Anvisa orienta suspensão de vacina da AstraZeneca para grávidas

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SUL FLUMINENSE

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão imediata do uso da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Fiocruz para mulheres gestantes. A orientação está em Nota Técnica emitida pela agência. A vacina vinha sendo usada em gestantes com comorbidades, agora, só podem ser aplicadas nas grávidas a Coronavac e a Pfizer. O Ministério da Saúde afirma que investiga o caso de uma gestante que morreu no Rio de Janeiro após ter sido imunizada com a vacina AstraZeneca.

A orientação da agência é para que a indicação da bula da AstraZeneca seja seguida e nela não consta o uso em gestantes. “A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). A orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país. O uso ‘off label’ de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, diz comunicado da Anvisa, que não diz em que caso específico se baseou para tomar a decisão.

O Ministério da Saúde incluiu todas as grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) no plano de imunização em março. Na época, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Franciele Francinato, explicou que a decisão foi tomada visto que esse grupo tem risco maior de hospitalização por Covid-19. A pasta ainda diz que reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades. As grávidas que receberam a primeira dose da vacina de Oxford/AstraZeneca precisam ter acompanhamento médico para eventos adversos e devem receber a segunda dose .

SUSPENSÃO NA REGIÃO

A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informa que a programação de vacinação contra a Covid-19 para esta terça-feira terá alterações por força de uma recomendação da Anvisa e decisões judiciais recentes, que valem para todo território nacional.

Em respeito à manifestação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a suspensão de vacinação de gestantes com a vacina AstraZeneca, e considerando não haver disponibilidade de outras vacinas para primeira dose no momento, está suspensa temporariamente a aplicação de vacinas contra a Covid-19 no grupo de gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto) e lactantes, reforçando a vacinação contra a Influenza e aguardando novas orientações.

Já a Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Saúde, informou que conforme comunicado emitido na noite desta segunda-feira, dia 10, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária suspendeu a aplicação da vacina Astrazeca/Oxford em gestantes. A suspensão ocorreu em função do resultado do monitoramento de um caso adverso, que está sendo analisado pelo órgão.

Nesta terça-feira (11), o município segue vacinando pessoas de 67 anos de idade com a 2º dose da Coronavac, e profissionais de saúde agendados para a segunda dose da Astrazeneca.

A secretaria informou ainda que na segunda-feira, 2.660 doses da Coronavac foram enviadas à Barra Mansa pelo Governo do Estado e que a totalidade deste imunizante será destinada à dose complementar. Por enquanto não há previsão de abertura de novos públicos para a vacina da farmacêutica Sinovac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantã (SP).

Fabricação de vacina da Fiocruz totalmente no Brasil começa dia 15

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deverá começar a fabricar a vacina da Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 no próximo sábado, dia 15. A fabricação será com o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido no Brasil. A previsão foi feita pelo vice-presidente da instituição, Mario Moreira, em entrevista coletiva do Ministério da Saúde, em Brasília. De acordo com o dirigente, a fundação está em condições de produzir e obteve a certificação de boas práticas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda há procedimentos de avaliação a serem realizados, além do processo do registro definitivo do imunizante.

A produção com o IFA nacional é resultado de um acordo de transferência de tecnologia entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. Até o momento as doses produzidas dependem de IFA importado da China.

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