Câmara Municipal tem três novos vereadores em Itatiaia após Justiça determinar afastamento de titulares

0

ITATIAIA

Três novos vereadores tomaram posse na noite desta terça-feira, dia 28. O presidente da Câmara de Itatiaia, o vereador Marcos Vinícius Campos Leal, o Vini Celular (União Brasil), convocou os suplentes no final da sessão extraordinária de segunda-feira, dia 28. Eles assumiram as cadeiras dos vereadores Vander Leite Gomes (PP), Eduardo de Almeida Pereira, o Dudu Pereira (PRTB) e Alexandre dos Santos Campos, o Tim Campos (Solidariedade), afastados no dia 17, por ordem judicial em processo impetrado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, sob a suspeita de contratação de “funcionários fantasmas”.

Toroca assumiu a cadeira do vereador Tim Campos – Reprodução

Os novos suplentes são: Leonardo Seixas de Carvalho (PP) que assume a cadeira do vereador Vander; José Adelson Rodrigues de Oliveira, o Toroca (Solidariedade) que entra no lugar do vereador Tim Campos e Carlos César de Paula, o Sargento De Paula (PRTB), que assume a vaga do vereador Dudu Pereira.

“Que entreguemos muito trabalho, o quanto necessita nossa população. O que precisar de mim, desta Casa e de todos os pares tenho certeza que estaremos todos a disposição”, destacou o presidente da Mesa Diretora aos novos vereadores.

O vereador Toroca falou sobre a posse na Câmara. “Não sei quantos dias vou estar sentado nesta cadeira, se vai ser um dia, dois dias, um mês ou se vai vencer o mandato, mas vou deixar bem claro que honrarei com caráter e muito honestidade esta cadeira que estou sentado, defendendo e trabalhando pela população de Itatiaia. Não serei oposição a esta Casa, ao Legislativo e ao Executivo. Vou trabalhar respeitando aqueles votos que eu tive”, destacou o parlamentar empossado.

Leonardo, que assumiu o lugar deixado pelo vereador Vander Gomes, presta juramento – Reprodução

Já Leonardo Seixas lembrou que está assumindo pela sexta vez o cargo de vereador. “A primeira posse foi há 32 anos. São muito anos na política contribuindo por Itatiaia. Missão difícil porque nem sempre a gente agrada a todos e consegue realizar o que desejamos, mas tenho certeza que todas as vezes que tive nesta casa sai com o dever cumprido. Se tiver que ficar mais um dia ou mais um ano, Deus é quem sabe. Estarei aqui sempre pautado na ética, defendendo a nossa cidade e votando sempre consciente e o que for melhor para nossa população”, falou emocionado.

Sargento De Paula ocupou a vaga deixada pelo vereador Dudu Pereira – Reprodução

O vereador Sargento de Paula também agradeceu por mais uma oportunidade de estar contribuindo com o município. “Estou reassumindo o mandato de vereador, estive por um período aqui de seis meses, onde eu e meus colegas contribuímos de uma forma positiva para a população de Itatiaia com alguns projetos como a recuperação fiscal e a organização do município. Estarei aqui, não sei por quanto tempo, mas de maneira positiva contribuindo de forma para Itatiaia honrando toda a votação e a todos que acreditaram com a minha pessoa a frente desta Casa”, disse parlamentar.

ENTENDA O CASO

No último dia 17, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), realizou o afastamento de três vereadores. As medidas foram realizadas pelo oferecimento de sete denúncias em face de 28 pessoas no total, dentre elas, seis vereadores e ex-vereadores e 22 servidores comissionados da Câmara Municipal de Itatiaia. Eles responderão pelos crimes de peculato, falsidade ideológica e associação criminosa.

Nas denúncias, o GAECO/MPRJ aponta um esquema liderado pelos vereadores com o objetivo de nomear funcionários fantasmas lotados na Casa Legislativa de Itatiaia e desviar a verba destinada ao pagamento dos vencimentos.

O Juízo da Vara Única de Itatiaia ainda determinou, a pedido do GAECO/MPRJ, o arresto de bens dos denunciados, em valores que alcançam R$ 336 mil, com a finalidade de ressarcir o erário municipal. Durante as investigações realizadas pelo GAECO/MPRJ confirmaram não só o vínculo empregatício paralelo que os 22 servidores fantasmas mantinham, mas também o cumprimento de cargas horárias incompatíveis com o exercício de qualquer outra atividade de trabalho, o que gerou prejuízo aos cofres públicos.

Deixe um Comentário