Agência da ONU para o trabalho interrompe atividades na Rússia

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NOVA IORQUE

Resolução aprovada pelos Estados-membros da Organização Internacional do Trabalho, OIT, suspende temporariamente cooperação técnica e assistência no país após conflito na Ucrânia por causa do conflito; atividades humanitárias e demais países atendidos pelo escritório para Europa Oriental e Ásia Central não serão afetados; Portugal apoiou o texto e Brasil se absteve A Organização Internacional do Trabalho, OIT, está suspendendo temporariamente a cooperação técnica e assistência à Rússia até o cessar-fogo e a resolução pacífica da ofensiva contra a Ucrânia

Na última quarta-feira, dia 30, a agência da ONU explicou que atividades para fins humanitários seguem normalmente, e que os demais países atendidos pelo escritório para a Europa Oriental e Ásia Central não serão afetados.
Votação
A decisão está prevista na resolução “A agressão da Federação Russa contra a Ucrânia na perspectiva do mandato da Organização Internacional do Trabalho”, aprovada pelos membros da OIT. Foram 42 votos a favor e dois contra, vindos da Rússia e da China. A votação ainda teve oito abstenções, incluindo a do Brasil.
De acordo com o texto, a interrupção dos serviços da OIT no país é baseada na “contínua agressão da Federação Russa, auxiliada pelo governo bielo-russo, contra a Ucrânia”, que é “grosseiramente incompatível” com os objetivos e propósitos da entidade.
A resolução pede ao governo de Moscou que cesse imediatamente e incondicionalmente a ofensiva, retire suas tropas da Ucrânia, acabe com o sofrimento do povo ucraniano e se abstenha de qualquer outra ameaça ilegal ou uso da força contra qualquer Estado-membro.
O documento, redigido e apoiado largamente por países europeus, incluindo Portugal, também cita a questão humanitária.
O texto exige que todas as partes permitam a passagem segura e desimpedida para destinos seguros fora da Ucrânia, inclusive para os marítimos, e pede acesso livre para ajuda humanitária.
A agência da ONU deve continuar a seguir a situação no país e reavaliar a decisão em junho deste ano, na próxima sessão da OIT.

*Silas Avila Jr – Editor internacional

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