VOLTA REDONDA
O prefeito Antonio Francisco Neto emitiu nesta segunda-feira, 27, novo decreto determinando o uso obrigatório de máscaras faciais em locais fechados, como nos transportes coletivos e de aplicativo, igrejas, escolas, shoppings, dentre outros. A medida tem validade até 15 de julho, em virtude da pandemia de Covid-19.
No argumento o prefeito destaca que é dever o constante monitoramento da doença para avaliar a necessidade de outras medidas de controle e prevenção no enfrentamento da pandemia. Aponta ainda que nos boletins da Vigilância Epidemiológica de Volta Redonda demonstram aumento da média móvel de casos de infecção de Covid-19, bem como no estado. Cita ainda sobre a sazonalidade das doenças de transmissão respiratória, como a Influenza.
O decreto aponta que o uso de mascadas em locais fechados, cobrindo boca e nariz, sendo permitida a retirada em locais de alimentação, durante as refeições. O artigo terceiro determina que a fiscalização será da Guarda Municipal, com auxílio da Polícia Militar e demais órgãos de fiscalização do município.
Segundo o coordenador do departamento de Vigilância em Saúde de Volta Redonda, médico sanitarista, Carlos Vasconcellos, desde o início do mês de junho estão percebendo aumento de casos e o retorno de internações e óbitos. “Esse aumento foi mantido ao longo do mês, com uma média de 1,3 mil casos semanais. A cada onda e essa é uma nova onda, vemos número de menor de óbitos e menor proporção de internações. A letalidade em 2021 era de 3%, em janeiro deste ano caiu para 0,04%, dez vezes, ou seja, a chance da doença evoluir neste ano caiu. Estamos mantendo a mesma letalidade do padrão de janeiro, mas com mais de 1,2 mil casos por semana confirmados. Sobre óbitos são um ou dois por dia, principalmente de pessoas com idade avançada ou com o esquema vacinal incompleto ou presença de comorbidades”, esclareceu.
Carlos citou que tem pessoas morrendo com nenhuma dose de vacina aplicada. “Essas pessoas que não tomaram a vacina tem o mesmo risco de morrer que o nosso no início da pandemia, quando não tínhamos sido vacinados”, completou.
O médico sanitarista disse que no Estado do Rio o que se observa são subvariantes da ômicron. Evoluem para casos leves em pessoas vacinadas, mas quem já pegou pode contrair a doença novamente, pois a ômicron não gerou imunidade. Além disso, no período do inverno, é mais do que natural a transmissão acelerada de doenças respiratórias. “Com o frio as janelas ficam fechadas, os programas de lazer também são em locais fechados. Todas as doenças respiratórias aumentam no inverno”, apontou.
AMPLIANDO VACINAÇÃO
Carlos Vasconcelos faz um apelo para quem ainda não completou o esquema vacinal ou não tomou nenhuma dose da vacina. Segundo ele, na cidade há estoque para vacinação, por isso a Secretaria de Saúde decidiu estender o público-alvo para receber a 4º dose, o segundo reforço, em Volta Redonda. Na cidade já acontece a vacinação de pessoas a partir de 40 anos, mas os maiores de 18 anos – que já tenham tomado a terceira dose há mais de quatro meses e se sintam expostos a situações de risco como viagens, atividades de trabalho, estudo ou quaisquer outras situações, também poderão receber a vacina na rede municipal de saúde. Isso já está valendo.
A cidade tem cerca de 17 mil doses de vacina contra Covid-19 em estoque.
Para isso, quem precisa tomar alguma das doses, incluindo crianças a partir de 5 anos de idade, devem procurar uma das 46 unidades básicas de saúde (UBSs e UBSFs), das 9 às 16 horas. Algumas unidades funcionam com horário estendido para atendimento até as 18h30: 249, Siderlândia, Jardim Paraíba, São Geraldo, Vila Rica/Tiradentes, Açude I, Vila Mury, Santa Cruz, Santo Agostinho e Volta Grande.
DUAS MILHÕES DE PESSOAS SEM VACINAÇÃO NO ESTADO
Segundo dados do Governo do Estado do Rio de Janeiro pouco mais de 1,5 milhão de pessoas com idade acima de 5 anos residentes no estado ainda não retornaram aos postos de saúde para receber a segunda dose das vacinas contra Covid-19 e completar o esquema vacinal primário. O levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta ainda que outras 2 milhões de pessoas não tomaram nenhuma dose do imunizante.