Bancários do Banco do Brasil realizam paralisação de 24 horas em todo o país nesta sexta-feira, dia 29

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SUL FLUMINENSE

Através  de assembléia virtual os funcionários do Banco do Brasil na Região Sul Fluminense referendaram o indicativo de paralisação de 24 horas, iniciando hoje.

A iniciativa é um protesto contra a reestruturação proposta pela direção do banco que, se implementadas, preveem o fechamento de 112 agências, a transformação de 243 agências em postos de atendimento, ocasionando perdas de funções, o fim da função de caixas executivos e a demissão de cinco mil trabalhadores. Na região, são 25 agências da instituição bancária, com 304 funcionários que serão impactados por essas medidas.

Dentre as atividades já realizadas, no dia 15 de janeiro aconteceu o Dia Nacional de Luta e de Luto, com manifestações em várias agências. No Sul Fluminense, os protestos ocorreram nas cidades de Volta Redonda, Resende, Porto Real e Piraí. Na ocasião, foi distribuída Carta Aberta à População e veiculado informações em carro de som sobre os impactos que a proposta causará na vida dos trabalhadores, clientes e da população. Menos bancários significará maior tempo de espera no atendimento. O calendário de lutas segue a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro(Contraf-CUT) e o objetivo das paralisações no próximo dia 29 visa acumular forças nesse enfrentamento.

No Congresso Nacional também já foram protocolados pedidos de explicação ao Ministério da Economia a respeito dos impactos e dos prejuízos dessas medidas.

Em várias regiões do país o BB é o único a manter agências pioneiras para atender à população. E a intenção do governo ao anunciar as medidas é justamente fragilizar a atuação do banco público, aumentando espaços para a concorrência exercida pelos banqueiros privados. Só a mobilização dos funcionários do BB e o apoio da comunidade poderão impedir que as medidas ocorram.

Retirada de direitos

De acordo com os funcionários, a paralisação de 24 horas é um movimento dos trabalhadores, que se sentem ameaçados na retirada de seus direitos em plena crise sanitária da Covid-19 e se vêem na obrigação de defender o papel público do Banco do Brasil, responsável principalmente pelos financiamentos à produção agrícola, agricultura familiar, pequenas e micro empresas, às prefeituras.

Para eles, o resultado da proposta prejudicarão o atendimento aos clientes e usuários, gerar sobrecarga de trabalho aos demais e retração das atividades econômicas nas regiões, uma vez que muito dos investimentos públicos nas comunidades acontecem por intermédio das agências do BB.

 

 

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