Produtor rural de Quatis terá incentivo para ações de sustentabilidade

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QUATIS

Os produtores rurais com atividade nas regiões de São Joaquim, Santana e Joaquim Leite vão receber R$ 381 mil para investimentos em ações voltadas à proteção e à preservação dos recursos hídricos em suas propriedades. Os recursos devem ser entregues até o fim deste mês, beneficiando 42 produtores. A verba faz parte do Programa Rio Rural, cuja coordenação é da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento com o apoio das prefeituras dos 72 municípios fluminenses contemplados. Os recursos destinados ao programa são provenientes do Banco Mundial.

O apoio financeiro aos produtores da cidade por meio do Programa Rio Rural foi tema de reunião entre o prefeito de Quatis, Bruno de Souza e o chefe do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater/RJ), Reinaldo Altivo Guedes, no Centro Administrativo 25 de Novembro, sede da Prefeitura de Quatis. Novo encontro entre eles está previsto para o dia 27, sexta-feira, às 18 horas, no clube de São Joaquim, quando os dados do Programa Rio Rural serão atualizados.

Segundo o prefeito Bruno, até novembro, quando termina o prazo de vigência do Programa Rio Rural, mais 38 produtores quatienses vão receber repasses de recursos correspondentes ao programa, o que elevará o montante de verbas do projeto a favor do segmento agropecuário da cidade para em torno de R$ 500 mil. “O Programa Rio Rural tem sido uma ferramenta importante visando à preservação das nascentes existentes nas propriedades e ajudando no desenvolvimento das atividades exploradas pelos próprios produtores”, afirma o prefeito.

Pelas normas do Programa Rio Rural, as cidades são divididas  em microbacias, formadas por propriedades rurais que contam em seus territórios  com córregos, nascentes ou qualquer outra fonte natural de recursos hídricos. A definição das três bacias de Quatis inseridas no programa (São Joaquim, Joaquim Leite e Santana) ocorreu através de debates conjuntos entre as autoridades públicas do setor, tanto do Governo do Estado, quanto do Município, e os próprios produtores rurais.

Os recursos do Rio Rural são abrangentes para ações de sustentabilidade em microbacias hidrográficas – Foto: Divulgação

Os produtores que se comprometem em desenvolver ações pela proteção dos recursos hídricos recebem os recursos mediante transferências para suas respectivas contas bancárias. Os valores das transferências, que devem ser aplicadas em alguma prática dentro da propriedade pela preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, variam entre R$ 6.500 e R$ 10 mil, não sendo necessária a devolução dos recursos, como ocorreria caso a modalidade do programa tivesse sido uma linha de financiamento, por exemplo. As práticas desenvolvidas pelos produtores que receberão os recursos até o próximo dia 31 de julho em Quatis são bastante variadas: proteção de nascentes com a instalação de cercas em volta dos mananciais; formação de pastagens; reforma de curral; aquisição de animais de tração; formação de capineira ou milho; compra de equipamentos visando à geração de energia; aquisição de equipamentos de irrigação; instalação de esterqueira e composteira; adubação verde; instalação de estufas para produção de mudas nativas; olerícolas e secagem de café; medidas na área de saneamento individual, entre elas a construção de fossas sépticas; e colocação de alambrado ou tela para proteção de tanque de piscicultura. Segundo a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária, Pesca e Abastecimento, até março deste ano, um total de 8.290 nascentes passaram a ser protegidas no interior fluminense em razão do Rio Rural.

Segundo o chefe do escritório da Emater de Quatis, Reinaldo Altivo Guedes, “as ações concretizadas mediante a adesão do produtor ao Programa Rio Rural diminuem os efeitos da seca nas pastagens e na plantação, trazendo benefícios para o incremento da produção local e, principalmente, tornando realidade resultados extremamente positivos no desenvolvimento sustentável e na conservação do meio ambiente”.

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