Fim de contrato com empresa deixa cerca de 300 pessoas demitidas, em Volta Redonda

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VOLTA REDONDA

O fim do contrato da empresa terceirizada Riozinho com o Governo Municipal, deixou cerca de 300 trabalhadores na rua. Segundo os trabalhadores, no dia 1º deste mês a empresa deu baixa na Carteira de Trabalho deles, mas os direitos trabalhistas não foram pagos. Além disso, os demitidos disseram que tiveram a promessa da prefeitura de que seriam admitidos em outra empresa que seria contrata para fazer o mesmo serviço, só que isso não aconteceu.

A empresa foi contrata no final do ano passado para substituir a Greenlife, que também havia deixado a cidade sem acertar os direitos com os ex-funcionários. O caso foi parar ma Justiça que determinou o pagamento dos direitos aos demitidos. Vale lembrar que os trabalhadores reclamantes fazem o serviço de poda de árvores, capina, limpeza de bueiros, jardinagem, varrição de ruas e vielas, limpeza próximos aos rios e canais, recolhimento de entulho e de animais mortos, entre outros.

Ainda segundo os ex-funcionários da Riozinho, pouco tempo depois que a empresa assumiu o lugar da antiga empresa, no inicio deste ano, eles tiveram que fazer uma paralisação por falta de  pagamento. “Na verdade, toda empresa que está sendo contratada pela prefeitura não atua bem, pois quando atrasam o pagamento e quando deixam a cidade alegam que não pagam porque não estão recebendo da prefeitura. É sempre assim e no final quem sofre somos nós trabalhadores”, reclamou um dos ex-funcionários, lembrando que dos 300 demitidos cerca de 60 foram contratados para fazer o mesmo serviço, mas por RPA (Recibo de Pagamento Autônomo), sem nenhum direito trabalhista. “É mais uma ação fora da lei. E quem contratou foi a prefeitura. Aceitaram porque precisam trabalhar, mas não é certo”, completou o ex-funcionário, que preferiu não se identificar.

Em 2017 a categoria já havia realizado mobilização reivindicando do governo municipal os benefícios trabalhistas, com concentração na Praça Sávio Gama

Não é a primeira vez que os mesmos trabalhadores passam por situações como essa. No final de 2017, ainda na Greenlife, que há quase seis anos era responsável pelo serviço transferido para a Riozinho, eles fizeram manifestação na Praça Sávio Gama, em frente ao Palácio 17 de Julho,sede da Administração Municipal, para  cobrar salário atrasado, vencimento de agosto e a rescisão. Naquela ocasião, todos foram demitidos sem receber nenhum direito trabalhista e disseram que após o cumprimento do aviso prévio trabalhando, foram informados que deveriam comparecer ao escritório da empresa, no bairro Aterrado, para entregar os uniformes. Porém, segundo os trabalhadores, ao chegarem ao local encontraram as portas fechadas. Temendo que a empresa tivesse deixado a cidade sem pagar seus direitos, os funcionários decidiram realizar a mobilização na Praça Sávio Gama. Os trabalhadores informaram, que assim como fizeram em 2017, acionaram o Sindicato dos Empregados nas Empresas de Asseio e Conservação, que acompanha o caso.

A Prefeitura de Volta Redonda foi procurada pelo A VOZ DA CIDADE para falar sobre o caso, mas até o fechamento desta edição não havia respondido.

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