Fala galera, na coluna de hoje darei espaço para o biomecânico do Sesi-SP e da Seleção Brasileira, Fabiano Gomes Teixeira, que escreve sobre a biomecânica na natação de alto rendimento.
A biomecânica é uma área da ciência que utiliza de ferramentas da física e da matemática para o estudo do movimento. Uma das tarefas da Biomecânica do Esporte a caracterização e melhoria das técnicas de movimento através de conhecimentos científicos. Atualmente, esta ciência tem muita importância e trás muitas contribuições para o esporte, dentre estas contribuições pode-se citar a análise e melhoria da técnica desportiva, prevenção de lesões, desenvolvimento de equipamentos esportivos, etc.
A biomecânica também é considerada uma área que busca a correção de detalhes no gesto esportivo. E será que o detalhe faz diferença no esporte de rendimento? A resposta certamente é sim, vale destacar, por exemplo, que o atleta do Sesi-SP, Matheus Gonche, conquistou sua medalha de bronze no troféu José Finkel (2019) na prova de 100 metros Borboleta com a diferença de 13 centésimo em relação ao quarto colocado e ficou a 29 centésimos do campeão da prova.
A biomecânica pode atuar tanto na intervenção direta como no suporte para as modalidades da entidade. Em modalidades individuais como a natação, por exemplo, possuímos um banco de dados de nossos atletas que vão desde as imagens de suas provas nas principais competições no Brasil e no Exterior, acompanhamos a evolução destes atletas por meio do monitoramento do Ranking Mundial de suas provas principais, realizamos acompanhamentos individuais, avaliações em competição, avaliações de força no nado entre outros.
A avaliação biomecânica em competição, por exemplo, tem como objetivo determinar algumas variáveis de nado limpo e fundamentos da Natação (saídas, viradas e chegadas). Essas informações permitem subsidiar a tomada de decisão da comissão técnica tanto em competições como em treinamentos!
Apesar de ser uma disciplina relativamente nova, a Biomecânica, pela importância que tem, pela sua utilidade no esporte de rendimento e pelo muito que já evoluiu, precisa de ainda de algumas reformulações e de uma melhor abordagem sobre seu conteúdo para que esta visão possa ser mudada e sua importância reconhecida de fato. As barreiras existentes entre o conhecimento acadêmico gerado das universidades e aplicação prática nas modalidades esportivas necessitam ser derrubadas para benefício do esporte de rendimento.
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Até semana que vem!
