VOLTA REDONDA
Volta Redonda retomou os atendimentos do projeto Revi-VER, iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que já realizou mais de 5 mil cirurgias de catarata na cidade. Nesse final de semana foram realizados mais de 300 exames pré-operatórios, na Ilha São João. Os pacientes atendidos já saíram com as cirurgias agendadas, que serão realizadas entre os dias 19 e 22 deste mês. O serviço é gratuito para moradores de Volta Redonda.
As cirurgias acontecerão em um centro cirúrgico oftalmológico móvel instalado na Ilha São João. Os pacientes atendidos nesse sábado e domingo estavam na fila de espera pelo procedimento. Eles foram submetidos a exames pré-operatórios, como o de biometria óptica – utilizado para o cálculo preciso das lentes intraoculares a serem implantadas na cirurgia. Todos os procedimentos, como exames pré-operatórios e acompanhamento pós-cirurgia, ocorrem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
ATENDIMENTO RECEBIDO
O pai da auxiliar administrativa Mônica Aparecida Ferreira foi atendido nesse sábado. Ela parabenizou a iniciativa e principalmente o atendimento recebido pela equipe do projeto Revi-VER. “Foi ótimo. Meu pai tem 75 anos e foi muito bem atendido. Atendimento rápido e explicaram tudo direitinho. Ele já vai fazer a cirurgia no próximo dia 19, em um dos olhos, e depois fará no outro. Só tenho a agradecer o prefeito Neto e a todos os envolvidos neste projeto”, elogiou Mônica.
A autônoma Graziele Selvati acompanhou o pai e também elogiou a receptividade e o bom atendimento da equipe do Revi-VER. “Meu pai já havia operado catarata no mandato anterior do prefeito Neto. Depois entrou outra gestão, não fez nada e ele ficou na fila. Agora foi chamado e depois dos exames realizados no sábado, vai fazer a cirurgia no próximo dia 19. Ele quer muito fazer a operação logo, para continuar a fazer coisas do dia a dia, como dirigir, por exemplo. E lá todos foram muito atenciosos. Só tenho a agradecer”, comentou Graziele.
QUALQUER MORADOR PODE SE INSCREVER
Podem se inscrever no programa qualquer morador da cidade que já tenha sido diagnosticado com catarata. A pessoa ou familiar deve procurar o Departamento de Informação, Programação e Avaliação (DIPA), que fica na sede da Secretaria de Saúde, no antigo hospital Santa Margarida, no bairro Niterói. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas. É necessário levar o Cartão SUS ou CPF e documento com foto do paciente.
As pessoas que já fizeram cadastro para cirurgia de catarata não precisam ir ao DIPA para renovar a solicitação. Todos que estão na fila de espera serão convocados para fazer o procedimento, através de comunicação oficial da Secretaria de Saúde. Eles devem acontecer ao longo dos próximos meses. A Prefeitura de Vota Redonda também alerta que não há orientação para que as pessoas procurem atendimento diretamente na Ilha São João.
Mutirão de cirurgias ginecológicas e de vesícula beneficia 47 pessoas em Volta Redonda
VOLTA REDONDA
O mutirão de cirurgias ginecológicas e de vesícula da Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com a rede privada, beneficiou 47 pessoas em três meses. Implantado em fevereiro deste ano para zerar a fila por estas cirurgias eletivas no município, o programa realizou 34 procedimentos ginecológicos e 13 de vesícula até o final do mês de abril. Para este mês de maio estão programadas mais 15 cirurgias, 13 ginecológicas e duas de vesícula.
A Secretaria Municipal de Saúde iniciou a oferta por estas duas modalidades devido ao número significativo de mulheres com alterações ginecológicas e pessoas com cálculo de vesícula. E a convocação, por contato telefônico, prioriza os pacientes que já estão na fila de espera. Antes do procedimento cirúrgico, eles passam por consulta pré-operatória, recebem encaminhamento com a data da cirurgia e têm o acompanhamento pós-operatório. No total, 188 pessoas foram encaminhadas para avaliação.
