Arroz, óleo e carne são os vilões da tradicional ceia de Natal

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BARRA MANSA/VOLTA REDONDA

Por conta da pandemia mundial de Covid-19, as tradicionais comemorações natalinas foram modificadas, mas uma delas permanece, a família em torno da mesa para a Ceia de Natal.

Diante de todo o cenário econômico a ceia promete ficar mais salgada neste ano por causa das constantes altas que o preço dos alimentos vem sofrendo.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em novembro, a inflação oficial registrou o maior patamar para o mês em cinco anos. A taxa ficou em 0,89% e teve o grupo de alimentos e bebidas – itens comuns da tradicional ceia de Natal – como uns dos principais grupos responsáveis pelo resultado.

Em Barra Mansa, o gerente de uma rede de supermercados, Jairo de Souza, destaca o aumento dos preços de itens básicos como óleo, feijão e arroz e o tradicional chester. “Esse aumento foi bem expressivo, pois vem aumentando ao longo do ano por conta da pandemia. As aves tradicionais, não sofreram tanto aumento”, destaca, informando que o movimento tem sido bom, mas abaixo a meta e prevê lojas bem cheias para este dia 24.

Outro gerente, Manuel de Oliveira, destaca o aumento das oleaginosas, como as castanhas e nozes. “São produtos importados que tem uma oscilação grande, posso afirmar que o aumento foi em média de 20% em relação ao ano passado. O mesmo acontece com o chester e o tender, itens tradicionais e específicos desta época do ano”, analisa.

De acordo com o coordenador do Procon de Volta Redonda, Elder Barbosa, embora o governo tenha reduzido imposto do arroz branco, o alimento continua com preço alto, levando em consideração período pré pandemia. “Procuramos fazer pesquisas mensais, e mês a mês temos percebidos uma pequena alta no geral. É preciso pesquisar, sem esquecer de olhar a qualidade entre os itens”, destaca, informando que o peixe tipo bacalhau Saith registra uma média de preço de R$ 39,90; já o açúcar para fazer as guloseimas, custa em média R$ 11,90. Se for fazer algum tipo de fritura saiba que o preço do óleo custa em média R$ 8,99, ingrediente de alguns pratos, a dúzia de ovos brancos pode ser encontrada a partir de R$ 5,60. Para acompanhar tudo isso, o arroz branco tipo 1 de 5 kg custa R$ 20,90.

OS VILÕES

Alimentos como a batata-inglesa (30%), o tomate (18,35%), o arroz (6,28%), o óleo de soja (9,24%) e a carne (6%) tiveram alta de preços em novembro e prometem pesar também na composição da ceia. Outros itens como azeite, vinho, bacalhau, arroz, carne suína e de aves, e diz que eles sofreram um aumento acumulado de 15% nos últimos 12 meses.

Safra e queimadas elevaram custo dos alimentos

O aumento expressivo no preço dos alimentos em 2020 se deu por diversos fatores, desde redução de área plantada e quebra de safra, no caso de arroz e feijão, respectivamente, a um período de seca e queimadas em boas regiões do país. Esses fatores ocasionaram forte redução no volume de captação de leite, por exemplo, encarecendo não só este produto, como também os seus derivados.

Além disso, a desvalorização cambial, somada ao isolamento social e a consequente mudança nos hábitos de consumo das famílias, que alavancaram a demanda, foram fatores que também contribuíram para a inflação em 2020.

 

Dicas para economizar no cardápio da confraternização natalina

Avalie o cardápio- Procure um prato novo que possa entrar na sua ceia esse ano. Na internet existem inúmeras receitas criativas e alternativas. Aproveite e faça sua pesquisa.

Faça uma enquete com a família- Na hora de planejar a ceia de Natal, é recomendável que os familiares se reúnam e falem sobre a preferência de seus pratos. É importante ficar atento aos exageros, reduzir a quantidade por causa de desperdício é fundamental.

Pratos compartilhados- Outra dica para fugir da alta no preço dos alimentos é sugerir que cada convidado traga um prato para compartilhar na ceia.

Criatividade e planejamento- O brasileiro é criativo por natureza, seja na hora de escolher um presente ou nos momentos de buscar soluções diferentes. Planejar a ceia e comprar os produtos com antecedência também ajudam a economizar.

 

 

 

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