Cachaça de Paraty recebe certificação de indicação geográfica, um marco para destilados brasileiros

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PARATY

A cachaça produzida em Paraty recebeu o título de primeiro destilado brasileiro a obter certificação de Indicação Geográfica. Em um evento realizado pelo Sebrae Rio, os seis proprietários de alambiques da cidade, responsáveis por 11 marcas da bebida, juntamente com representantes de instituições, foram homenageados nesta quinta-feira, dia 14, em reconhecimento a essa conquista.

Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou um aumento de aproximadamente 60% no número de indicações geográficas concedidas, com várias outras solicitações em avaliação pelo INPI. O reconhecimento da IG promete valorizar a economia local, conferindo aos produtos um selo de qualidade e origem que os diferencia no mercado, proporcionando uma vantagem competitiva significativa.

O diretor de Produto e Atendimento do Sebrae Rio, Julio Freitas, destaca a importância dessa certificação para os consumidores e para os produtores. “Ao comprar uma cachaça com selo de Indicação Geográfica, o consumidor terá a garantia de adquirir um produto diferenciado, de qualidade e com origem certificada. Os produtores agora possuem uma vantagem competitiva tanto no mercado interno quanto no externo. Pequenos negócios que recebem a Indicação Geográfica têm seus produtos valorizados no mercado, com um aumento de preço que pode chegar a até 300%”, disse.

As Indicações Geográficas (IGs) são ferramentas que incentivam a inovação de produtos, serviços e organizações em territórios que se destacam por sua tradição e características específicas. Elas promovem o desenvolvimento sustentável ao permitir que grupos atuem de forma colaborativa para promover as aptidões locais, expandir o acesso aos mercados, investir na qualidade, melhorar os processos produtivos e implementar estratégias de conservação ambiental.

OUTRAS IGS

Atualmente, além da cachaça de Paraty, cinco produtos já foram reconhecidos com IG de denominação de origem, incluindo laranjas da região de Tanguá e três tipos de pedras Carijós. Outros dez produtos aguardam reconhecimento, incluindo arroz anã de Porto Marinho, café especial da Região Noroeste, café especial da Região Serrana, café da região do Médio Paraíba, palmito pupunha do Vale de Mambucaba, tainha da Lagoa de Araruama e abacaxi do Norte Fluminense, entre outros. Também estão em processo de reconhecimento três IGs de indicação de procedência: moda praia Rua dos Biquínis de Cabo Frio, moda íntima de Nova Friburgo e farinha de mandioca de São Francisco de Itabapoana.

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