Leila Cristina Barcelos Fonseca, moradora do Retiro, fez a cirurgia em fevereiro. “Passei por uma internação no Hospital São João Batista, em outubro do ano passado, que identificou a necessidade de cirurgia ginecológica e cálculo na vesícula. Graças ao mutirão, já fiz a primeira e, após três meses em recuperação, estarei apta para a segunda”, agradeceu.
Rogéria Ferreira Marques Alves, que mora no Vale Verde, fez a cirurgia ginecológica no final do mês de março. Ela destacou a qualidade do atendimento. “Fui muito bem atendida no hospital, desde a recepção, passando pela enfermagem, até chegar à equipe médica. Agradeço à prefeitura pela iniciativa”, disse.
Rosemira dos Santos Aquino, do bairro Retiro, foi uma das primeiras pacientes beneficiadas com a cirurgia ginecológica. “Aguardo pelo procedimento há anos e foi muito bom ter sido chamada. O atendimento é perfeito, do pré-operatório ao acompanhamento pós-cirurgia”, falou. “Encontramos uma longa fila, com muitas pessoas aguardando para estes procedimentos. Tivemos de reestruturar a rede em meio ao pior período da pandemia e vamos usar todos os recursos para zerar a espera. A convocação está sendo feita de acordo com a disponibilidade da rede privada”, explicou a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha.
VOLTA REDONDA
O próximo 6 de novembro será um importante dia na vida da Maria Clara Barbosa, de 17 anos, e sua família. Ela será a primeira paciente operada pelo projeto Coluna Reta, implantado pela Prefeitura de Volta Redonda há cerca de quatro meses. Outra adolescente também passará pelo procedimento no mesmo dia. A meta é que sejam realizadas duas cirurgias mensalmente.
O médico responsável pelo projeto, o ortopedista especialista em coluna, Juliano Coelho, explica que a paciente faz parte da realidade da escoliose no país.“Apesar de pouco conhecida pela população, a Escoliose Idiopática já atinge milhões de pessoas no Brasil e em todo o mundo. Mais comum em meninas, ela acomete em torno de 4% da população mundial. Nosso objetivo com a cirurgia é estabilizar a coluna para evitar a piora, pois se não fizer nada, o problema vai agravando cada vez mais”, disse o médico.
A mãe de Maria Clara, Etienne Patrícia de Lima, conta que, com 12 anos, a filha começou a reclamar da dor.
“Há cinco anos ela está na fila do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), aguardando uma avaliação. Esse ano, tivemos a excelente notícia de que a prefeitura tinha implantado o Coluna Reta em Volta Redonda. Foi um grande presente. É muito difícil ver sua filha não participar das aulas de Educação Física ou faltar às aulas por estar sentido dor. Além disso, tem a questão estética que reflete na autoestima dela. Às vezes ela quer usar uma roupa e não fica boa. Não tenho palavras para descrever a minha alegria de saber que, em breve, isso tudo vai passar”, comemora a mãe.
Pós-operatório
Após a cirurgia, o paciente fica internado de três a quatro dias para analgesia. Em três semanas são retirados os pontos e a partir daí, ele passa a fazer fisioterapia através do Coluna Reta, no Estádio Raulino de Oliveira. Por volta de 60 a 90 dias, o paciente pode retomar as suas atividades físicas. “Além do diagnóstico e cirurgia, o projeto oferece toda a reabilitação aos pacientes. Eles são operados em Volta Redonda e acompanhados aqui também, recebendo todo o suporte necessário”, disse o médico Juliano Coelho.
O Programa
O Coluna Reta, pioneiro no país, tem como objetivo a prevenção e o tratamento, evitando que seja necessário chegar ao estágio cirúrgico. Destinado a crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, o programa busca o diagnóstico precoce e tratamento desses pacientes de forma contínua.
Os atendimentos são feitos às sextas-feiras na Policlínica da Cidadania, que fica no Estádio Raulino de Oliveira. Todas as crianças e adolescentes que já foram atendidos voltam para avaliações após um ano. Desde que o projeto foi implantado, já foram triadas 200 crianças, sendo que dez delas tem indicação cirúrgica. A programação é que sejam realizadas mensalmente duas cirurgias no Hospital São João Batista, aos sábados.
