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Uso de repelentes se torna hábito entre a população como prevenção à dengue

Por Roze Martins
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BARRA MANSA

Diante de um rápido aumento de casos de dengue em todo país, uma das formas de prevenção contra as infecções do mosquito Aedes aegypti- que também é responsável pela transmissão dos vírus da Zika e Chikungunya- é o uso de repelentes. Em Barra Mansa, nas principais redes de farmácia o produto teve um salto de mais de 90% na procura, neste mês de fevereiro, se comparado com o mês de dezembro.

Segundo o farmacêutico Adalton Dario de Lima, cerca de 100 repelentes, de diferentes fabricantes, têm sido vendidos por dia, somente na loja em que ele trabalha.

“À medida que tem sido divulgado o aumento dos casos de dengue, na cidade e na região, as pessoas estão buscando cada vez mais os repelentes para se protegerem. O que percebemos é que a população está mesmo com medo de pegar a doença, sem falar que os que já tiveram e têm medo de ficar doente novamente. Muitas mães vêm procurar também os infantis, preocupadas em evitar que as crianças sejam picadas pelo mosquito”,  observa Lima.


Conforme ele explica, embora existam vários marcas e fabricantes do produto, muitas pessoas estão à procura dos que possuem o componente químico Icaridina, que é o comprovado cientificamente como eficaz na proteção contra o Aedes. Com relação às crianças, ele ressalta que é importante, antes dos pais fazerem a compra, observarem o rótulo e se é realmente indicado para a faixa etária do filho. “Recentemente foi comprovado que o repelente que possui a Icaridina tem mais eficácia contra à dengue, mas, os outros também funcionam. Para as crianças existem os que são recomendados para zero a dois anos e de dois a 12 anos. Essa orientação deve ser respeitada porque a pele de um bebê é  sensível e absorve o produto de forma muito mais rápida. Para uma boa proteção, o ideal é que as pessoas deem preferência aos que têm longa duração e que não esqueçam de usar todos os dias, antes mesmo de passar qualquer outro creme ou produto sobre a pele”, orientou o farmacêutico, ao informar que os preços dos repelentes podem variar de R$ 14 a R$ 70.

A dona de casa Thaiane da Silva Cunha, está tentando proteger o filho de apenas dois anos, da dengue, e estava na farmácia a procura do melhor produto para ser usado no dia a dia da criança que, segundo ela, já tem alergia a picadas de mosquitos. “Vim procurar um repelente pra ele porque está na casa da minha mãe e lá está com muitos mosquitos. A gente fica com medo porque os casos de dengue não param de aumentar e não dá pra saber onde tem focos da dengue ou não”, ressaltou.

A técnica de enfermagem, Valéria Nascimento, de 43 anos, é outra que também está preocupada com a avó, de 80 anos, e com os filhos, de 12 e 14. Ela também estava comprando repelentes na tarde desta quarta-feira, dia 289, e disse que o produto passou a fazer parte do seu dia a dia. “Mesmo que seja uma despesa, que às vezes foge do orçamento das famílias, é importante as pessoas usarem. Eu trabalho em hospital, tenho visto como a dengue tem deixando muita gente debilitada, a doença não é brincadeira e, por isso, quero preservar ao máximo a minha avó, que é bem idosa, e meus filho. Para ela eu compro em spray, porque tem a pele muito fina, e para meu uso e das crianças compro em creme”, ressaltou.

 

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