Brasil bate recorde histórico de mortes causadas por dengue

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BRASÍLIA

O Brasil alcançou um recorde histórico de mortes por dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, em 2024, de acordo com dados atualizados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira, dia 8. Até agora, foram registradas 1.116 mortes nas treze primeiras semanas deste ano, representando uma taxa sem precedentes.

Esse é o maior número desde o início da série histórica em 2000, ultrapassando o recorde anterior de 2023, que registrou 1.094 mortes, e o terceiro ano mais alto foi 2022, com 1.053 óbitos.

No mesmo período do ano passado, o Brasil havia registrado 388 mortes em três meses. Além disso, até o momento, foram registrados 2.963.994 casos nas treze primeiras semanas deste ano, uma taxa inédita em comparação com os 589.294 casos registrados no mesmo período de 2023.

Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, estimou que o país poderia registrar 4,2 milhões de casos de dengue neste ano. No entanto, o governo afirmou nesta semana que a maioria dos estados brasileiros já passou pelo pico de casos da doença. Onze unidades da federação decretaram emergência devido à dengue: Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Amapá, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Embora os quatro sorotipos de dengue estejam circulando simultaneamente no país, apenas Minas Gerais registrou a presença de todos os sorotipos atuando ao mesmo tempo.

O vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), todos capazes de causar diferentes formas da doença. Uma pessoa pode contrair dengue até quatro vezes ao longo da vida devido à exposição a diferentes sorotipos do vírus, adquirindo imunidade para cada sorotipo específico após a recuperação da doença.

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