BRASÍLIA
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, e a AstraZeneca assinaram na sexta-feira, dia 31 de julho, um documento que dará base para o acordo entre os laboratórios sobre a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança. O entendimento é o passo seguinte às negociações realizadas pelo governo federal, a Embaixada Britânica e o laboratório AstraZeneca.
O Ministério da Saúde prevê um repasse de R$ 522,1 milhões na estrutura de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos. O objetivo é ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas e tecnologia disponível para a proteção da população. Outros R$ 1,3 bilhão são despesas referentes a pagamentos previstos no contrato de Encomenda Tecnológica. Os valores contemplam a finalização da vacina.
De acordo com a diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde Camile Giaretta, o alinhamento com o laboratório britânico é um avanço importante. “Demos mais um passo importante para a formalização do acordo entre os laboratórios. Essa ação do governo federal significa um avanço para o desenvolvimento de tecnologia nacional e de proteção da população brasileira”, afirmou Camile.
O Memorando de Entendimento que define os parâmetros econômicos e tecnológicos para a produção da vacina da Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford já está em fase de estudos clínicos no Brasil e em outros países.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, disse que o acordo prevê o início da produção da vacina no Brasil a partir de dezembro deste ano e garante total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos tenha condições de produzir a vacina de forma independente. “Nos seus 120 anos de história, a Fiocruz sempre respondeu às grandes questões do SUS e às emergências sanitárias. Frente à pandemia da Covid 19, chegarmos a esse momento para celebrar o acordo com a farmacêutica AstraZeneca e realizar a encomenda tecnológica e a incorporação da tecnologia em Bio-Manguinhos é um passo fundamental para salvar vidas e garantir a autonomia e a soberania do nosso país na questão da vacina”, ressaltou.
O acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o governo brasileiro e governo britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. O próximo passo será a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica, previsto para a segunda semana de agosto, que garante acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021.
A Fiocruz recebeu informações técnicas fornecidas pela AstraZeneca necessárias para a definição dos principais equipamentos para o início da produção industrial. Com sua larga experiência em produção de vacinas, a instituição também colocará à disposição sua capacidade técnica a serviço dos esforços mundiais para a aceleração do escalonamento industrial da vacina junto a outros parceiros.
Ao mesmo tempo, a Fiocruz constituiu um comitê de acompanhamento técnico-científico das iniciativas associadas às vacinas para a Covid-19. O comitê é coordenado pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, e tem a participação de especialistas da Fiocruz e de instituições como USP, UFRJ e UFG.
A vacina produzida por Bio-Manguinhos será distribuída pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), que atende o Sistema Único de Saúde (SUS). O acordo com a AstraZeneca permitirá, além da incorporação tecnológica desta vacina, o domínio de uma plataforma para desenvolvimento de vacinas para prevenção de outras enfermidades, como a malária.
A assinatura deste acordo é mais um passo decisivo para a produção de uma vacina contra a Covid-19 no Brasil, contribuindo para a soberania nacional ao garantir ao país competência tecnológica e fortalecimento do SUS no combate à pandemia. (*Com informações do Ministério da Saúde).
PAÍS/SUL FLUMINENSE
O medicamento Spinraza, único no mundo recomendado para o tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME), passará a ser disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), para portadores de AME tipo 1. O anúncio foi feito nessa quarta-feira, 24, pelo Ministério da Saúde. No entanto, apesar da notícia ser ótima para muitos, não contemplou a todos. Mães de crianças com AME, afirmam que suas filhas não poderão contar com o remédio no SUS, já que o decreto diz que pacientes com ventilação mecânica não poderão contar com o medicamento.
De acordo com o que foi divulgado pelo Ministério da Saúde, a previsão é que o fármaco esteja disponível em centros especializados em até 180 dias, conforme determina a legislação, no entanto, o medicamento será apenas para portadores de AME tipo 1, e, que não utilizam ventilação mecânica. Os demais subtipos da doença estão sendo analisados dentro de um novo modelo de oferta de medicamentos para os pacientes portadores da doença, o chamado compartilhamento de risco.
