BARRA MANSA
O Ponto de Ação Cultural (PAC), de Barra Mansa, mantém aberta até o próximo 9 de setembro a exposição ‘Crime Ambiental’ do artista plástico e agente cultural, Cláudio Crovatto. A mostra pode ser vista de segunda a sexta-feira das 14 às 18 horas, com entrada franca. O PAC fica na Rua Professor Pedro Vaz, Centro.
Nas fotografias, o artista relembra a maior tragédia ocorrida do Rio Paraíba do Sul, quando ocorreu o vazamento de pesticida vindo da empresa Servattis que completa dez anos em novembro. “Foram 80 toneladas de peixes e outros animais mortos, entre Resende e Campos, onde o rio deságua. É bom lembrar que muitas espécies estavam em extinção como dourado e cascudo, soltaram alguns peixes para repovoar, mas a expectativa é que apenas em 2028, a situação se aproxime da normalidade”, destaca Crovatto.
O artista explica a sequência fotográfica em exposição. As fotos têm inicio com o nascer do sol, passa pela tragédia e termina com o pôr do sol. “O Rio Paraíba é lindo, o trecho do vale do Paraíba é maravilhoso, tem vida, precisamos preservar. As fotos, além da tragédia, mostram também esse lado bonito, poético”.
Mas a exposição não é apenas contemplativa, Crovatto, destaca que o objetivo é a reflexão e não deixar cair no esquecimento. “Estamos debatendo o tema em escolas e entidades, o não cuidar do meio ambiente, atinge a todos. Queremos que a sociedade cobre ações de preservação dos órgãos públicos e não deixe essa tragédia cair no esquecimento”, afirma.
O ACIDENTE
Ocorrido em 18 de novembro de 2008, o acidente aconteceu durante o descarregamento de um caminhão que tinha capacidade de 30 mil litros de pesticida. A Servatis diz que pelo menos oito mil litros produto químico Endosulfan podem ter vazado. O incidente causou ainda a interrupção do fornecimento de água em sete cidades na área. A tragédia foi maior por ter acontecido durante a temporada de reprodução de muitas espécies, algumas das quais correm risco de extinção.