O Museu de Arte Moderna (MAM) de Resende sedia até o próximo dia 04 de maio, a exposição ‘A Decomposição do Real’ do artista digital Alexandre Pinheiro. Promovida pela Prefeitura de Resende por meio da Fundação Casa de Cultura Macedo Miranda (FCCMM) a mostra reúne 15 obras de arte, e dois vídeos. A visitação é gratuita e acontece sempre de terça a sexta-feira no período de 10 às 18 horas e aos sábados, das 14 às 18 horas, exceto feriados. O MAM fica na Rua Doutor Cunha Ferreira, nº 104, no Centro Histórico de Resende. Agendamentos de grupos e informações podem ser obtidos pelo telefone (24)3360-6155 ou pelo e-mail [email protected]
Distorcer uma imagem até formar uma nova figura. Esse é o objetivo proposto pelo artista digital Alexandre Pinheiro na exposição “A Decomposição do Real”. “Nesta mostra o artista digital Alexandre Pinheiro mostra como seria distorcer o real. Ou seja, ele pega uma imagem real e vai alterando, colocando cores e formas para surgir sua arte digital”, comenta Tatiana, lembrando que todo o trabalho do artista digital é feito no computador. “Após desenvolver o trabalho digital, todas as imagens são impressas em diversos tamanhos e que se transformam em quadros”, completa.
Para Alexandre Pinheiro, o emprego da tecnologia no campo das artes, figura-se como importante ‘instrumento’ argumentativo associado à artesania. No entanto, a composição audiovisual requer do artista, a prática e experiência composicional a informação digital da qual pretendo apresentar.
A mostra é fruto de pesquisas e experimentações desenvolvidas há aproximadamente 10 anos pelo artista. O domínio, nas linguagens virtuais precede nesta situação o surgimento da imagem final, haja vista, que para que ela surja, é necessário decodificar os intrincados caminhos da programação e da estética. “Objetivo da exposição é questionar à aplicabilidade das mídias tecnológicas associadas ao campo das artes. Embora, a (re) explicação da ação proposta acima possa nos parecer redundante, objetivamos apresentar dispositivos audiovisuais na exposição denominada ‘A Decomposição do Real’ com o claro propósito de humanizar relações tidas até então, como pertencendo a territórios meramente ‘tecnológicos’”, conta o artista acrescentando que a transição da poética para os universos tecnológicos/plástico/poético é o que em última instância interessa ao artista.
EDITAL DE OCUPAÇÃO
A exposição é fruto do primeiro edital de ocupação aberto pelo Museu, por meio da Fundação Casa de Cultura Macedo Miranda. Através desta proposta, artistas de todo país puderam se inscrever para expor suas obras no museu, reconhecido como um dos mais importantes espaços culturais do interior do Estado. Para isso, a atual administração criou uma comissão de seleção que avaliou os inscritos, abrindo uma nova oportunidade para que os artistas pudessem concorrer, de maneira democrática, à utilização do espaço, que é muito procurado durante todo o ano. “Neste edital ficou estabelecido que um dos requisitos que o selecionado deve cumprir é oferecer oficinas gratuitas aos sábados, de 15 às 17 horas, no próprio MAM. Além disso, o projeto precisa ter qualidade técnica, ser inédito e ter um tema atrativo. Queremos reconhecer e valorizar os grandes talentos que precisam de espaço para divulgar seu trabalho. Este ano, entre os vencedores, se encontram representantes de Resende, Barra Mansa e Volta Redonda “, explica Tatiana Avelino.
OFICINA 3D
No próximo sábado, dia 28, quem curte arte digital terá a chance de participar da oficina de 3D Hack, técnica que permite a transferência da imagem de uma pessoa para o computador, através da utilização de um aparelho Kinect. A Oficina será ministrada pelo artista digital Alexandre Pinheiro. As vagas são limitadas aos cinco primeiros inscritos por dia. A aula acontece no período de 15 às 18 horas, no próprio MAM de Resende.
Quem quiser participar, precisa ter conhecimento básico de Photoshop, Krypta ou outra ferramenta de edição, e deverá levar seu próprio notebook. “Nessa oficina o participante terá uma breve abordagem sobre como utilizar ferramentas não convencionais para captura de movimento, e objetos tridimiensionalmente através do controle de videogames Kinect. Da captura à finalização será explicado como essas ferramentas podem ser usadas para as artes gráficas. A expectativa é que cada participante faça seu próprio scan e tenha uma noção básica de como prepará-la para renderização”, explica Pinheiro.