Pezão defende a criação de um fundo nacional para a segurança pública durante encontro de governadores no Acre

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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, defendeu nesta sexta-feira, dia 27, a criação de um fundo nacional para a segurança pública nos moldes já existentes nas áreas da Saúde e Educação. Pezão participou, no Acre, do encontro de governadores pela Segurança Pública e Controle das Fronteiras: “Narcotráfico, uma emergência nacional”. Durante o evento, o governador enfatizou que a questão do fundo precisa ser discutida urgentemente.
– Hoje não dá para sonharmos, principalmente no estado do Rio de Janeiro, em combater o crime organizado, que se divide em três facções mais as milícias, só com as nossas forças policiais. Temos que levar urgente para o Congresso Nacional uma proposta de criar um fundo de segurança, assim como temos o SUS, o Fundeb. Esse fundo tem que ser implementado o mais rápido possível – destacou.
Pezão também propôs penas mais duras para quem portar armas de fogo de grosso calibre.
– Ontem o presidente Michel Temer sancionou a lei que trata o porte de armas de guerra como crime hediondo. Tem que aumentar essas penas. Os traficantes cumprem uma pena de três anos e, com as reduções, eles não ficam nem um ano presos – afirmou.
O governador chamou atenção ainda para o número alto de prisões que acabam sobrecarregando o sistema penitenciário.
– Nós prendemos por mês quatro mil criminosos. Não há sistema penitenciário que aguente uma sobrecarga dessas. A polícia está trabalhando como nunca, são quase 50 mil prisões num ano. E não há recurso para isso, ainda mais com a crise financeira que estamos enfrentando – disse.
O governador aproveitou para agradecer a parceria com a União no combate ao crime organizado no Rio. Pezão ressaltou que a integração com as forças federais é indispensável.
– Eu quero agradecer o empenho dos ministros que estão aqui presentes e, permanentemente, estão no Rio de Janeiro acompanhando a atuação das Forças Armadas. Agradeço a cooperação que eles têm dado ao estado do Rio de Janeiro. Nós já tivemos quase 400 fuzis apreendidos neste ano. Não é fácil para a PM enfrentar bandidos armados com fuzil. Em qualquer país do mundo é um ato terrorista e as Forças Armadas logo são mobilizadas e vão para o combate. Por isso que nós sempre clamamos e pedimos por essa ajuda – ressaltou.
O secretário de Estado de Segurança, Roberto Sá, também participou do evento. Sá reforçou a importância de encontros para debater o tema segurança pública.
– Este encontro acaba tendo uma importância enorme. Quando se ataca um policial, ataca-se o Estado. Ou a gente dá definitivamente uma demonstração para o crime, de que o Estado quer ordem, que o Brasil quer crescer, progredir, mas com ordem e respeito e diminuindo a violência, ou a gente vai ficar enfrentando isso o tempo todo – explicou Sá.
Participaram do encontro 20 chefes dos executivos estaduais, os ministros da Justiça, Torquato Jardim, da Defesa, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, além de representantes de alguns países vizinhos.

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