Delegado diz que exame de DNA do corpo encontrado em mala deve ficar pronto esta semana

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BARRA DO PIRAÍ

Em entrevista exclusiva ao jornal A VOZ DA CIDADE na manhã de hoje, o delegado titular da 88ª Delegacia de Polícia (DP) de Barra do Piraí, Wellington Pereira Vieira, confirmou que o exame do corpo encontrado na mala no início do ano na cidade, deve ficar pronto esta semana. Os suspeitos do crime permanecem presos.

Cristiana de Oliveira Laport, de 28 anos, foi presa no final da tarde de terça-feira, dia 22 de janeiro, após o encontro de uma ossada de uma criança dentro de uma mala, na tarde de segunda-feira, dia 21 de janeiro, em Ipiabas. Segundo o delegado, Cristiana confessou que ocultou o corpo da filha, Júlia Laport, de 11 anos, e que era mesmo o cadáver da criança que se encontrava na bolsa. Ela foi presa com o namorado, Carlos Ramon Manuel, de 20, ambos suspeitos do crime. “Ela assumiu a ocultação do corpo da filha”, disse a autoridade policial, que na ocasião pediu o exame de DNA para saber se, mesmo após confissão, se o corpo é mesmo de Júlia. O fato está sendo analisado pela Polícia Científica.

O delegado explicou que quando foi questionada sobre os motivos da morte, a mãe disse que a filha morreu de causa natural. “Ela alega que a criança morreu e ficou com medo do ex-marido e pai da criança e acabou ocultando o cadáver”, disse Wellington Pereira.

Questionado sobre a participação do padrasto, o delegado contou que ele é suspeito de ter participado na ocultação do cadáver e, também, do suposto homicídio.

A mãe teria informado que a criança amanheceu morta em julho do ano passado e que ela e o namorado teriam abandonado o corpo em uma mala em um terreno.

O delegado não acredita na versão contada por ela e colherá novamente o depoimento da mulher, assim como o do padrasto.

Os dois fugiram para São Gonçalo, no Rio de Janeiro, por medo de linchamento, mas acabaram se entregando. Foi decretada a prisão temporária de 30 dias dos dois e o delegado acabou pedindo a prorrogação.

Segundo familiares da criança, ela tinha Síndrome de West, considerada uma doença rara, caracterizada por crises epiléticas, com fala e movimentos comprometidos.

O CASO

Agentes da Delegacia de Polícia de Barra do Piraí tomaram conhecimento do desaparecimento da criança no sábado, dia 18 de janeiro, quando o pai e tia da menina estiveram na delegacia para registro.

A tia, de parte materna, teria ido passar o Natal em Barra do Piraí e desconfiou das desculpas, que, segundo ela, a mãe deu para que a mesma não visse a criança. “Após a desconfiança, eles ligaram as datas e perceberam que já tinha meses que a mulher supostamente inventava desculpas sobre a criança para que a mesma não fosse encontrada”, disse um Policial Civil. “Isso gerou desconforto e eles começaram a suspeitar que alguma coisa estava errada e acionaram os agentes da 88ª DP, que saíram em diligências e encontraram a ossada dentro de uma mala próximo ao endereço do padrasto”, explicou um inspetor. Na imagem da própria polícia, é possível ver que a mala estava suja de terra, o que aparenta ter sido desenterrada há pouco tempo, já que, se estivesse a mais dias no local, teria chamado atenção pelo forte cheiro.

A Polícia Civil informou ainda que o pai não via a filha desde julho, já que a mãe havia entrado com uma medida protetiva contra ele.

Na ocasião, o pai também conversou com o A VOZ DA CIDADE sobre o crime e disse que  o que ele mais queria era ter cuidado dos filhos desde o início da separação.

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