VOLTA REDONDA
Devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), Volta Redonda não terá shows durante o Réveillon de 2022. Segundo o prefeito Antonio Francisco Neto, uma queima de fogos descentralizada em pelo menos 15 bairros será realizada. A maior, com duração de mais de dez minutos será realizada em cima da caixa d’água, no bairro Santo Agostinho, sobre a curva do Rio Paraíba do Sul.
Já em outros pontos, a queima de fogos será com duração aproximada de até cinco minutos, nas partes altas dos bairros Santa Rita de Cássia, Eucaliptal, Vila Brasília, Santa Cruz, São Sebastião, Água Limpa, Roma, Belmonte, Três Poços, Vila Rica/Tiradentes, Monte Castelo, Jardim Ponte Alta, Bela Vista e Açude.
QUEIMA DE FOGOS SERÁ ACOMPANHADA POR TÉCNICOS
O prefeito informou que a queima de fogos será acompanhada por técnicos, dois em cada bairro. Uma equipe de 15 profissionais estará concentrada no bairro Santo Agostinho, onde a duração dos fogos de artifício será maior. Lembrou ainda o prefeito que, Volta Redonda prorroga estado de calamidade pública para 2022.
Ainda segundo Neto, os fogos de artifício foram doados por meio da iniciativa privada. A descentralização, de acordo com ele, é para que os moradores possam celebrar o ano novo sem necessidade de sair de casa, a fim de evitar aglomerações. “Vamos fazer uma queima de fogos em 15 bairros de Volta Redonda para incentivar as pessoas a acompanharem a virada em casa. Os shows de Réveillon estão cancelados para evitar aglomeração devido à Covid-19. Faço mais uma vez um pedido a todos os moradores, vacinem-se e continuem se cuidando, usem máscara e higienizem as mãos”, concluiu o prefeito.
VOLTA REDONDA
Apesar da crise financeira que assolou o país durante o ano de 2020 e que ainda não acabou, por causa do novo coronavívrus (Covid-19), o comércio de Volta Redonda comemora as boas vendas de Natal e Ano Novo. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-VR), pelas conversas com os comerciantes o movimento foi bom no comércio. Há ainda uma boa expectativa para os próximos meses.
De acordo com a CDL-VR, estima-se que as vendas no final de 2020 superaram uns 5% em relação ao ano anterior. O que mudou foi o comportamento do consumidor, que planejou melhor as idas ao comércio para evitar filas, aglomerações, antecipando as compras, que foram mais diluídas durante o mês.
Ainda segundo a CDL-VR, com o pagamento do auxílio emergencial, muitas pessoas também tiveram mais poder de compra, principalmente, aquelas que não tinham renda ou autônomos, MEI, entre outros trabalhadores que tiveram direito. “Vimos um fluxo grande de consumidores ao longo do mês, comprando, mas sem aquele corre-corre de última hora, por conta da Covid-19. As pessoas fizeram as compras com cautela e os cuidados nas lojas para evitar o contágio foram mantidos”, destacou o presidente da CDL-VR Gilson de Castro, lembrando que além de eletroeletrônicos, brinquedos e vestuário foram os presentes mais vendidos.
Gilson de Castro ressaltou também que os restaurantes, mesmo com funcionamento reduzido, registraram um movimento bom para as comemorações apesar das confraternizações terem sido menores. “Foram divididas em grupos para as comemorações. Por isso, o movimento não caiu tanto. Em relação aos supermercados, também venderam bem tanto para as comemorações em casa, quanto para quem foi viajar, principalmente para praias.
Fluminenses têm planejamento para gastos de início de ano, indica pesquisa do IFec RJ
SUL FLUMINENSE
Os gastos do início do ano com Imposto de Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), Imposto Predial, Territorial Urbano (IPTU) e despesas escolares (matrícula e material didático) representam um grande impacto financeiro para as famílias. Levantamento do Instituto Fecomércio Rio (IFec RJ) mostrou que 51,8% dos fluminenses realizaram algum planejamento financeiro ao longo de 2019 para pagar as despesas iniciais de 2020.
