Debates ou perguntas e respostas
Pois bem depois de um intervalo, que precisei tirar, estamos de volta a este espaço. E hoje, gostaria de comentar com vocês algo que me chamou muito a atenção nessas eleições: os chamados debates políticos.
Será que temos mesmo debates políticos? Creio que não! Afinal, se formos buscar em qualquer dicionário a definição para a palavra encontraremos: “substantivo masculino, luta em defesa de uma causa; contenda, justa, peleja e por analogia discussão acirrada; altercação”.
Se formos ver por este prisma, chegamos à conclusão que não foi isso que houve em nenhum dos debates que foram apresentados não só na região Sul Fluminense, mas em todo o Brasil, até a manhã da quinta-feira, dia 19. Faço essa ressalva porque escrevo a coluna nessa data e a noite haverá o debate da Band.
O que vimos, na realidade, foram programas com regras para lá de rígidas, que não permitiam aos participantes debater assuntos, mas sim apenas a responder o que lhes era perguntado, às vezes em menos de 60 segundos, o que convenhamos não dá para dizer quase nada.
Mesmo com as réplicas e tréplicas não tivemos, em momento algum, possibilidade de sabermos o que os candidatos expunham.
Sei que havia muitos candidatos, e o tempo era curto, mas chamar o que foi apresentado de debates fica muito longe do que a palavra realmente define.
Talvez o melhor caminho para as próximas eleições sejam as lives, que a equipe de A VOZ DA CIDADE fez de forma brilhante revelando talentos para o vídeo como Carol Macedo, Luana Januário e a mais nova senhora da cidade, Franciele Aleixo.
Outro ponto que não pode ser esquecido nessa análise foi a total omissão, não vejo outra palavra para isso, da TV Rio Sul que se limitou a cidade de Resende, esquecendo que sua programação chega a 16 cidades. A campanha foi praticamente ignorada. Não fazer “debates” era um direito, mas não dar informações sobre os candidatos foi um tiro na água, como se diz em Minas.