a falta de água dessas regiões até a data da audiência pública. “A gente precisa buscar melhorias. Cobramos do presidente da Rio+Saneamento a apresentação de uma solução para que a população de Pinheiral e da Zona Oeste não tenha mais falta de água”, disse.
Sobre o problema de água relatado em Pinheiral, o presidente da concessionária, Leonardo das Chagas Righetto, disse que o acesso à captação ficou interrompido devido a constantes problemas de falta de energia, mas medidas já estão sendo tomadas. “Estamos reformando um reservatório de um milhão de litros que vai resolver de forma definitiva o problema de abastecimento no município”, comentou, completando que nos próximos cinco anos a empresa investirá R$ 1 bilhão na região do Bloco 3. Na área da Zona Oeste, serão R$ 255 milhões em investimentos. No entanto, o plano ainda precisa ser aprovado pela Agencia Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa).
Desabastecimento na Zona Oeste
A falta de água em bairros da Zona Oeste do Rio tem afetado também o funcionamento da Faetec, no campus de Santa Cruz. Por causa da falta de água na região, as aulas estão temporariamente suspensas nos turnos da manhã e da tarde. Presente na reunião, a coordenadora-geral da unidade, Eliane Pacheco dos Santos, no cargo há oito anos, relatou que isso nunca havia acontecido antes. “Desde o carnaval, nós estamos com o abastecimento de água muito reduzido. São dias ou madrugadas sem entrar uma gota d’água no reservatório. Nós temos em média 1,1 mil alunos e servimos uma refeição completa para esses estudantes. E, quando não temos água, nós não temos aula nem comida para os alunos e servidores. Com o calendário escolar muito comprimido, a gente não consegue contemplar o conhecimento completo dos alunos. Hoje, a gente tem uma reserva muito pequena de água, e caso fosse necessário ser utilizada em uma questão de incêndio, não seria possível”, pontuou.
CONCESSIONÁRIAS OUVIDAS
Já foram realizadas reuniões preparatórias com a Rio+ Saneamento, Águas do Rio e Iguá, além da Agenersa, que é a agência de regulação do Estado. Sobre as concessionárias de energia foram ouvidos representantes da Light e Enel.
Estão sendo convidados para a audiência pública representantes da sociedade civil, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Defensoria Pública, Procon e do Governo do Estado.

 

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