A mãe da pequena Antônia, Bruna Vidal, moradora de Barra Mansa, contou que a filha tem cinco anos, já tomou cinco das seis doses que ela conseguiu obter através da Justiça, no entanto ela terá que continuar recorrendo por novas doses. “Essa decisão excluiu várias crianças que precisam das doses. Não existe motivo para eles restringirem os pacientes com ventilação mecânica. Uma grande porcentagem de crianças com AME utiliza a traqueostomia, já que a doença enfraquece a musculação, causando a dificuldade para respirar, por isso, muitos necessitam dos aparelhos respiratórios”, expôs, afirmando que essa decisão visa economizar dinheiro. “Eles sabem que terão grande custo com esse medicamento. Por ano serão R$ 3 milhões por família”, completou.
Outra mãe que afirmou estar indignada com a decisão foi a Andressa Cristina Victorio, de Itatiaia. Ela explicou que a filha, Maria Luiza Victorio, de dois anos, só conseguiu tomar as doses do medicamento depois de insistir na Justiça. “Minha filha tem AME tipo 1 e utiliza a traqueostomia. A esperança que esse remédio fosse disponibilizado no SUS era muito grande, e depois que eu li sobre as restrições, fiquei indignada demais. É como se fosse um tipo de discriminação. Porque eles estão selecionando aqueles que poderão receber o remédio. Escolhendo quem dar a chance de viver. Isso é o cúmulo do absurdo, pois a doença é a mesma, não há diferença para de quem utiliza a máscara ou a ventilação mecânica”, disse indignada.

Maria Luiza Victorio, de dois anos, diagnosticada com AME tipo 1
Medicamento para AME disponibilizado no SUS em até 180 dias
O anúncio da liberação do Spinraza pelo SUS foi feito pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante audiência no Senado Federal. Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, em até 180 dias o medicamento já será disponibilizado. O tratamento consiste na administração de seis frascos com 5 ml no primeiro ano e, a partir do segundo ano, passam a ser três frascos. A medida teve como base diversos estudos que apontam a eficácia do medicamento na interrupção da evolução da AME para quadros mais graves e que são prevalentes na maioria dos pacientes.
COMPARTILHAMENTO DE RISCO
O Ministério da Saúde também estuda a incorporação do Spinraza na modalidade compartilhamento de risco, o que incluiria também outros subtipos da doença: o tipo 2 (início dos sintomas entre 7 e 18 meses de vida) e o tipo 3 (início dos sintomas antes dos 3 anos de vida e 12 anos incompletos). Neste formato, o governo só paga pelo medicamento se houver melhora da saúde do paciente. Assim, ao mesmo tempo em que os pacientes fazem uso do medicamento, deverão ser acompanhados, via registro prospectivo, para medir resultados e desempenhos, como evolução da função motora e menor tempo de uso de ventilação mecânica. Atualmente, há negociações de acesso e reembolso do fármaco em 42 países, como França, Itália e Reino Unido.
Segundo o ministro Mandetta, a liberação ajudará a diminuir o custo do SUS. “Com a incorporação vamos reduzir o valor do medicamento em relação aos pedidos judiciais. É o primeiro passo para o tipo 1. Conseguimos avançar, também, nas situações que ainda não temos recomendação. Vamos para protocolos e para o nosso primeiro compartilhamento de risco”, disse.
BARRA MANSA
Ocorreu nos dias 12 e 13 de maio, a 10ª Conferência Municipal de Saúde, no auditório da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaae). O encontro teve como tema Democracia e Saúde, e reunindo dezenas de representantes da sociedade civil, do governo municipal, usuários e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), para debater propostas e apresentar políticas públicas de saúde, de acordo com o eixo nacional. Ao todo foram formalizadas 28 propostas.
Algumas das propostas que os delegados de saúde de Barra Mansa vão apresentar na Conferência Estadual de Saúde a ser realizada nos próximos dias 24, 25 e 26, em local ainda a ser definido, são: implantar conselhos gestores em todas as unidades de saúde; promover a formação continuada e permanente dos profissionais de saúde, a fim de otimizar o atendimento aos usuários do SUS; efetivar o programa Saúde nas Escolas, com ampliação do número de unidades atendidas; e buscar a revisão da tabela SUS, a qual não passa por um reajuste de valores há cerca de 20 anos.
