Calero e Thiago Valério falam de identificação de propostas

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BARRA MANSA

Aconteceu na noite desta quarta-feira o lançamento da campanha de deputado estadual de Thiago Valério (PPS). O evento foi realizado na Praça Juscelino Kubitschek, no bairro Vista Alegre, e contou com a presença do candidato a deputado federal, Marcelo Calero, do mesmo partido. Antes, ambos receberam a imprensa para uma conversa e, depois, caminharam pelo Centro e se reuniram com diretores e professores. Uma dobrada por afinidade de ideias em primeiro lugar e também partidária, ambos disseram que pretendem lutar por uma proposta política de forma mais abrangente para todo o Estado.

Thiago Valério disse que a identificação com Calero foi muito natural, pois ambos têm pensamentos muito parecidos. “Muito se fala de renovação, mas se atrela mais a idade cronológica, mas pelos nossos atos, será a junção da idade e o compromisso com a responsabilidade ética na hora de fazer a escolha que o bem comum precisa. E isso temos provado na prática”, disse. Já Calero falou que no contexto partidário é comum que sejam buscadas dobradas com identificação. Como o PPS não tem um deputado federal eleito, ele, apesar de não ser da região, encara o Sul Fluminense como prioritário para esse projeto político existente. “Sou carioca, mas tenho compromisso moral e político com a região, que passa por essa parceria com o Thiago, uma possibilidade de colocar o mandato para região”, afirmou.

Marcelo Calero não é um nome novo na política. Apesar de não ter tido mandato eletivo, é conhecido por muitos. Ele, que é advogado e diplomata, fez concurso para o Itamaraty em 2007, tendo também passado antes para o Ministério da Fazenda e Petrobras. Integrou em 2013 o governo do então prefeito do Rio, Eduardo Paes, no setor de relações internacionais; sendo depois presidente do comitê dos 450 anos do Rio. Em seguida foi convidado para ser secretário de Cultura. Em 2016 foi chamado para ser ministro da Cultura, onde ficou por quase seis meses. Pediu demissão após denunciar tentativas de interferência em assuntos de alçada de sua pasta. Contou à Polícia Federal que foi pressionado por Geddel Vieira Lima, o presidente Temer e outros membros do governo a rever decisão técnica do Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional (Iphan), negando licença para um empreendimento imobiliário em Salvador, no qual Geddel possuía um apartamento. O episódio resultou no pedido de demissão de Geddel abrindo espaço para sua posterior prisão em decorrência da perda do seu foro privilegiado. “Fui confrontado com que o há de pior na política que é a corrupção. Tenho essa questão muito presente de que a política é o lugar da prevalência do interesse público, com grandes discussões, e não a política mesquinha de favorecimento. Depois desse trauma todo resolvi me engajar na política”, conta Calero, lembrando que em 2010 quando decidiu disputar pela primeira vez um cargo não tinha construído sua candidatura com base em movimentos cívicos, como Livres, RenovaBR e Agora.

Calero conta que vem para disputa da Câmara Federal com o foco em quatro bandeiras: ética e o combate à corrupção, estado eficiente, cultura e educação e Rio de Janeiro.

O PESO DA RESPONSABILIDADE

Thiago Valério não viria este ano para a disputa, mas com a saída de Comte Bittencourt da tentativa de reeleição, para ingressar como vice-governador na chapa de Eduardo Paes (DEM), aceitou o desafio. Ele falou do peso da responsabilidade de substituir Comte, mas cita que terá como bandeiras, se eleito, o combate à corrupção, educação e cultura, e o Sul Fluminense.

 

 

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