Delegado diz que restos mortais é de uma mulher

Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE na manhã desta sexta-feira, 2, o delegado adjunto da 93ª Delegacia de Polícia (DP), Rodolfo Atala, informou que os restos mortais encontrados em uma área de posse no bairro Monte Castelo, em Volta Redonda, é mesmo de uma mulher. Disse ainda que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil vai identificar o cadáver, informar a quanto tempo ocorreu a morte e esclarecer se a pessoa foi jogada na cova ainda com vida.

Contou ainda o delegado que a Medicina Legal irá informar ainda qual foi a causa da morte, se foi por espancamento, soterramento, asfixia, disparo de arma de fogo, entre outros. “Vai esclarecer inclusive se essa pessoa foi torturada ou não antes de morrer. Isso auxilia na investigação, pois é possível saber se os assassinos quiseram algum tipo de confissão ou delação da vítima sob tortura e se o crime teve motivação passional”, informou o delegado, que na manhã de ontem conduziu a ação no Monte Castelo.

O delegado explicou também que os agentes da 93ª DP investigam se o local onde a ossada da mulher foi encontrada funcionava como um cemitério clandestino pelos traficantes, que agem na área do Monte Castelo. Atala acredita que pessoas podem ter sido torturadas e enterradas vivas por traficantes. Por isso, o principal objetivo da Polícia Civil agora é descobrir se outros corpos estão enterrados na área. “O laudo do IML irá tirar todas as dúvidas se a pessoa foi morta, torturada e se foi enterrada viva. Além disso, iremos investigar sobre o homicídio da mulher, além do cemitério clandestino”, explicou Atala, lembrando que, além de identificar a vítima, o exame vai confirmar o tempo que a morte ocorreu. Informou ainda que boletins de ocorrências sobre pessoas desaparecidas estão sendo pesquisados para ajudar nas investigações.

Vale lembrar que há anos facções rivais das áreas de posse do Monte Castelo e São Geraldo travam uma ‘guerra’ na disputa pelos pontos. Nessa briga vários suspeitos foram presos e outros mortos.

O CASO

Após denúncia anônima, uma equipe da 93ª DP, coordenada pelo delegado adjunto Rodolfo Atala, seguiu para uma área de posse, no bairro Monte Castelo, onde foi descoberto um terreno que seria usado por traficantes da área para enterrar membros de grupos rivais e desafetos. No local, os agentes encontraram uma ossada de corpo humano, que foi encaminhada para o IML, para a realização de DNA, visando a identificação.

Durante a ação, os agentes fizeram escavações na área com a finalidade de localizar outros corpos, mas nada mais foi encontrado. Além do Corpo de Bombeiros, cães farejadores e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) auxiliaram na escavação.