Oi pessoal, na coluna desta semana conversei com dois bioquímicos que trabalham com os atletas de alto rendimento, junto ao ‘Time Brasil’, no parque aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.
Flávio Ignácio Bachin (bioquímico) e Camila Vieira da Silva (biomédica) trabalham no projeto que tem a finalidade de ajudar os treinadores dos esportes de alto nível a avaliar a resposta que o exercício provoca no metabolismo do atleta. Eles explicam que todo exercício provoca um processo inflamatório, então o trabalho é avaliar isso, até que ponto este processo inflamatório trará benefício para o atleta.
Segundo eles, com este trabalho, conseguem ver o desequilíbrio de eletrólitos, além de analisar se os atletas estão hipohidratados e depois passam tudo isso para o treinador que vai escolher a melhor estratégia do treinamento de acordo a resposta analisada. Eles conseguem avaliar de uma maneira objetiva quanto o exercício está colocando de carga interna em cada atleta.
O projeto começou em 2009, antigamente era feito em parcerias com Universidade. Em 2016 ele foi montado com uma estrutura física e começaram a atuar com os atletas de alto nível no Maria Lenk desde lá. O público avaliado é bem diferente, o alto nível sobe a outro patamar de estudo.
Os dois comentam que fazer essas ações no laboratório é muito importante, mas ir às competições e atuar lá também.
Isso ajuda na tomada de decisões, por parte do treinador e do atleta. É na competição que eles avaliam se o atleta está ou não 100% recuperado e a resposta disso é que vai gerar a estratégia para a continuação da competição e dos treinamentos, seja ela de qual esporte for.
Eles trabalham com diversos esportes, como natação, nado sincronizado, luta e etc. Para eles entenderem e separem cada esporte, eles precisam entender cada caso e conversar com cada treinador, para que ele passe a visão dele e do dia a dia do atleta.
Eles precisam muito da expertise do treinador para gerar uma resposta. Existem parâmetros que vai ser mais utilizado em um esporte do que outro e que todos têm sua especificidade.
Em relação ao resultado, como eles já estão na área há algum tempo, já conseguem ver o que cada esporte gera de resultados em relação à resposta bioquímica, que ajuda o atleta e conversa com todas as áreas de trabalho multidisciplinar. Os dois comentaram que podem conversar com a biomecânica também, com a parte psicológica, médica e etc. O esporte de alto rendimento é feito de detalhes, e precisamos olhar o corpo como um todo.
No estudo do esporte de alto rendimento ninguém trabalha mais sozinho e é por isso que precisamos de profissionais como eles para nos ajudarmos nas avaliações e melhoramos cada vez mais, agradeço ao Flávio e Camila por terem me explicado um pouco mais do trabalho de deles e como isso ajuda os atletas de alto rendimento todos os dias;
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Até a próxima semana!