Segundo a gerente de Atenção Básica, da Secretaria Municipal de Saúde, Mariana Sobreira Almeida, ainda esta semana os relatórios serão encaminhadas para os organizadores da Conferência Estadual de Saúde. “Além de debater as propostas para a melhoria da saúde pública, foi realizada a eleição do Conselho Municipal de Saúde para o quadriênio 2020/2024. Oito desses representantes já participam da Conferência Estadual e posteriormente, da Conferência Nacional, entre os dias 4 e 7 de agosto”, detalhou Mariana.
O secretário de Saúde, Sérgio Gomes, reafirmou a importância das discussões em torno de melhorias na área da saúde. “A medida é um fedback dos serviços prestados pelo município e nos aponta caminhos para buscar uma melhoria constante”, disse, ressaltando que atualmente, 80% da população utiliza o SUS, o que equivale, aproximadamente, 143.600 dos 179.451 habitantes do município. “Por isso essa busca constante pelo aprimoramento é tão fundamental”, expôs.
NOVOS REPRESENTANTES DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE
No sábado, 13, foi realizada a eleição para a escolha dos novos representes do Conselho Municipal de Saúde. A entidade garante a participação da sociedade no processo de fiscalização dos recursos e do andamento dos trabalhos realizados no SUS. O conselheiros tem entre outras atribuições acompanhar a utilização dos recursos repassados pelo SUS e o Governo Federal para a Saúde, monitorar a execução das ações na área da saúde, participar da formulação das metas para a área da saúde e reunir-se ao menos uma vez por mês para discutir assuntos pertinentes ao setor.
O conselho é composto por 12 representantes dos usuários, entre associações, sindicatos, igrejas, entre outros; três representantes da entidade gestora, ou seja, da Secretaria de Saúde; três de prestadores de serviço, Santa Casa, Apae e Centro Universitário de Barra Mansa (UBM); e outros seis representantes de entidades de classe, como o Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Odontologia, Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) e Conselho Regional de Medicina (CRM).
BARRA MANSA
Em entrevista exclusiva ao A VOZ DA CIDADE, Bruna Vidal falou sobre a efetividade do remédio Spinraza para os portadores da doença rara Atrofia Muscular Espinhal (AME). Ela conta que há oito meses sua filha, Antônia Vidal, de cinco anos, começou o tratamento com o remédio e desde então teve uma melhora significativa. “Atualmente ela consegue realizar atividades que antes do remédio não seriam possíveis”, comemorou, acrescentando que a família precisará conseguir mais doses para continuar o tratamento.
Segundo Bruna Vidal, quando foi divulgado que o remédio Spinraza, seria disponibilizado no SUS, ela se sentiu aliviada. “Em dezembro anunciaram que o remédio seria implantado e não foi, e, esse ano voltaram a anunciar e isso também não aconteceu. A família fica na expectativa orando para que isso aconteça para a gente não ficar a mercê da justiça para tentar garantir o direito ao medicamento”, contou.

Com o remédio, Antônia teve ganho em qualidade de vida Foto- Divulgação
EFETIVIDADE DO TRATAMENTO
Atualmente Antônia, que antes não podia se alimentar oralmente e respirava apenas com ajuda de aparelhos, já consegue ingerir alimentos e a respiração já não depende 100% do respirador. “Ela teve ganho em qualidade de vida. Agora ela come pastoso e líquido, consegue sugar o canudinho, coisa que ela não tinha força para fazer antes”, contou a mãe, acrescentando que a pequena Antônia já consegue até mesmo desenhar, escrever e já começou a mover as pernas.
Bruna explica ainda que junto com o tratamento da medicação, existe um trabalho da equipe que a assiste em casa pelo Home Care, fisioterapias particulares e professora particular para a alfabetização em residência, custeada pela família. Ela conta ainda que as seis doses que recebeu para realizar um ano de tratamento acaba em junho. “Quando acabar precisaremos que eles enviem mais doses para um ano para que ela possa continuar evoluindo”, disse.
