BARRA MANSA
Há cerca de duas semanas foram iniciadas as obras no Campo do Ferroviário, que fica localizado entre a Rua Eduardo Junqueira e a Avenida Dário Aragão (Estamparia), no Centro. No local estão sendo feitas as demarcações para a construção de 22 casas, que serão destinadas as famílias que precisarão sair de suas residências para o prosseguimento das obras de readequação ferroviária, o conhecido Pátio de Manobras. Há quatro anos a obra estava parada por conta da situação dos moradores.
O valor total para a obra, realizada pelo governo federal através do Dnit e Ministério da Infraestrutura, ficou em R$ 3,7 milhões, com previsão de finalização no dia 12 de dezembro deste ano. Ao todo, serão desapropriadas 43 famílias, sendo que, 17 serão realocadas no campo, a cerca de 300 metros de onde moram atualmente na Estamparia, e, outras cinco famílias na Várzea do Quartel, no Centro. As demais serão indenizadas. Além das residências, dois pontos comerciais também serão construídos no local.
De acordo com um dos representantes dos moradores que serão desapropriados, Marcelo Andrade, a última reunião com a prefeitura aconteceu no dia 8 de abril. “Eles nos disseram que as obras iriam começar na próxima semana, no entanto, por causa das fortes chuvas que atingiram o município, a iniciação atrasou mais uma semana”, contou.
Ainda segundo Marcelo, há uma grande desinformação sobre as casas que precisarão ser demolidas. “Muitos pensam que as famílias que moram próximas ao Fórum, são quem terão que sair das casas. Mas na verdade, são os moradores da Estamparia”, disse, explicando que de acordo com as reuniões da prefeitura, a realocação é necessária para a passagem da linha férrea. “Para que o viaduto seja concluído, é necessário que a linha da VLI seja realocada, e o local destinado para ela, são onde estão essas casas”, afirmou.
O líder dos moradores ainda explicou que no momento em que as 17 famílias e outras cinco da Várzea forem realocadas para o Campo do Ferroviário, as outras famílias que optaram pela indenização do valor do imóvel, receberão o dinheiro. “Existem famílias que já receberam o dinheiro e que já até se mudaram, e outros receberão a renda após a conclusão das casas”, contou.
O A VOZ DA CIDADE tentou contato com o prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, para obter mais detalhes sobre a iniciação das demarcações, no entanto não teve respostas.
As obras do Pátio de Manobras foram iniciadas há 11 anos. Estavam paradas há quatro anos. Um dos problemas que impedia o prosseguimento da obra era a indefinição da situação das pessoas que moram na área que precisava ser desapropriada. No bairro Barbará, começou a ser construído um dos viadutos, mas não foi concluído por conta da necessidade de desapropriação dos imóveis. No mês de setembro de 2018 o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a transferência das áreas da União para o município visando à construção de unidades habitacionais para atender a necessidade de realocação das famílias, medida prevista no projeto do órgão e fundamental para a retomada do Pátio de Manobras.
Já existe uma emenda de bancada dos parlamentares federais do Estado do Rio de Janeiro no valor de R$ 19 milhões ao Orçamento da União no ano passado que serão usados para o término do viaduto da altura da Saint Gobain e da construção de duas avenidas.
