Alunos discutem sobre os cinco tipos de violência durante Semana Escolar de Combate à Violência Contra a Mulher

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ANGRA DOS REIS

Como identificar situações de violência contra a mulher? Com esta pergunta, a psicóloga Renata Carvalhães abriu mais uma etapa da Semana Escolar de Combate à Violência Contra a Mulher. O debate, que reuniu cerca de 80 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Centro de Estudos Ambientais, na Praia da Chácara, ganhou a atenção dos estudantes que dissertaram sobre situações que consideram de violência.

Regina Carla Pereira, de 52 anos, do 3º ano do EJA, foi uma das que indagou sobre violência verbal. A palestra fez com que a aluna reconhecesse e compartilhasse sua própria história de abuso infantil.

– A gente nunca avalia o que pode ou não ser agressivo ou de fato violento contra as mulheres. Me sentia culpada pelo abuso que sofri quando era criança e hoje, sei que sou a vítima – contou a aluna.

A história de Regina, segundo a psicóloga Renata, é a realidade de muitas outras mulheres.

– É preciso que as mulheres entendam que não são culpadas. Ainda é um tema que precisa de atenção e este é o nosso objetivo aqui hoje. Falar sobre o assunto é importante, assim como mostrar os diversos tipos de violência – ressaltou a especialista.

O tema segue em debate nas escolas da rede. Ao longo do mês de março, marcado pelo o Dia Internacional da Mulher, a Secretaria de Educação, Juventude e Inovação realiza atividades diversificadas em sala de aula, de acordo com a faixa etária das crianças.

Para os alunos da primeira fase do Ensino Fundamental, por exemplo, o tema é trabalhado em rodas de conversa e jogos lúdicos. Já os estudantes da 2ª fase do Ensino Fundamental debatem o tema através de palestras, além de receberem folders explicativos.

Em todas as escolas da rede municipal estão sendo distribuídos, no decorrer da semana, informativos com telefones para denúncias em casos de violência contra a mulher. A ação é parte da lei federal 14.164, de junho de 2021, estabelecendo que as campanhas de conscientização “são necessárias e um mecanismo eficiente no enfrentamento à violência contra a mulher em ambiente doméstico”.

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