Falta de movimentação em obra do Palácio Barão de Guapy intriga moradores de Barra Mansa

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BARRA MANSA

Uma obra que teve início em novembro do ano passado tem intrigado moradores. É que quem passa pela Rua Duque de Caxias, no Centro, se questiona: o que foi feito até então no espaço entre o Palácio Barão de Guapy e o Parque Centenário? É que mesmo parcialmente coberta por tapumes, e fechada ao trânsito de pedestres e veículos, é possível ver que pouca coisa foi feita nos quase seis meses de trabalho. A falta de movimentação no espaço tem chamado a atenção de quem mora ou passa pelo local. “Não tem movimento algum. Eles só trabalharam um mês e pronto. Quebraram tudo e não voltaram mais. Dizem que acabou a verba. O ruim é que fecharam essa rua aqui e acabou com meu movimento. Pago R$ 75 por mês para a prefeitura poder vender aqui e quem foi ali para a Beira-Rio também tem sofrido com a falta de movimento”, lamentou o vendedor ambulante Natalino Pereira.

A enfermeira Letícia Andrade passa diariamente pelo local e também estranha a pouca movimentação. “A gente olha e não vê ninguém trabalhando. De vez em quando umas pessoas aparecem, mas é estranho, porque desde o fim do ano passado está fechado mas não mudou nada”, comentou.

EMPREITEIRA RETOMA OBRAS

Orçada em de R$ 1.082.301,46, a obra consiste na implantação do “Corredor Cultural” e é realizada com recursos provenientes de emenda parlamentar ao Orçamento Geral da União, através de parceria entre a prefeitura e o Ministério das Cidades. O prazo para término da obra previsto em contrato é 19 de novembro, no entanto, segundo o diretor executivo da Superintendência de Obras e Serviços Públicos (Susesp), César Carvalho, a previsão é que o espaço seja inaugurado antes, no dia 3 de outubro, aniversário de Barra Mansa. Ele revelou que as obras ficaram paradas por um tempo devido a adequações necessárias ao projeto, mas que no fim de abril a empreiteira responsável pela obra retomou os serviços e os canteiros já estão sendo construídos. “A obra ficou parada porque tivemos alguns imprevistos com o projeto. Por exemplo, quando os funcionários começaram a retirar o asfalto descobrimos que as raízes das árvores daquele local eram maiores do que imaginávamos. Então tivemos que fazer algumas adequações e elas geraram alguns aditivos, que solicitamos junto à Caixa Econômica Federal e somente depois de um tempo a verba foi liberada”, afirmou César, rechaçando que esses aditivos citados por ele tenham modificado o valor final da obra, que é de pouco mais de R$ 1 milhão.

“Não, esses aditivos não interferiram porque no final a gente também teve algumas reduções. Acabaram ficando elas por elas”.

César destacou ainda que o objetivo do projeto é resgatar a originalidade do Palácio Barão de Guapy, mas trazendo elementos de modernidade. O prédio teve sua construção iniciada no ano de 1857, na administração do Comandante Lucas Antônio Monteiro de Barros, e concluída em 1865, na gestão do Comendador Joaquim José Ferraz de Oliveira, o Barão de Guapy. Em 1979, tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).

“Depois da construção dos canteiros, vai haver a colocação de pisos e toda a calçada do Jardim da Preguiça será trocada e aquele ponto da cidade será efetivamente um corredor cultural, como havia sendo tratado antes das obras, mas agora de forma oficial. Vamos contar com algumas referências do projeto original, mas também terão alguns itens mais modernos, como a colocação de bancos de granito, um piso diferenciado. Algumas peças de janelas serão trocadas e será feita a pintura e restauração do palácio”, finalizou o diretor da Susesp.

 

 

 

 

 

 

 

 

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