Spinraza NO SUS
O Spinraza, destinado ao tratamento da AME, poderá ser a primeira medicação incluída no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo viés da nova modalidade. Segundo o Ministério da Saúde a análise da possível incorporação do remédio deve ocorrer este mês. Atualmente, o tratamento por paciente custa R$ 1,3 milhão por ano. O pedido de incorporação do spinraza será analisado na próxima reunião da CONITEC, e deverá seguir, com celeridade, os demais trâmites previstos em lei.
A expectativa para que o remédio seja incorporado ao SUS é grande. “Eu e meu esposo torcemos e pedimos a Deus pra que ocorra rápido esta inclusão”, disse a mãe da Antônia, completando que isso beneficiaria muitas crianças. “A doença traz consigo o indispor de brigar e gritar pra que um direito seja cumprido. Se não fosse nosso apelo nas redes sociais ano passado não teríamos conseguido o tratamento. É triste termos que nos expor e brigar pra conseguir o remédio. Mas se for necessário, continuaremos na luta”, finalizou.
SUL FLUMINENSE
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou na última quarta-feira, um voto de censura ao Ministério da Saúde por ainda não ter incluído o medicamento Spinraza no protocolo do SUS. O remédio, que impede a progressão da Atrofia Muscular Espinhas (AME), foi regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro de 2017. No entanto, cada dose do remédio ainda custa em torno de R$ 364 mil. Em setembro o Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), rejeitou, em sua recomendação inicial, a incorporação do remédio ao Sistema Único de Saúde. Duas crianças da região precisam do medicamento para lutarem pela vida.
A Biogen, laboratório que produz o remédio, informou que a Consulta Pública nº45, mecanismo de publicidade e transparência utilizado pela Administração Pública para obter informações, opiniões e críticas da sociedade a respeito de determinado tema, foi encerrada com uma participação recorde de aproximadamente 37 mil contribuições. De acordo com a nota oficial, “são cerca de 860 de caráter técnico-científico e outras 36 mil de experiência e opinião. Mais de 90% das contribuições defendem a inclusão do medicamento na rede pública. Segundo levantamento, esta é a consulta pública que obteve o maior número de participações da história da Conitec”.
A atrofia muscular espinhal é uma das mais de oito mil doenças raras conhecidas no mundo e afeta, aproximadamente, entre sete a dez bebês em cada 100 mil nascidos vivos, sendo a maior causa genética de morte de bebês e crianças de até dois anos de idade. O tratamento chega a R$ 2,5 milhões no primeiro ano, e em torno de R$ 1,2 milhão nos seguintes. É um medicamento necessário para a vida toda.
Na região Sul Fluminense existem dois casos, que sensibilizou e chamou a atenção de todos. Malu, de um ano de vida, e Antônia, com cinco anos, ambas possuem a Atrofia Muscular Espinhal. As famílias tiveram que realizar campanhas e ações para conseguir arrecadar o dinheiro necessário para o medicamento, e ainda recorrer por uma determinação da Justiça para que o remédio fosse liberado.
Luta pela vida
O caso da Antônia começou aos seis meses de vida, e desde então a família luta para conseguir as doses do medicamento. Segundo a mãe de Antônia, Bruna Badini Vidal, foi em 2016, quando o governo americano aprovou o primeiro medicamento com resultados efetivos comprovados que as campanhas para arrecadação começou. “É uma situação triste, porque nós como família, temos que fazer barulho e gritar para tentar garantir uma coisa que é direito dessas crianças. Esse medicamento já deveria ser oferecido pelo SUS há muito tempo, sem que as famílias precisassem ter que fazer abaixo assinado na internet” afirmou a mãe.
Segundo Andressa Victório, mãe da pequena Malu, a criança já tomou a primeira dose, e a família vai ter que recorrer na defensoria pública para tentar conseguir as outras. “Já fizemos campanhas, bingo, rifa, e conseguimos ordem judicial. Mas nem todas as famílias têm condição de fazer isso, é uma situação complicada, porque nossos filhos dependem dessa vacina para poder viver. Espero que o estado faça algo para podermos ter acesso ao medicamento. Algo tem que ser feito”, disse.
