RESENDE
Além de formar anualmente mais de quatrocentos novos oficiais do Exército Brasileiro, fomentar a economia local e o desenvolvimento de Resende com a presença de seus alunos durante quatro anos e tornar a cidade conhecida de forma nacional e internacional, a presença da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), fomentou também hábitos e personagens dentro da sociedade resendense.
Entre o final da década de 1970 e início dos anos de 1990, uma personagem figurava intensamente na cidade. Eram as cadetinas, meninas que preferencialmente escolhiam os cadetes da Aman para namorar (e até casar como garantia de futuro). É sobre essa figura singular que o jornalista Laís Amaral Jr. trata em seu livro ‘Que delícia de Cadete! – Memórias de uma cadetina depravada’, editado pela Editora Multifoco – Selo Birrumba, que será lançado amanhã, a partir das 17 horas, na Cafeteria CarioCafé.
O livro é o primeiro romance do autor, que já publicou em coletâneas de contos, e livros de crônica (Os Tomates do Padre Inácio) e poesia (Água de Passarinho). Laís Amaral Jr. também é servidor público municipal e tem inserções no meio musical. “O romance é uma obra de ficção, redigido em forma de memórias, relata a trajetória, pouco ortodoxa, de uma cadetina e suas experiências de relacionamento até um desfecho mais ou menos inesperado”, conta o escritor.
Outra atração na tarde de lançamento do livro, será a apresentação da atriz Mônica Izidoro que fará a leitura de um capítulo do livro, interpretando a protagonista. Também terá a presença do ator André Whately que fará uma performance musical com um RAP baseado na obra de Vinicius de Moraes. O Cariocafé fica na Rua Fafaela Maria Bruno, 80 – Jardim Jalisco (próximo ao Arena Gol) – Resende.
SOBRE O AUTOR
Natural de Nova Iguaçu, Laís Amaral Jr. mudou-se para Resende há 25 anos. O gosto pela prosa nasceu, provavelmente, da audição de crônicas radiofonizadas. Os primeiros livros independentes foram de contos: ‘Primavera Relativa’, 1977; e ‘Pau de Sebo’, ambos com vários autores, entre eles o escritor marginal Antônio Fraga, no qual cita como uma de suas referências. Em 2006, publicou em Contos do Rio II (Editora Bom Texto) como finalista do Caderno Prosa e Verso (O Globo).