BARRA MANSA
Os alunos das 70 escolas públicas municipais e de alguns colégios particulares de Barra Mansa realizaram na manhã de quinta-feira, dia 20, uma iniciativa para promover o amor ao próximo e acabar com a violência dentro das unidades escolares.
Na Escola Vocacionada à Música (Ciep 485) a manhã foi animada. Com vídeos, apresentações musicais e distribuição de cartas com mensagens de carinho, os estudantes e funcionários não conseguiram conter as lágrimas.
A diretora da unidade, Saionara Maciel, comentou que a instituição aproveitou o dia para lançar o projeto: Minha escola, espaço de paz e alegria, eu amo, eu cuido. “O tema do projeto foi lançado hoje e será construído ao longo dos anos. Os alunos já estão até dando ideias para colocarmos em ação, como plantar mudas em nossa área verde e até de decoração para os espaços. Nosso objetivo é incentivar esses estudantes a cuidarem desse ambiente e mostrar que a escola não é um lugar de ódio e violência. Diante de tantas coisas ruins, queremos construir juntos um espaço legal para gente viver”, a diretora.
Ela também explicou como a unidade está lidando com todos os questionamentos em relação à segurança dentro da escola. “Tem duas semanas que estamos conversando com os alunos e mostrando para eles que a escola é um espaço de carinho, amor e amizade. Pedimos para que as famílias confiem o máximo na gente. Procuramos passar segurança e tranquilidade para esses pais e estudantes. O portão da escola está fechado, temos câmeras por toda unidade e estamos tomando todos os cuidados. Fazendo o possível e o impossível para que nada atrapalhe o funcionamento da escola”, explicou.
Letícia Ferreira, de 13 anos, que toca harpa, falou sobre a importância da iniciativa de amor e compaixão dentro das escolas. “Às vezes um abraço pode mudar a vida das pessoas”, afirmou a estudante.
Ana Clara Valente, de 12 anos, toca viola clássica. Ela comentou que o colégio é um ambiente acolhedor. “Gostamos de vir para escola, aqui nos sentimos em paz e isso é muito importante”, falou.
Will Silva, de 12 anos, toca piano, violão, guitarra e canta. Ele disse que apesar de todos os atos de violência registrados dentro das escolas no país, não sentiu medo de que algo pudesse acontecer. “Eu acredito no meu Deus. E apesar de tudo podemos usar iniciativas como as de hoje (quinta-feira) para acolhermos as pessoas e fazermos novos amigos”, ressaltou.
Sophia Paula, de 11 anos, toca flauta doce e disse que quando vê um amigo sendo ofendido ou passando por alguma brincadeira de mau gosto já intervém. “Já chamo atenção da pessoa na hora. O que você não gosta que faça com você, não faça com o outro”, disse.
