Cida Diogo retorna ao cenário político para tentar chegar a prefeitura

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VOLTA REDONDA
Fora do cenário político desde 2013, Cida Diogo retorna para a disputa neste ano. Pelo Partido dos Trabalhadores (PT), é pré-candidata a prefeita de Volta Redonda. Diz que apresenta seu nome por acreditar que o momento em que o brasileiro vive é muito grave e na cidade não é diferente.
Cida deixou em 2010 a Câmara Federal, após um mandato como deputada. Em 2013, devido a eleição do deputado estadual Rodrigo Neves (PT) para o cargo de prefeito de Niterói, assumiu uma cadeira na Alerj por nove meses. De 1999 a 2007 foi deputada estadual. Disputou a prefeitura algumas vezes, em 2004 e 2008. Foi vice-prefeita de 1997 a 1999. Após sair da Alerj em 2013 se dedicou apenas a sua profissão, que é médica do trabalho, além da militância do partido. “Por conta de minhas posições na cidade e, não tendo espaço de trabalho, tive que ir para onde ganhei oportunidade. Trabalhei um ano em Brasília como diretora de uma instituição chamada Geap, que cuida do plano de saúde dos servidores federais, depois fui secretária executiva da Postal Saúde, responsável pelo plano de saúde dos funcionários dos Correios”, lembra.
Segundo a pré-candidata, como militante continuou o trabalho, fazendo campanhas de deputados estaduais e federais. Ela lembra que é uma das fundadoras do PT em Volta Redonda, desde o início da década de 80. “Nunca pensei em deixar o partido. Ele é uma concepção ideológica. Eu estava trabalhando em minha profissão, atuando como militante apenas sem estar à frente de disputa eleitoral, eu não tinha mais a vontade de retornar, mas o momento em que vivemos em nosso país, depois do golpe parlamentar que tirou a Dilma Rouseff do poder sem nenhum crime, perdas de direitos da população, o país começou a entrar numa total falta de rumo e total entrega do patrimônio público. Com a eleição do Bolsonaro isso se gravou ainda mais, temos um verdadeiro desgoverno. Diante desse cenário e como estamos enxergando Volta Redonda, onde muitos acreditaram no atual prefeito, resolvi me colocar à disposição do partido e da população”, disse.
PROJETOS
Como projetos, a pré-candidata destaca que a saúde é sua menina dos olhos. Lembrou que quando foi secretária de Saúde de Volta Redonda no governo de Baltazar, a área era um caos e ficou estruturada com ampliação do número de unidades de saúde, implantação das primeiras unidades do programa de saúde da família do país e do programa de saúde mental. Lembrou que foi na sua gestão que Volta Redonda ganhou o Hospital do Retiro e o Hospital São João Batista passou a ser referência, quando foi vice-prefeita no governo de Neto.
Atualmente, diz que mudaria tudo na saúde de Volta Redonda, implantaria realmente Unidades de Saúde da Família que não funcionam como deveria, agiria no serviço de urgência e emergência, resolvendo problema de falta de pessoal, equipamento. “Repensaria tudo na cidade. Quero implantar uma farmácia de fitoterápico e hemeopatia e criar o Hospital Materno Infantil”, disse.
Em outras áreas, assim como na saúde, pretende ouvir a população. No primeiro ano diz que fará conferências municipais para ideias para educação, cultura, direitos dos idosos. Ela quer, como diz, fazer fervilhar a cabeça das pessoas. “Isso sem contar na participação da população para elaborar o orçamento de 2022”, afirmou .
Na educação, a pré-candidata afirma que vai lutar pela garantir de 100% das crianças tenham vaga em creches. Quer ainda desenvolver uma projeto chamado Bairro Escola, onde todas as ações dos bairros seriam concentradas nas escolas. Na área de qualificação quer trabalhar em parceria com universidades públicas e privadas, visando fornecer estímulo para graduação de jovens. “Uma coisa que tem dado muito certo em Maricá é uma moeda social chamada Mumbuca. Os benefícios que são oferecidos pela população mais pobre são pagos através desse cartão e as pessoas só podem gastar dentro da própria cidade. Isso faz com que o dinheiro circule”, contou, frisando que na mobilidade quer implantar a Tarifa Zero criando uma empresa municipal de transporte.
FALTA DE REPRESENTAÇÃO NA CÂMARA
Cida Diogo é presidente do diretório municipal do PT. Na última semana aconteceu o encontro municipal do partido online, onde foram aprovados os nomes de 37 pré-candidatos a vereador, o máximo em convenção pode ser 33. Cida disse que o partido perdeu a representatividade na câmara na última eleição e pretendem mudar isso elegendo ao menos dois nomes.
Nesse encontro também foi aprovada a pré-candidatura de Cida Diogo a prefeitura, além da aliança entre PT e PV. Foi ainda aceito o nome de Nena Duppré para ser pré-candidata a vice de Cida.
Esse encontro é uma característica do PT. Ainda acontecerá em data legal a convenção partidária, onde tudo isso será reafirmado oficialmente.

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