Dono do Botafogo é denunciado pelo STJD por não apresentar provas de manipulação de resultados

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RIO DE JANEIRO

O presidente do Botafogo, John Textor, está enfrentando acusações no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por falhar em apresentar evidências a respeito de supostas manipulações de resultados no futebol brasileiro. O julgamento do empresário está agendado para a próxima segunda-feira, dia 15, diante da primeira comissão disciplinar do tribunal. Caso seja considerado culpado, o mandatário botafoguense enfrentará possíveis sanções, incluindo suspensão e multa.

A Procuradoria do STJD formalizou a denúncia contra Textor, citando violações nos artigos 220-A, inciso I, e 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O primeiro artigo se refere à falta de colaboração com as autoridades desportivas na investigação de irregularidades, enquanto o segundo trata do descumprimento de decisões ou determinações da Justiça Desportiva.

O presidente do STJD, José Perdiz de Jesus, solicitou que Textor fornecesse as evidências que alegava possuir dentro de três dias, porém, o empresário não apresentou tais provas. Após uma nova determinação do relator do caso, Mauro Marcelo de Lima e Silva, para a entrega das evidências, novamente Textor não cumpriu o prazo. O assunto foi levado ao Pleno do tribunal, que, por unanimidade, reconheceu a competência da Justiça Desportiva para investigar o caso. Contudo, por maioria de votos, o Pleno não referendou a suspensão automática de Textor, que agora será julgado.

O caso começou quando Textor afirmou publicamente possuir gravações de árbitros reclamando sobre não terem recebido propinas prometidas, alegando que houve manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro nos últimos três anos (2021, 2022 e 2023). Em resposta, a Procuradoria solicitou a abertura de um inquérito para investigar as alegações feitas pelo presidente do Botafogo.

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