Resende está entre as que menos despejam esgoto no Rio Paraíba do Sul

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Resende está entre os municípios que mais tratam o esgoto no Sul do estado do Rio e, portanto, menos polui o Rio Paraíba do Sul. A informação consta em um mapeamento realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) divulgado recentemente. O mapeamento aponta que Resende trata 59,4% do esgoto no município. Mas, segundo a empresa Água das Agulhas Negras, responsável pelo serviço de água e esgoto na cidade, os dados da ANA estão desatualizados. O correto seria 70% do esgoto tratado atualmente. A pesquisa aponta ainda Rio das Flores, com 62,3% e Volta Redonda com 42,6% como os municípios que menos poluem o Rio Paraíba do esgoto tratado.

A concessionária mantém em funcionamento nove Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs): Alegria, Isaac Politi, Contorno, Monet, Mauá, São Caetano, Capelinha, Fumaça e Aman. Ao todo, o tratamento beneficia mais de 98 mil habitantes. Em breve, será entregue a ETE Engenheiro Passos.

O Rio Paraíba do Sul é responsável pelo abastecimento de quase um milhão de pessoas no Sul Fluminense. O mapeamento realizado pela agência demonstra que o manancial sofre com o despejo de esgoto de casas e indústrias in natura em suas águas. O que afeta diretamente a qualidade da água. Como consequência desse despejo em áreas urbanas, a saúde da população é afetada e também a captação da água.

De acordo com que foi apurado, o município de Pinheiral é a cidade que mais polui no Sul do estado. São 93,3% do esgoto jogado direto no rio sem tratamento. Em seguida, Barra Mansa, com 90% e Paraíba do Sul, com pouco mais de 86%.

Segundo José de Arimathéa, presidente do comitê da bacia do Médio Paraíba, que representa todas as cidades da região, o desafio para reduzir o despejo de esgoto sem tratamento nas águas do Paraíba do Sul é grande. “O Paraíba do Sul recebe cerca de um bilhão de litros de esgoto por dia. E para enfrentarmos isso é preciso um investimento grande, que necessita ser feito através dos municípios. Estamos trazendo as universidades para ajudar a fazer estudos e a partir daí, a gente ter uma base de dados científicos e técnicos para tomada de decisão dos gestores e consequentemente, buscar os recursos que a gente tanto precisa”, declarou.

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