ESTADO/SUL FLUMINENSE
Acontece na próxima segunda-feira, dia 12, o Fórum Carioca de Desenvolvimento e Equilíbrio Socioeconômico (FOCA 2022). Organizado pela Federação em conjunto com a Global Council of Sustainability & Marketing (GCSM), o evento será realizado de forma on-line das 9h30min às 18 horas. As inscrições podem ser feitas pelo site www.focarj.online.
O presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, informou que o Fórum irá reunir, por meio de palestras, aulas magnas, depoimentos, apresentações, entrevistas e debates, grandes nomes da gestão pública e privada. Queiroz lembrou ainda que, com foco na sustentabilidade e nas ações que visam desenvolvimento, crescimento e progresso com respeito ao equilíbrio socioeconômico ambiental, o Fórum trará informações de alta importância e interesse do público-alvo, sobre temas como turismo, economia, energia, ESG, inclusão e diversidade, sustentabilidade, infraestrutura, educação e outros mais, com relação direta ao desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro e seu interior.
O presidente da Fecomércio RJ informou ainda que, mais uma vez, a cidade do Rio chama para si o protagonismo ao promover o Fórum Carioca de Desenvolvimento e Equilíbrio Socioeconômico Ambiental. Tratar da consciência ambiental é trabalhar uma agenda positiva para encontrar medidas de contenção do processo de esgotamento dos recursos naturais e de recuperação do meio ambiente. “O setor privado tem um papel essencial no processo de amadurecimento das práticas de sustentabilidade, pois tem a agilidade necessária para impulsionar as inovações e tecnologias”, explicou o presidente da Fecomércio RJ.
CORPORAÇÃO EMPRESARIAL
O GCSM é uma corporação empresarial, sem fins lucrativos, com o propósito de gerar e fomentar conteúdos exclusivos, focado no mundo corporativo e na comunidade empreendedora. Já o Fecomércio RJ reúne 59 sindicatos patronais, líderes empresariais, especialistas e consultores com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos negócios no setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado do Rio de Janeiro.
A Federação desenvolve soluções, pesquisas e disponibiliza conteúdo sobre questões que impactam a vida do empreendedor e colaboram nas decisões dos gestores públicos. Representa mais de 321 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,5 milhão de empregos formais, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado. Através do Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) atua em assistência social, cultura, educação, lazer e saúde aos comerciários e população carente, enquanto o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac RJ) promove educação profissional voltada para o setor.
Pesquisa do Instituto Fecomércio aponta que despesas do início de ano pesam no orçamento das famílias fluminenses
VOLTA REDONDA/ESTADO
Segundo pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), o número de famílias que pretendem gastar com despesas extras no início deste ano deve cair. O levantamento apontou ainda que dos consumidores entrevistados em 2021, 58,2% afirmam que não fizeram reserva do ano anterior para pagamento dessas despesas. O percentual é 10% maior do que o apurado no estudo de 2020.
A sondagem contou com a participação de 425 consumidores do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de obter informações relativas às despesas dos fluminenses no início de ano e a forma como estas serão pagas, além das expectativas do ensino para o ano de 2021.
Em relação aos gastos extras, o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) será parcelado por 50,4% dos entrevistados, percentual 28% maior do que o registrado em 2020. Mesmo com os descontos oferecidos, como acontece em Volta Redonda, que os contribuintes, que escolherem pagar o IPTU de 2021 em cota única e com desconto de 18%, têm prazo até o dia 10 de março. A quitação terá início no próximo mês de fevereiro, com o envio dos carnês pelos Correios. A primeira parcela terá vencimento no dia 10 de março.
Outros 26,1% dos entrevistados não terão esse gasto e 23,5% pretendem pagar à vista. O IPVA será parcelado por 43,1% dos consumidores. Já 36,2% não irão pagar esse imposto e 20,7% pretendem quitar à vista.
EDUCAÇÃO
O desembolso para o pagamento da matrícula escolar aparece com apenas 18,8% para os que possuem a intenção de pagar à vista e 14,4% pretendem parcelar. Dos entrevistados, 66,8% não terão esse tipo de gasto. Já o material escolar deve ser parcelado por 27,5% dos consumidores. Sendo que 13,9% pretendem pagar à vista e 58,6% não pretendem ter esse gasto neste ano.
