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Ajuda de anônimos e entidades sociais em Volta Redonda causa comoção  aos necessitados

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA

A exemplo do que acontece e todo o País, em Volta Redonda é cada vez mais o número de voluntários que prestam serviço de ajuda aos mais necessitados. Os principais atendidos são os moradores em situação de rua. Com a chegada do inverno, as noites frias causam transtornos a essas pessoas e em muitas das vezes se emocionam quando recebem ajuda. É o caso de um morador em situação de rua flagrado por alguns voluntários em uma dessas noites frias.

Ao receber a doação de um cobertor e uma manta em uma dessas noites geladas, o homem, que se identificou apenas como Anderson, se declarou grato e emocionado com o ato de solidariedade. “Nossa! Você nem imagina a minha alegria de receber esse cobertor e manta. Está muito frio. O senhor Noé deixou eu dormir no depósito de reciclados dele, mas mesmo assim sinto muito frio. Enrolava no que tinha nos cantos. Estava até com medo de pegar uma pneumonia e não poder trabalhar”, declarou emocionado o homem ao receber a manta e o cobertor de uma dos ‘anjos da noite’, nome que alguns dão aos voluntários da noite.  O morador em situação de rua destacou ainda que fica feliz com ação das pessoas que fazem isto.

MORADOR EM SITUAÇÃO DE RUA

Anderson, morador em situação de rua em Volta Redonda, foi flagrado no momento em que vendia seu reciclado coletado durante o dia na semana marcada pelo inverno frio e cortante. Aos que passaram pela localidade e prestaram ajuda. “O fato mostrou-me a solidariedade e humanidade das pessoas, muitas das vezes invisíveis. São sinais de Deus no meio do povo. Dá esperança, fortalece a caminhada”, disse um dos “anjos da noite” que preferiu não se identificar. Contou que se sente feliz com sua ação e mais satisfeito ainda quando depara com outras pessoas prestando esse tipo de serviço voluntário.


O rapaz destacou ainda que a fraternidade solidária de pessoas comuns, de grupo ligados às entidades sociais, comumente nas noites realizam a fraternidade indo aos locais onde os moradores em situação de rua buscam ‘abrigo’. Nessas localidades amigos distribuem sopas, lanches e agasalhos e  Anderson foi um desses que precisava e precisa de ajuda para sobreviver ao frio nas ruas da cidade.

APRENDENDO COM A PRÁTICA DA SOLIDARIEDADE

Além disso, os voluntários garantem que, ao praticarem a solidariedade acabam aprendendo mais com os necessitados. Declarou o voluntário que testemunhei o Anderson, que ao receber dois cobertores doou um para o colega ao lado. “Aqui um é pelo outro, um ajuda o outro. Se um não tem, a gente ajuda”, disse Anderson, jovem ainda, com menos de 30 anos de idade, que mesmo na noite fria ajudava o comprador de reciclados com as anotações.

Na mesma noite fria, outra pessoa estava deitada na calçada quando teve o corpo coberto por um cidadão, que realizou a ação e em seguida deixou a localidade sem dizer uma palavra. “Nós, ‘trabalhadoras da noite’ observamos o gesto também em silêncio”, destacou mais uma voluntária.

 

 

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