Pesquisa aponta confiança dos empresários na economia e cita a aprovação da Reforma da Previdência

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ESTADO

O monitoramento de agosto da pesquisa Visão da Economia, realizada pelo Instituto Fecomércio de Análises e Pesquisas (IFec), revelou que o percentual de empresários fluminenses do setor de comércio de bens, serviços e turismo que estão confiantes ou muito confiantes com a evolução da economia fluminense e brasileira para o próximo mês cresceu.

No mês de agosto, 55,1% dos empresários disseram estar confiantes ou muito confiantes com a economia brasileira para o próximo mês, contra 50,5% registrados no mês anterior. É o maior crescimento mensal interanual desde o início da pesquisa. A confiança para os próximos três meses, tradicionalmente mais alta que a confiança para o mês seguinte, também cresceu na comparação mensal.

Em agosto, 59,3% dos empresários disseram estar confiantes ou muito confiantes com a economia brasileira para o mês de novembro, contra 55,6% no mês anterior. O aumento do otimismo foi mais modesto para a economia fluminense. Enquanto o otimismo manteve-se praticamente estável para o próximo mês e igual a 43,3%, o percentual de otimistas para os próximos três meses subiu e alcançou 52,8% frente a 49,3% registrados em julho.

Segundo a Fecomércio, contribuem para o aumento do otimismo para os próximos três meses três fatores: a aprovação da reforma da previdência em segundo turno na Câmara dos Deputados e a alta probabilidade de aprovação da reforma no Senado afastam temporariamente do debate econômico a preocupação com a evolução dos gastos primários do governo federal; a liberação dos saques do FGTS, que começará em setembro para os clientes da Caixa e em outubro para os não clientes; a redução de 0,5 ponto da Selic e a perspectiva de afrouxamento ainda maior da política monetária.

A aprovação de uma PEC paralela no Senado que inclua estados e municípios na Reforma da Previdência enviada pela Câmara dos Deputados adicionaria otimismo às expectativas dos empresários do setor para a economia fluminense. Segundo os indicadores fiscais e de endividamento de estados e municípios disponibilizado pelo Tesouro Nacional, o estado do Rio de Janeiro foi a unidade da federação que apresentou a maior relação entre a sua dívida consolidada e a receita corrente líquida no primeiro quadrimestre de 2019, em torno de 264%. O Rio Grande do Sul, unidade da federação que ocupa o segundo lugar, apresentou relação igual a 224%.

Ainda segundo o Visão, os empresários do setor esperam para agosto relativamente a julho variação média igual a 1,22% do preço ao consumidor; 1,59% do preço do fornecedor e 1,57% de aumento no volume de vendas. A sondagem ocorreu entre os dias 6 e 9 de agosto e contou com a participação de 686 empresários de todo estado do Rio de Janeiro.

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