Em relação às expectativas relativas ao ensino em 2021, 49,3% acreditam que o ensino será híbrido, com aulas online e presenciais. Já 30,8% crêem no ensino apenas online e 7% na modalidade presencial. 12,8% dos entrevistados não souberam responderam. Entre os que acreditam no ensino híbrido e online, 45,8% afirmam que as instituições de ensino não estão preparadas, 40,8% acham que estão e 13,4% não souberam responder. Sobre o preparativo dos professores, 48% dos consumidores acham que os docentes não estão preparados.
Para 40,2%, os professores estão prontos para a modalidade online e 11,7% não souberam responder. Em relação ao preparo dos alunos, 63,7% afirmam que os estudantes não estão prontos para esse tipo de ensino. Outros 26,3% dos entrevistados acham que os alunos estão preparados e 10,1% não souberam responder.
FECOMÉRCIO RJ
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro(Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do Estado. O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ administra, no estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).
Dia das Mães: Comércio deve movimentar aproximadamente R$ 1 bilhão, valor é 35,8% menor que o estimado em 2019
SUL FLUMINENSE
A pandemia provocada pelo coronavírus (Covid-19) deve afetar a segunda data mais importante do comércio depois do Natal, o Dia das Mães, celebrado neste domingo, dia 10. Segundo o levantamento do Instituto Fecomércio RJ (IFec) haverá reduções tanto no gasto médio com presentes baixando dos R$ 155,9 em 2019 para R$ 143,6 neste ano, como no número de consumidores fluminenses que devem presentear na data: 10,2 milhões (2019) e 7,1 milhões (2020), respectivamente. Apesar disso, o estudo aponta que o volume de compras no comércio deve movimentar R$ 1 bilhão na economia do estado do Rio de Janeiro.
Entre as lembranças preferidas estão perfumes e cosméticos (29%), roupas (27,2%), calçados, bolsas e acessórios (24,4%), flores (17,5%), joias e bijuterias (13,4%), smartphones (5,5%), televisão (3,7%), livros e também os e-books (3,7%) e computadores (1,4%). O estudo do IFec também aponta que 25,8% das pessoas vão comprar mais de um presente.
A projeção fluminense de queda acompanha o contexto nacional, pois segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a crise provocada pelo novo coronavírus vai acarretar uma queda histórica do volume de vendas no varejo, no Dia das Mães de 2020. Em comparação com o ano passado, a entidade estima um encolhimento de 59,2% no faturamento real do setor na data, considerada o Natal do primeiro semestre pelo comércio e a segunda mais importante no calendário varejista brasileiro.
Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a projeção de queda para o Dia das Mães por conta da pandemia ficou acima das perdas estimadas para a Páscoa (-31,6%). “O Dia das Mães deste ano ocorrerá em meio ao fechamento de segmentos importantes para a venda de produtos voltados para a data, como vestuário, lojas de eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos. Já a Páscoa tem como característica a venda de produtos típicos em segmentos considerados essenciais, como supermercados, que permaneceram abertos desde o início do surto de Covid-19”. observa.
O ramo de vestuário e calçados é o que apresenta a maior expectativa de retração durante o Dia das Mães (-74,6%), seguido pelas lojas especializadas na venda de móveis e eletrodomésticos (-66,8%) e pelo segmento de artigos de informática e comunicação (-62,5%).
Segundo Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa, o comércio deverá registrar retração em todos os Estados durante a data. “São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, unidades da Federação que respondem por mais da metade das vendas voltadas para o Dia das Mães, tendem a registrar perdas de 58,7%, 47,4% e 46,6%, respectivamente”, destaca. Em termos relativos, no entanto, três estados do Nordeste deverão registrar as maiores perdas: Ceará (-74,2%), Pernambuco (73,5%) e Bahia (66,2%).