Segundo o diretor do IFec RJ, João Gomes, a pesquisa mostrou um amadurecimento da população com os gastos futuros. “É positivo observar que pouco mais da metade dos entrevistados se planejaram, ao longo de 2019, para honrar os tradicionais gastos de início do ano. O planejamento financeiro é importante a fim de evitar empréstimos ou parcelamentos que vão encolher o rendimento mensal ao longo dos próximos meses”, destaca o diretor do Instituto Fecomércio RJ.
Recentemente, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL) e o Sistema de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgou que apenas um em cada dez brasileiros possui recursos próprios para arcar com as despesas de início de ano. No caso dos dados restritos ao Rio de Janeiro, as dificuldades são semelhantes. No caso do IPTU, a pesquisa da IFec RJ mostra que entre os fluminenses que pagam este importo, mais da metade (53,9%) vão pagar de forma parcelada, mesmo com os descontos oferecidos pelo governo para pagamento antecipado.
Já dos 42,4% que pagam IPVA, 50,5% vão pagar à vista, aproveitando a redução de 3% no valor. “De forma geral, mostra que tanto em âmbito nacional ou regionalmente o trabalhador que se programa enfrenta de forma mais eficiente estes gastos que tanto oneram o orçamento a cada início de ano. Uma família com casal e dois filhos em idade escolar, por exemplo, tem gastos com matrícula, livros, uniforme, enfim. E tem o IPVA do carro da família, se for mais de um aumenta a conta. O IPTU que mesmo em alguns casos de aluguel é cobrado do inquilino. É o momento de utilizar o bom senso e priorizar o que for importante”, conta a educadora financeira Clarence Lindomar.
Para o industriário Rodrigo Mendonça, 41, quitar todas as despesas é a meta até março. “jÁ programei pagar a cota única do IPTU e também o IPVA. Separei parte dos benefícios que recebi no fim de 2019 pensando nisso. Também quero analisar com a esposa como aproveitar melhor o material escolar da nossa filha. Existem cadernos por exemplo com muitas folhas em branco. De repente, reduzimos o total de cadernos novos na lista do material escolar, não sei. Penso que a solução pra não ficar agarrado é planejar e ter firmeza porque as tentações pra gastar são muitas, ainda mais em férias”, comenta o morador de Volta Redonda.
No caso das despesas de menor valor, o estudo da IFec RJ mostrou que dos 35,2% que têm gastos com matrícula escolar, 72,2% efetuarão o pagamento à vista. Já dos 49,6% que têm gastos com material escolar, 46,4% vão optar pelo pagamento à vista, enquanto 53,6% optarão pelo parcelamento.
Apenas 11% dos brasileiros têm renda suficiente para quitar despesas de início de ano, afirma levantamento da CNDL/SPC Brasil
SUL FLUMINENSE
Comércio lotado, dinheiro extra com o décimo terceiro, PIS e Saque Imediato. O fim de ano foi movimentado com as compras de presentes e itens das ceias e festas de confraternização no Natal e Réveillon. Agora, o frenesi nas compras dá vez à realidade de despesas sazonais de início de ano, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) entre outros gastos comuns da época, como reajuste de aluguel e até a compra de material escolar.
Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção a Crédito (SPC Brasil), apenas 11% dos brasileiros têm renda suficiente para quitar as despesas de início de ano. Ou seja, uma em cada dez pessoas consegue cobrir os gastos a partir de janeiro com o seu próprio rendimento, sem conflitar o orçamento mensal com as parcelas das compras realizadas no fim de ano.
Ao menos 26% dos entrevistados tiveram de economizar nas festas e com as compras de Natal para conseguir pagar as despesas de início de ano. Outros 21% guardaram ao menos parte do décimo terceiro salário, e 17% disseram ter montado uma reserva ao longo de 2019 para cobrir gastos no futuro. E teve ainda aqueles que fizeram renda extra, um bico, para acumular a renda extra – 14% dos entrevistados.
