Caminhoneiros interrompem paralisação temporariamente

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BARRA MANSA

Caminhoneiros anunciam fim da paralisação. No início desta tarde os caminhoneiros chegaram a parar a Dutra na frente da Flumidiesel, mas finalizaram o ato.  O A VOZ DA CIDADE se encontra na Rodovia Presidente Dutra e ao longo do dia irá atualizando sobre a situação das estradas.

Os caminhoneiros autônomos do Sul Fluminense se realocaram, por volta das 10 horas, após negociações com a Polícia Rodoviária Federal, para o Km 273, no Cotiara, em frente a Transfuturo, para decidir o que seria feito, mantendo a paralisação. “Faremos vários piquetes por toda a rodovia”, informou um dos responsáveis pela ação.

Vinicius de Paiva, da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense, disse ao A VOZ DA CIDADE que: “Faremos vários pontos de paradas até o final do dia. E se a nossa solicitação não for atendida, vamos continuar na estrada”, afirmou. “Vamos travando, travando, até parar tudo. Hoje estamos com cerca de 150 caminhoneiros. Não queremos provocar acidentes. É um ato pacifico”, garantiu, pedindo que as pessoas que não são caminhoneiros, não façam badernas no local, pois os manifestantes estão sendo orientados a manter o ato na paz.

O FATO

A categoria está reunida desde às 4 horas, desta quarta-feira, para novamente reivindicar que o piso mínimo de frete seja cumprido. Em Barra Mansa os caminhões chegaram a ficar estacionados no acostamento nos sentidos Rio/São Paulo na Flumidiesel e na Bocaininha o que fez com que alguns veículos fossem impedidos de transitar livremente. Com isso a Polícia Rodoviária Federal (PRF) solicitou aos manifestantes que realizassem um retorno para que a via fosse desobstruída.  Às vias foram liberadas por volta das 8h30min.

Muitos questionam se a paralisação foi encerrada por causa da retirada dos caminhões da via, no entanto, o A VOZ DA CIDADE fez contato com um representante da categoria que informou que o grupo se reuniu em outro local. Os caminhoneiros protestam também contra o adiantamento da votação do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga a constitucionalidade da Lei 13.703/18, que trata da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

Segundo informações obtidas pelo o A VOZ DA CIDADE com a PRF, que acompanha o caso desde a noite de ontem, dia 3, o trânsito começou a ficar obstruído com a chegada dos caminhões e foi desobstruído apenas às 8 horas. “A manifestação está sendo pacifica, não há nenhuma confusão. Mas precisamos que o trânsito flua para garantir o direito de ir e vir do restante da população”, informou o agente que conversava com os caminhoneiros para que os caminhões fossem realocados.

Outra informação passada pela PRF é que há relatos de apedrejamentos em para-brisas. “Mas não há como comprovar se são manifestantes exaltados ou alguém que está se aproveitando da situação. Houve também a tentativa de colocarem fogo em pneus durante a madrugada, mas a situação também foi controlada” resumiu.

De acordo com o caminhoneiro Leonardo Correa, de 38 anos, após a negociação com a PRF, foi solicitado que os caminhoneiros fizesse o retorno para destravar o transito. “Alguns motoristas travaram a faixa de rolamento. Estamos pegando sentindo Rio/São Paulo, mas sem o intuito de obstruir a rodovia”, relatou, afirmando que a intenção é permanecer com a paralisação até que saia a resposta para o CIOT e a fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT.

Na ocasião o jornal também conversou com alguns caminhoneiros que afirmaram não estarem ciente da paralisação e que foram pegos de surpresa com os caminhões parados na via. Segundo Leonardo, há duas semanas está sendo divulgada a paralisação. “A situação é nível Brasil, não é Barra Mansa e nem Sul Fluminense. Sabemos que tem pessoas que são funcionários e são obrigados a vir, e a gente entende”, comentou, afirmando que essa é a última chance que a categoria tem para sobreviver. “Se perdermos esse piso mínimo, já podemos aposentar os caminhões. Os veículos já estão andando sucateados porque não é cumprida a lei e não é pago o frete digno. E vários acidentes acontecem por conta disso”, concluiu.

11 Comentários

  1. Em verdade o STF adiou a votação em plenário o que prova que iriam votar contra os caminhoneiros e só não o fizeram por conta da greve marcada. Agora adiaram a votação favorecendo as empresas a insegurança jurídica. Os caminhoneiros devem marcar uma greve nacional pra próxima data de votação no STF e em casa de adiamento entrar em greve imediatamente.

  2. Parabéns caminhoneiros espero que vocês sai vitoriosos porque esse governo sem vergonha não cumpre os acordos e um governo sem palavras olhando assim quem em Brasília leva os eleitores a sério força a todos

    • Quando será que vem essa vitória e Será que vem, será que os governantes não ver que em torno da profissão do caminhoneiro autônomo tem uma infinidade de profissão e comércio e famílias que sobrevivem direto e indiretamente do trabalho do autônomo, acabar com esse seguimento que é o que parece ser a intenção dos governantes, causaria um prejuízo tamanho danoso irreparável ao país e a toda sociedade

  3. Quando será que vem essa vitória e Será que vem, será que os governantes não ver que em torno da profissão do caminhoneiro autônomo tem uma infinidade de profissão e comércio e famílias que sobrevivem direto e indiretamente do trabalho do autônomo, acabar com esse seguimento que é o que parece ser a intenção dos governantes, causaria um prejuízo tamanho danoso irreparável ao país e a toda sociedade

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