PRÓXIMOS PASSOS
De acordo com a Biogen “encerrado o prazo da consulta pública, a Conitec deve agora analisar o conteúdo das contribuições e rediscutir sua recomendação preliminar, de rejeitar a incorporação do medicamento supostamente por seu alto custo e evidências discretas dos benefícios aos pacientes. Com a recomendação final da Conitec, o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE) toma a decisão sobre a incorporação (ou não) ao SUS, bem como os critérios que deverão ser observados”.
BARRA MANSA
A Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa realizou no fim da tarde de terça-feira, dia 5, duas cirurgias de transplante de córneas. As cirurgias foram consideradas um sucesso pela equipe médica e inauguram a habilitação de cirurgias de transplante de córneas do hospital. “O primeiro transplante de córnea foi realizado sem intercorrências, a equipe ficou satisfeita com o resultado cirúrgico imediato”, afirmou a médica responsável pela cirurgia, Ely Regina Alves de Oliveira Brasil.
Ana Maria de Andrade tem 74 anos. Ela foi quem inaugurou o novo serviço oferecido pela Santa Casa. Nesta quarta-feira, dia 6, ela já recebeu alta e a família ficou animada com o resultado. “Ela ficou dois anos em tratamento, mas demorou pouco para o transplante. Esperamos um mês e ela já foi operada na sua própria cidade. Isso é muito bom porque assim a gente também está mais perto”, disse a filha, Lindamar Menezes Arruda.
Também operada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Delina de Souza Freitas, de 70 anos, recebeu alta nesta quarta de manhã.
“Essas cirurgias representam um enorme passo para a resolução das alterações corneanas cirúrgicas sem que o paciente tenha que se deslocar para outros municípios e/ou estados”, reforçou a cirurgiã.
Para o diretor médico da Santa Casa, Elder Sarmento, as cirurgias marcam uma nova era na entidade. “É uma grande conquista. As cirurgias foram ótimas, as pacientes já foram para casa e estamos caminhando a passos largos para outras habilitações de transplantes”, adiantou o diretor.
“A habilitação para execução do procedimento realizado ilustra o nível de excelência atingido por esta secular instituição. Parabéns a todos que, com muita dedicação, competência e amor ao próximo, contribuíram para esta grande conquista para nossa região”, completou o provedor da entidade, Getúlio Pereira.
MUTIRÃO OFTALMOLÓGICO É NESTE SÁBADO
O mutirão de consultas oftalmológicas retoma suas atividades neste sábado, dia 9. Pacientes dos bairros Nove de Abril, Getúlio Vargas e Vila Delgado, com consultas previamente agendadas nas unidades básicas de saúde (UBS’s) das referidas localidades, devem se encaminhar ao Centro de Especialidades Médicas (CEM), localizado ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Centro, entre 9 e 13 horas, para receberem o atendimento.
A iniciativa da prefeitura tem a finalidade de zerar as demandas de cerca de seis mil consultas, em um prazo de seis meses – a ação teve início em abril. Até o momento, aproximadamente 480 pacientes já foram beneficiados com a medida.
De acordo com o coordenador do mutirão, o oftalmologista Álvaro Salles, durante o atendimento quando são constatadas a necessidade de novos exames ou procedimentos de maior complexidade, os pacientes são encaminhados para o Hospital de Olhos, que fica na Santa Casa de Barra Mansa. “Durante o mutirão identificamos e fazemos o encaminhamento dos casos mais graves ao Hospital de Olhos. Por exemplo, os de baixa visão, como catarata, glaucoma, doenças da retina”, explicou Salles, destacando que o mutirão atende uma demanda reprimida no município, com alguns pacientes aguardando atendimento há mais ou menos quatro anos.
Salles revelou ainda que todos os atendimentos durante o mutirão são daqueles pacientes que procuraram consulta até março deste ano. Os dos meses seguintes, abril e maio, já devem começar a serem atendidos em julho. “A partir do mês que vem devemos voltar à rotina normal de atendimentos”, finalizou.