Na região, a rotina financeira da maioria dos trabalhadores ouvidos pelo A VOZ DA CIDADE revela que de fato é conflitante os gastos de início de ano e festas. “Foram muitas compras pequenas, a fatura do cartão de crédito vence no dia 15. Serão quase R$ 2 mil em contas e terei ainda que pagar a primeira parcela do IPTU. A intenção era a cota única, mas ficamos apertados. Não fiz reserva (de dinheiro) nem trabalho alternativo de renda extra. O jeito será pagar parcelado e ir levando”, comenta a servidora Geralda Pinheiro, 47, de Itatiaia.
Em Resende, a manicure Elisângela Maciel, 51, fez planos com o marido para evitar o que chama de ‘caos financeiro de janeiro’. “Janeiro é o caos financeiro, a gente não aguenta ficar sem gastar no Natal e tudo vem somado com as despesas do IPVA, IPTU e compras do material escolar. Vamos parcelar tudo”, projeta a consumidora que soma em torno de R$ 2,5 mil no balanço de contas a pagar neste início de ano novo.
AVALIAÇÃO
Segundo a economista Marcela Kawauti, do SPC Brasil, o recomendável é que o consumidor já tenha traçado no final do ano passado um planejamento das suas despesas sazonais, separando mensalmente uma quantia para essa finalidade. Segundo dados do SPC Brasil, em média, quem parcelou as compras natalinas deve terminar de pagar as prestações somente no mês de abril. Impostos como IPVA e IPTU devem ter prioridade para quitação.
No caso do IPTU, considerando um parcelamento em 10 meses, o pagamento à vista será vantajoso se o desconto for superior a 1,5%. No caso do IPVA, supondo um parcelamento em três vezes, para o pagamento ser realmente vantajoso, basta que o desconto supere os 0,5%. Quem não tem dinheiro guardado deve inevitavelmente pagar a prazo e iniciar um planejamento para quitar essas despesas sem passar por sufoco.
BARRA MANSA
A equipe da 7ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou um motorista dirigindo pela Rodovia Presidente Dutra, com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. O fato ocorreu durante a fiscalização relativa à Operação Ano Novo, no km 287 da Dutra, em frente ao Posto PRF de Floriano, por volta dás 10h40min deste domingo, dia 29.
Os policiais abordaram o condutor do veículo Renault/Logan, com placas do Rio de Janeiro. Ao ser verificada a documentação apresentada pelo homem de 41 anos foi constatado que o mesmo estava com o direito de dirigir suspenso no período de 9 de abril de 2019 até 29 de março de 2021.
Ele foi detido por crime de trânsito previsto no artigo 307 do Código de Trânsito Brasileiro (Violar suspensão do direito de dirigir). A PRF lavrou o Termo Circunstanciado de Ocorrência, onde o indivíduo assinou termo se comprometendo a comparecer ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) quando for intimado.
O veículo foi liberado para ser conduzido por uma passageira que estava com a CNH regularizada. Além da ocorrência, o condutor infrator recebeu multa no valor de R$ 880,41.
SUL FLUMINENSE
O último fim de semana prolongado do ano promete movimentar a rede hoteleira do interior fluminense, com alta taxa de ocupação para o Réveillon, celebrado na terça-feira, dia 31. É grande o fluxo de turistas pelo litoral e também cidades próximas da Serra da Mantiqueira, região que oferece destinos distintos tanto para quem busca paz e o aconchego da serra, ou o calor e o clima de festa nas praias do litoral. Na Costa Verde, as cidades de Angra dos Reis e Paraty são os locais mais procurados tanto pelos turistas brasileiros quanto os estrangeiros. Tombadas pelo Patrimônio Cultural, Histórico e Artísticos da Unesco, a Ilha Grande, em Angra, e Paraty apresentam taxa de ocupação na rede hoteleira acima dos 80%.
A região é rota, inclusive, de diversos transatlânticos com milhares de turistas. Na cidade de Angra dos Reis, a expectativa é que a alta temporada leve até o mês de março de 2020, o total de 44 navios e mais de 160 mil turistas. O impacto na economia supera R$ 1 milhão, segundo dados da Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra).