ALTERNATIVAS PARA AS VENDAS
Em Barra Mansa, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BM) incentiva os empresários a adotarem alternativas de vendas on-line, entregas por delivery ou atendimento personalizado para reduzir os impactos na economia e garantir sucesso nas vendas do Dia das Mães. “Certamente, o número de vendas será menor que o do ano passado, devido ao momento delicado que estamos passando. Mas estamos vendo os lojistas reconfigurando o negócio, seja em vendas por delivery, colocando o WhatsApp à disposição, levando produtos à casa do cliente. Creio que o diferencial deste Dia das Mães será esta nova forma de vender, on-line e personalizada. Uma venda ativa, onde o empresário vai em busca do cliente, e não mais uma venda passiva, em que o cliente vem à loja”, destacou Leonardo dos Santos, presidente da CDL-BM.
Com o comércio da cidade funcionando em horário reduzido, Leonardo reforça ainda a importância de os estabelecimentos propiciarem um ambiente seguro para os consumidores fazerem suas compras, intensificando as medidas de higienização, disponibilizando álcool em gel na entrada e recomendando o uso de máscaras de proteção para funcionários e clientes.
ESTADO
Em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os lojistas de todo o estado enfrentam dificuldades em faturar devido às medidas restritivas do isolamento social e lojas fechadas. A alternativa tem sido explorar o sistema delivery e vendas on-line, uma estratégia já praticada pelos empresários mais antenados, mas ainda um drama para pequenos comerciantes.
Para auxiliar o ingresso de todos no e-commerce, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) anunciou uma novidade com a transformação digital no setor de comércio de produtos e serviços. Pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) mostra que, atualmente, 75% das empresas não comercializam seus produtos on-line. O índice aponta uma fragilidade do setor, que fica ainda mais evidente em um cenário de circulação restrita pela pandemia da Covid-19.
A Fecomércio RJ firmou uma parceria com a Convem, empresa dedicada à criação de lojas on-line. Ao acessar o site http://www.fecomercio-rj.org.br/lojaonline e seguir o passo a passo indicado, o empreendedor pode ingressar no ambiente virtual com o seu negócio e potencializar as vendas. Além de apoio técnico para a solução, a empresa garante treinamento em vendas e marketing para capacitar a equipe, incluindo promoção nas redes sociais e posicionamento no Google.
O Sebrae Rio é, também, parceiro nesta iniciativa, garantindo a credibilidade e o suporte necessário. “Com quatro anos de mercado, experiência de 200 lojas parceiras e mais de 5 mil clientes, podemos garantir que os pequenos e médios negócios tenham uma transição rápida e eficiente para o ambiente digital, com todo suporte necessário, não somente ferramental, mas também com orientações de como potencializar suas vendas, realizar promoções e até mesmo se aproximar de seus clientes. Essa iniciativa da Fecomércio RJ é fundamental para o ambiente de negócios online do Estado e tem o poder de transformar o dia a dia dos comerciantes”, explica o fundador da plataforma, Luiggi Senna.
As empresas que adquirirem o serviço pelo site da Fecomércio RJ ou através do site dos sindicatos filiados não terão qualquer despesa de implantação, tendo como investimento somente a taxa de comissionamento cobrada pela empresa responsável. “A missão da Fecomércio RJ é fomentar o ambiente de negócios no segmento do comércio. As vendas on-line já eram uma necessidade do setor, diante das novas tecnologias e das mudanças no hábito de consumo. Neste cenário de circulação restrita, o momento não poderia ser mais oportuno. Esta é uma grande oportunidade para os comerciantes se atualizarem e potencializarem suas vendas”, frisa Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente da Fecomércio RJ.
Informações no link: http://www.fecomercio-rj.org.br/lojaonline.
SUL FLUMINENSE
A Organização Mundial da Saúde declarou que a rápida expansão do novo Coronavírus (Covid-19) pelo mundo se configura como uma pandemia. No Brasil, o número de casos sobe gradativamente e no estado do Rio de Janeiro são 31 casos confirmados e 94 suspeitos, segundo dados do Ministério da Saúde. Para avaliar como os empresários fluminenses estão vendo os riscos aos seus negócios, em decorrência do Coronavírus, o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) realizou um estudo com 427 empresários de todo o estado.
