Audiência pública debate fechamento de agências dos Correios e solução da estatal

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BRASÍLIA/SUL FLUMINENSE

Nessa semana, em Brasília, o deputado federal Delegado Antonio Furtado presidiu a audiência pública que cobrou dos Correios um posicionamento sobre o fechamento de diversas agências e explicações quanto à precarização dos serviços prestados. Foi ainda debatida na audiência a possibilidade de privatização da empresa. Participaram representantes de sindicatos e funcionários. Diretores da estatal, que estiveram presentes, se comprometeram em analisar o pedido de abertura de pontos correspondentes para ampliar os atendimentos.

Furtado, como exemplo, falou da agência do bairro Saudade, em Barra Mansa, que encerrou suas atividades em 2019. Ele citou que, desde então, as pessoas precisam se deslocar até o Centro. “De acordo com os Correios, sempre que uma unidade é fechada, os atendimentos são absorvidos por outras agências próximas, sem prejuízo da continuidade das atividades. Esse discurso nem na teoria é convincente, imagina na prática. O que percebemos é totalmente o contrário, através de relatos de precariedade e demora, sem falar na retirada de direitos dos funcionários concursados. Para continuar trabalhando, muitos servidores foram remanejados e obrigados a optar por outras funções. Um verdadeiro desrespeito. As necessidades coletivas são ignoradas e somente a vontade da gestão é levada em conta”, destacou.

Para Furtado, a atual situação é resultado de uma administração ineficaz. O deputado completou que não há como negar os resultados positivos da estatal nos últimos anos. Em 2021, a empresa registrou um lucro histórico de R$ 3,7 bilhões, superando em 101% o apresentado em 2020.  “É claro que as dívidas existem e os Correios ainda se recuperam de um período de contas negativas, compreendido entre os anos de 2013 e 2016. Mas com planejamento, acredito que seja possível reverter esse cenário. Há quem defenda a privatização como uma forma de melhorar o serviço, mas não considero esse caminho favorável. Ao privatizar a distribuição de correspondências em nosso país, podemos impulsionar o monopólio, aumentando o preço e tendo como consequência a ineficiência que tanto queremos combater. Promovendo debates como esse, podemos alertar a população, pensar juntos e propor soluções”, concluiu.

 

 

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