Polícia Civil escuta 25 estudantes após derrubada de coqueiro da Praia do Dentista

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ANGRA DOS REIS
Hoje, dia 27, 25 estudantes foram encaminhados para a 166ª Delegacia de Polícia (DP) de Angra dos Reis para prestarem depoimentos em relação a derrubada de um coqueiro em um ponto turístico na cidade ocorrido recentemente. As informações foram confirmadas pela prefeitura, que está prestando suporte nas identificações nos envolvidos pelo ato de vandalismo. O fato ocorreu no sábado, dia 21, e tanto os comerciantes locais, quanto moradores ficaram indignados com a situação. Segundo o prefeito Fernando Jordão: “Todos eles são estudantes de uma Escola Ambiental, na cidade de Suzano, em São Paulo”.
Nesta semana, o Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações que ajudassem no trabalho da Polícia Civil para identificar os envolvidos. “Quem conhece as praias de Angra dos Reis certamente está familiarizado com o coqueiro da Praia do Dentista, famoso por sua silhueta peculiar, que possibilita aos visitantes tirar fotos deslumbrantes. Mas, aparentemente, nem todos sabem apreciar – e muito menos preservar – a natureza. A icônica árvore foi derrubada e quem fez isso deve ser punido, afinal, é um crime ambiental”, disse em nota o Disque Denúncia.
Após a informação, as investigações chegaram a um grupo de 25 estudantes que participava de uma excursão. Seis deles são suspeitos do ato de vandalismo, cujas imagens foram compartilhadas em redes sociais.
Nesta sexta-feira pela manhã, o grupo foi apresentado na delegacia, segundo a Secretaria de Segurança Publica, onde, ainda na parte da tarde, presta depoimentos. A Polícia Civil não se manifestou sobre o assunto, explicando somente que o caso segue em investigação para as medidas necessárias.
Também ao longo desta sexta-feira, cerca de 15 pessoas, entre elas funcionários da prefeitura, estão na Praia do Dentista, onde tentam, desde há última semana, recuperar a árvore.
INDIGNAÇÃO
Após o fato, vários comerciantes e moradores usaram as redes sociais e manifestaram indignação ao caso, por dois motivos: um por se tratar de um patrimônio cultural e outro por prejudicar o turismo local, visto que o coqueiro atraia, por sua beleza, muitas pessoas para a Praia do Dentista.
“Não tem como não se revoltar, prejudica o movimento local e é um grande dano a natureza. É crime e quem comete esse tipo de ato de vandalismo deve ser punido. Não só aqui, em qualquer lugar do mundo, todos devem ter educação e respeito com a natureza, com o próximo e pensar nas outras pessoas e nas consequências”, disse um morador local ao A VOZ DA CIDADE, que preferiu não se identificar.
O secretário de Segurança Pública, Douglas Barbosa, também citou o caso. “A preservação do nosso patrimônio natural propicia a garantia do turismo como fonte de renda e qualidade de vida para as próximas gerações”, disse.

Douglas também participou da apresentação dos estudantes na delegacia, e os acompanhou, hoje, no Cais de Santa Luzia até a 166ª DP, após chegarem em uma embarcação interceptada por uma lancha da Secretaria de Segurança Pública.

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