O levantamento mostrou que 57,1% dos entrevistados veem algum risco para o seu negócio em decorrência da disseminação do vírus. Para esse grupo, o tamanho do risco é moderado (39,7%), alto (30,6%) e muito alto (19,1%). O maior receio dos empresários é a falta de demanda por parte dos consumidores (67,5%), uma vez que muitos fluminenses podem vir a limitar suas saídas. “Tenho receio que toda a população ficando em casa reduza significativamente o consumo. Não é algo que acredite que vai acontecer, mas tenho receio. Hoje vemos especialistas orientarem todos do grupo de risco, como idosos e pacientes de doenças crônicas, a não sair de casa. Menos clientes circulando prejudica o varejo”, comenta o comerciante Samuel Ferreira, de Resende.
Para 34,5% dos consultados, a interrupção no abastecimento de insumos necessários para sua atividade é o que mais preocupa. Em Barra Mansa, a empresária Michelle Gattás, proprietária de uma rede de farmácias de manipulação, ampliou o estoque de insumos para atender os clientes pela falta de produtos oriundos da China. “Como somos um grupo de seis farmácias, trabalhamos com um estoque maior e previsão para alguns meses. Logo que o vírus apareceu, já fizemos previsão e compra visando não haver essa falta em nossas lojas”, comenta.
Para outros 33,5% da pesquisa da Fecomércio, a possível falta de funcionários, por contata do vírus, pode prejudicar o seu negócio. E a pesquisa também mostrou que 83% dos empresários do estado do Rio percebem mais de um tipo de risco em decorrência do Coronavírus.
NOVOS DADOS
O IFec RJ vai manter o monitoramento com análise do impacto da pandemia na economia do estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ está em contato com os sindicatos de todo o estado para orientar sobre as medidas de precaução para evitar a contaminação pelo Coronavírus, conforme orientações do Ministério da Saúde.
SUL FLUMINENSE
Poupar dinheiro é uma meta de quase todo trabalhador e segundo dados do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), 5,9 milhões de moradores do estado do Rio de Janeiro conseguiram poupar dinheiro nos últimos 12 meses. Em média, o fluminense reteve mais de R$ 2 mil/por pessoa, sendo a caderneta de poupança a principal escolha de aplicação dos rendimentos. Segundo o IFec RJ, ao menos 46% dos entrevistados afirmaram ter conseguido organizar suas finanças para guardar parte das economias, o que equivale a cerca de 5,9 milhões de consumidores do estado do Rio de Janeiro.
A sondagem realizada entre os dias 22 e 28 de outubro verificou ainda que, em média, cada consumidor conseguiu poupar exatamente R$ 2.710,84 no prazo de um ano. O motivo mais mencionado pelos fluminenses para guardar dinheiro foi a preocupação com despesas não previstas. Na Região Sul Fluminense, há relato de trabalhadores que conseguem guardar parte dos proventos. O pedreiro Paulo Odair, 53 anos, morador de Resende, tem renda mensal em torno de R$ 4,5 mil. A cada 30 dias destina aproximadamente R$ 300 para a poupança. “Tento manter um padrão, mas às vezes oscila para mais ou menos, conforme a rotina de trabalho. No ano passado consegui juntar quase R$ 3,7 mil. Estou repetindo a economia neste ano, espero utilizar parte do dinheiro para situações emergenciais e parte para o lazer, compras. Afinal, quem trabalha merece curtir o dinheiro também”, disse justificando a opção em armazenar recursos. “Acho que poupar ajuda a cobrir despesas imprevistas e evita depender de terceiros. Fazendo economia num banco me sinto mais seguro também”, opina.
Segundo o IFec RJ, entre as pessoas que conseguem guardar dinheiro, 79,6% mantêm uma parcela dos seus recursos em banco e 26,6% na própria moradia. Entre as pessoas que realizam algum tipo de investimento, a caderneta de poupança aparece em primeiro na lista de preferência de lugares para manter a aplicação, com 64,7%. A renda fixa está em segundo lugar no ranking, com 28,3% da preferência, e a renda variável aparece na terceira posição, com 15,8%.
