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Sesc Barra Mansa recebe espetáculo ‘Jogo de Damas’ da companhia carioca Amok Teatro 

Por Franciele Aleixo
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BARRA MANSA

Depois dos projetos Trilogia da Guerra (com ‘O Dragão’, ‘Kabul’ e ‘Histórias de Família’) e África em Nós (com ‘Salina – A Última Vértebra’ e ‘Os Cadernos de Kindzu’), a companhia Amok Teatro, do Rio de Janeiro, abriu em 2019 uma nova etapa de trabalho tendo como tema o universo feminino. Foi com o espetáculo ‘Jogo de Damas’, que o Sesc Barra Mansa recebe nesta sexta-feira, às 19h30min. Ingressos estão sendo vendidos na secretaria do local.

Com direção de Ana Teixeira e Stephane Brodt, ‘Jogo de Damas’ é resultado de uma pesquisa iniciada em 2018 pelos atores Stephane Brodt e Gustavo Damasceno sobre os personagens femininos do ‘Ricardo III’, de Shakespeare. Um estudo sobre mulheres solitárias, repletas de medos e rancores, enquanto o mundo agoniza ao redor. Para a montagem do ‘Jogo de Damas’, os atores confrontaram esse estudo com obra ‘Fim de Jogo’, de Samuel Beckett.

O espetáculo coloca em cena duas velhas senhoras envolvidas em um complexo jogo de relações. Mulheres assustadas e solitárias em um mundo apocalíptico. Emma e Clara são idosas reclusas que sofrem com a escassez de alimentos, remédios, sonhos e ideais. Suas vidas estão recolhidas em um espaço fechado, onde se alimenta um jogo intenso de amor, dominação e medo.

Nos espetáculos do Amok Teatro a música, ao vivo ou gravada, é indissociável da narrativa e da ação dramática. Em ‘Jogo de Damas’ não é diferente. O Amok mergulha no universo musical do compositor estoniano Arvo Pär e suas sonoridades melancólicas para acompanhar o drama dessas velhas em busca de um sentido para a vida.


A obra é um ensaio sobre a solidão e o enigma da condição humana face à finitude do corpo, do mundo e da vida. Os diretores convidam o público a debruçar-se sobre essas questões a partir dos vínculos e das relações de intimidade, movidos por uma espécie de nostalgia do humano

Amok Teatro

Dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt, o Amok Teatro caracteriza-se pela dedicação a um processo contínuo de pesquisa sobre a arte do ator e as possibilidades de encenação. Desde sua fundação em 1998, o grupo tem recebido por seus espetáculos diversos prêmios do teatro e um grande reconhecimento da crítica e do público nacional e internacional, sendo considerada hoje, uma das companhias de maior prestígio da cena carioca contemporânea.

Os processos de criação e formação estão profundamente ligados nos trabalhos do Amok Teatro. Com mais de 30 anos de experiência pedagógica nas artes cênicas os diretores Ana Teixeira e Stephane Brodt desenvolveram uma metodologia de trabalho que se tornou referência para a formação de atores no Brasil e no exterior.  www.amokteatro.com.br

 

 

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