POUPAR COM POUCO RECURSO
Por outro lado, 37,4% dos entrevistados pelo IFec RJ afirmaram não conseguir poupar dinheiro. Segundo o estudo, 57,8% das pessoas apontaram ter rendimentos insuficientes sendo este o principal motivo para não guardar dinheiro. “Sou assalariado, o mês parece ter 50 dias, falta dinheiro. Eu tentei guardar R$ 100 ao mês, mas não consegui devido às necessidades extras. O salário mínimo fica praticamente no aluguel e supermercado. Tenho esperança que a ‘caixinha’ de fim de ano reforce o meu Natal”, brinca o porteiro Rubens Machado, 70, que assim como 18,7% dos ouvidos na pesquisa, afirma que tenta poupar sem êxito.
O IFec RJ mostra também que 19,3% das pessoas ouvidas poderiam ter guardado dinheiro, mas foram consumistas. “Sempre que sobra alguma coisa do pagamento, arrumo destino rápido. Seja sair com amigas, fazer unha, comprar roupa… Não guardo por isso. Acho também que ganho pouco e se poupar não vou usar praticamente nada para o meu bem estar”, opina a comerciária Salete Ribeiro, 29.
Pesquisa aponta confiança dos empresários na economia e cita a aprovação da Reforma da Previdência
ESTADO
O monitoramento de agosto da pesquisa Visão da Economia, realizada pelo Instituto Fecomércio de Análises e Pesquisas (IFec), revelou que o percentual de empresários fluminenses do setor de comércio de bens, serviços e turismo que estão confiantes ou muito confiantes com a evolução da economia fluminense e brasileira para o próximo mês cresceu.
No mês de agosto, 55,1% dos empresários disseram estar confiantes ou muito confiantes com a economia brasileira para o próximo mês, contra 50,5% registrados no mês anterior. É o maior crescimento mensal interanual desde o início da pesquisa. A confiança para os próximos três meses, tradicionalmente mais alta que a confiança para o mês seguinte, também cresceu na comparação mensal.
Em agosto, 59,3% dos empresários disseram estar confiantes ou muito confiantes com a economia brasileira para o mês de novembro, contra 55,6% no mês anterior. O aumento do otimismo foi mais modesto para a economia fluminense. Enquanto o otimismo manteve-se praticamente estável para o próximo mês e igual a 43,3%, o percentual de otimistas para os próximos três meses subiu e alcançou 52,8% frente a 49,3% registrados em julho.
Segundo a Fecomércio, contribuem para o aumento do otimismo para os próximos três meses três fatores: a aprovação da reforma da previdência em segundo turno na Câmara dos Deputados e a alta probabilidade de aprovação da reforma no Senado afastam temporariamente do debate econômico a preocupação com a evolução dos gastos primários do governo federal; a liberação dos saques do FGTS, que começará em setembro para os clientes da Caixa e em outubro para os não clientes; a redução de 0,5 ponto da Selic e a perspectiva de afrouxamento ainda maior da política monetária.
A aprovação de uma PEC paralela no Senado que inclua estados e municípios na Reforma da Previdência enviada pela Câmara dos Deputados adicionaria otimismo às expectativas dos empresários do setor para a economia fluminense. Segundo os indicadores fiscais e de endividamento de estados e municípios disponibilizado pelo Tesouro Nacional, o estado do Rio de Janeiro foi a unidade da federação que apresentou a maior relação entre a sua dívida consolidada e a receita corrente líquida no primeiro quadrimestre de 2019, em torno de 264%. O Rio Grande do Sul, unidade da federação que ocupa o segundo lugar, apresentou relação igual a 224%.
Ainda segundo o Visão, os empresários do setor esperam para agosto relativamente a julho variação média igual a 1,22% do preço ao consumidor; 1,59% do preço do fornecedor e 1,57% de aumento no volume de vendas. A sondagem ocorreu entre os dias 6 e 9 de agosto e contou com a participação de 686 empresários de todo estado do Rio de Janeiro.
RIO DE JANEIRO
O percentual de famílias endividadas no estado do Rio de Janeiro vem registrando aumentos consecutivos ao longo do ano, e atingiu, no último levantamento, 61,9%. A nova pesquisa sobre Crédito, realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), para a Fecomércio RJ, com consumidores fluminenses, mostrou que 43,2% dos consultados estão parcelando algum tipo de gasto. Entre os principais meios de pagamento em parcelas, o cartão de crédito se destaca, e atinge 76,4% dos entrevistados.
Outras modalidades de parcelamento também foram mencionadas pelos entrevistados, como por exemplo: empréstimo bancários (16,2%), carnê (7,9%) crédito consignado (7,9%), cheque especial (7,4%), habitação (7,4%) e empréstimo em financeiras (6%). O levantamento também quis saber quais são as motivações para o pagamento parcelado, e os fluminenses apontaram que as dívidas contraídas (41,2%) são a causa principal, seguidos por compras de eletrônicos (31,5%), vestuários (24,1%), eletrodoméstico (20,1%), alimentos (12%), veículos (7,9%), entre outros.
O estudo também apontou que para a maioria dos entrevistados (48,1%), o valor das parcelas foi a maior motivação para o parcelamento da compra. Já para 28,2% dos analisados, o prazo do parcelamento, ou seja, em até quantas vezes o pagamento pode ser dividido, é o maior atrativo. Também foram mencionadas a rapidez na aprovação (22,7%), menor taxa de juros (19%), a não necessidade de comprovação de renda (11,1%) e o desconto em folha (10,2%). Cerca de 27,3% dos entrevistados estão com pelo menos 30% da renda comprometida com dívidas.
Ao serem questionados sobre a principal razão que as levou a optar pelo parcelamento e não o pagamento à vista, cerca de 48,1% dos fluminenses responderam não ter todo o dinheiro para pagar à vista e 22% responderam não ter parte do dinheiro para quitar a compra à vista. A falta de descontos na compra à vista também foi apontada por 14% dos consultados.
A sondagem ocorreu entre os dias 18 e 22 de julho e contou com a participação de 500 consumidores em todo estado do Rio de Janeiro.
SUL FLUMINENSE
O percentual de famílias endividadas no estado do Rio de Janeiro registrou o quarto aumento consecutivo, na comparação mensal, e atingiu o valor de 61,9% em junho de 2019, aumento de 0,9 ponto percentual frente a maio e 1,8 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior. É a segunda vez consecutiva que a proporção de famílias endividadas aumenta no comparativo interanual. É também a primeira vez, desde maio de 2018, que o índice passa a oscilar fora do intervalo de 1,5 ponto percentual. O levantamento é da Fecomércio RJ, apurado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
A pesquisa revelou que a proporção de endividados cresceu mais fortemente entre as famílias que ganham até 10 salários mínimos e alcançou 65,7% em junho frente a 64,8% no mês de maio. O número de junho de 2019 já é 1,9 ponto percentual, superior ao valor registrado no mesmo período do ano passado. “Meu marido e eu, juntos, somamos três salários mínimos. A dívida aumentou significativamente do último semestre de 2018 em diante. As contas com cartão de crédito e despesas extras de saúde nos prejudicaram”, comenta a dona de casa Fernanda Ribeiro, de Resende.
Segundo a Fecomércio, dentre o total de endividados, 77,9% afirmou que tem dívida no cartão de crédito, o que equivale a um contingente de famílias 4,9 vezes superior aos endividados com carnês (15,9%), segunda maior modalidade de endividamento em junho de 2019. O percentual de famílias inadimplentes recuou e atingiu 27,7% em junho, frente a 28,7% registrados em maio. O recuo sugere que as famílias podem ter se endividado para pagar contas em atraso.
A porcentagem de famílias que revelou não ter condições de pagar as contas em atraso subiu 0,4 ponto percentual em junho frente a maio, e atingiu 13,9%, quinto aumento consecutivo. Este é o caso da família do pedreiro Osvaldo Batista. “Não teve como pagar, não. Ou come ou paga conta. E deixar filhos com fome não vou, prefiro atrasar e negociar as dívidas depois. Fiquei sem emprego seis meses, as obras estão reduzindo. Agora, quero limpar meu nome e fazer compra mensal no supermercado constantemente”, opina o morador de Itatiaia.
A proporção de famílias que não terão condições de pagar suas contas, entre o grupo que ganha até dez salários mínimos (17,1%), registrou valor aproximadamente 3,6 vezes superior a proporção de famílias que não terão condições de pagar suas contas entre as ganham mais de dez salários (4,7%).
Na média, os endividados destinaram 28,7% da sua renda para o pagamento dos juros da dívida no mês de junho, mesmo valor verificado em maio e 0,4 ponto percentual inferior à proporção observada no mesmo mês do ano anterior. Por um lado, o número de famílias endividadas aumentou em junho na comparação dos últimos 12 meses. Entretanto, o tamanho da dívida contratada por cada família diminuiu também na comparação anual. “De fato gastávamos bem mais há alguns anos, mas com consciência ainda devemos, mas em menor escala. São bancos, cartão de crédito, algumas lojas em atraso. Priorizamos a escola das crianças e as despesas do lar, como energia, telefone, internet. Hoje, posso dizer que a despesa em minha casa baixou uns 30% perante uns cinco anos atrás”, argumenta o vendedor Natanael Paiva, morador da Bagagem.
As famílias com contas em atraso demoraram 65,3 dias além do prazo para quitá-las em junho de 2019, contra 65 dias em maio de 2019 e 61,5 dias em junho de 2018. Dessa forma, as famílias permaneceram endividadas, em junho, por aproximadamente 233 dias, mesmo valor observado no mês passado, mas 17 dias a mais que o mesmo mês do ano anterior.
SUL FLUMINENSE
O monitoramento de julho da pesquisa Visão da Economia, realizada pelo Instituto Fecomercio de Pesquisas e Análises Econômicas (IFec RJ), revelou que o percentual de empresários fluminenses do setor de comércio de bens, serviços e turismo que estão confiantes ou muito confiantes com a evolução da economia fluminense e brasileira para o próximo mês, cresceu relativamente no mês de junho de 2019. A sondagem ocorreu entre os dias 1º e 4 de julho e contou com a participação de 752 empresários de todo Estado do Rio de Janeiro.
Os dados mostram que no mês de julho, 50,5% dos empresários disseram estar confiantes ou muito confiantes com a economia brasileira para o próximo mês, contra 48,9% registrados no mês anterior. “Eu acredito na evolução do quadro atual, afinal, as reformas serão realizadas e pior do que esta acredito que não pode permanecer. Temos que evoluir e por isso, vendo alguns dados da economia, estou otimista”, afirma o empresário resendense Ricardo da Silva.
Embora sempre menor, em relação ao revelado para a economia brasileira, o percentual de entusiastas com a economia fluminense para o próximo mês cresceu para 43,2%, contra 41% verificado em junho. “A questão federal será mais rápida, o Rio de Janeiro está quebrado, na verdade. O nosso tempo de recuperação pode ser mais demorado. Espero melhorias para garantirmos novas contratações que não sejam temporárias, gerar renda e fazer o dinheiro circular”, opinou a empresária Isaura Cavalcanti, de Volta Redonda.
Segundo o IFec, o otimismo para o médio prazo, isto é, para os próximos três meses não repetiu a evolução verificada para o de curto, anotando variação negativa. Para o Brasil, 55,6% estão confiantes ou muito confiantes para os próximos três meses, queda de 2,9 pontos percentuais frente ao mês anterior. O movimento se repetiu nas expectativas para a economia do Rio, onde o percentual de confiantes ou muito confiantes com a economia caiu 2,2 pontos percentuais frente ao mês anterior e atingiu 49,3%.
Os empresários esperam crescimento de 4,2% do faturamento em um horizonte de três meses, contra 3,5% no mês passado. Também esperam uma redução de 6,2% do estoque abaixo do nível ótimo, contra uma redução de 8% verificada no mês anterior. Segundo os empresários, o número de funcionários ainda deve cair 3% em um horizonte de três meses, enquanto o preço médio dos fornecedores deverá subir 3,8%, menor valor desde o monitoramento de março.