Segundo a TurisAngra, em 2018, a taxa de ocupação, no período de Réveillon, foi de 75%. Em 2019, no mesmo período, a estimativa é que 85% dos aproximadamente 12 mil leitos da cidade estejam ocupados. Além das belezas naturais e gastronomia, Angra oferece linha de shows e festas de fim de ano, conquistando turistas de diversas localidades e países. “Estamos com uma programação muito forte no Réveillon da cidade, com shows do Michel Teló e Claudia Leitte, na Praia do Anil. No Abraão, na Ilha Grande, também teremos quatro dias de festas e show do Detonautas. A Procissão Marítima vai abrir o próximo ano, com show do Molejo após o evento. Teremos também festas em condomínios e hotéis”, destacou o presidente da TurisAngra, João Willy Peixoto.
CLIMA AMENO NA SERRA
Para o turista que busca lazer e um clima ameno, Penedo, em Itatiaia, e Visconde de Mauá, em Resende, são alguns atrativos para o Réveillon. Em Penedo, o bairro mais famoso de Itatiaia onde esta situada a única Colônia Finlandesa no Brasil, os turistas lotam hotéis e pousadas. A Secretaria de Turismo de Itatiaia confirmou nesta sexta-feira taxa de ocupação acima de 80%, o que tende a crescer com as reservas e turistas de última hora ao longo do fim de semana prolongado.
O pórtico do bairro e ruas mantém a iluminação de Natal como destaque, sem falar na Pequena Finlândia, o centro comercial também conhecido como a Casa do Papai Noel. “Penedo está pronto para receber o turista neste fim de semana prolongado contando com os seus diversos atrativos”, comenta o secretário de Turismo, Alexandre de Rezende. No bairro mais famoso de Itatiaia, situado às margens da Via Dutra, o turista encontra ainda, cachoeiras, picos, artesanato e gastronomia típica da Finlândia e outras especialidades do mundo como Argentina, Itália e Alemanha. Ainda em Itatiaia, no alto da serra, o turista pode visitar Maringá e Maromba, próximas de Visconde de Mauá.
LOTAÇÃO EM MAUÁ
No distrito resendense, a Associação Turística e Comercial da Região de Visconde de Mauá (Mauatur) afirma que a taxa de ocupação está na faixa dos 85%. São 1.800 leitos de hospedagem. A região tomada pelas araucárias fica a 1.200 metros acima do nível do mar: paz e clima ameno são os pontos fortes do Réveillon em Mauá. “Temos como tradição até mesmo não realizar queima de fogos exagerada, alguns estabelecimentos celebram, mas de forma geral prevalece o clima tranquilo da serra”, afirma Paulo Gomes Oliveira, presidente da Mauatur. “Para o Ano Novo, pacotes promocionais foram criados do dia 28 ao dia 3”, cita. Na mesma região, o turista pode ainda conhecer a Serrinha do Alambari e a Capelinha, por exemplo. Para quem ainda busca pacotes para a região, a dica é consultar a Mauatur, os contatos constam no site www.visiteviscondedemaua.com.br.
SUL FLUMINENSE
A virada do ano pode representar a renovação e o clima de esperança e comemoração contagia boa parte da população. Os mais ansiosos aproveitam a ocasião para aguardar melhorias na rotina pessoal e para isso, comprar roupa nova é uma tradição. Passado o Natal, as vitrines das lojas já exploram o Réveillon com roupas na cor branca ou ainda o amarelo, azul, vermelho e verde – cores que expressam desejo por fortuna, tranquilidade, amor e sorte, por exemplo. As cores podem ser usadas em peças de roupa, maquiagem, acessórios, esmalte ou até roupa íntima.
De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 54% dos consumidores pretende comprar alguma peça de roupa, sapatos ou acessórios para festejar a chegada de 2020. Entre as mulheres, este número chega a 59%. Os gastos com as compras e celebrações do Réveillon, como viagens, ceia, clubes, saídas a bares ou restaurantes, deverão ser, em média, de R$ 321,57, embora 39% ainda não tenham se decidido sobre quanto vão desembolsar.
Em Resende, a dona de casa Maria Aparecida da Silva, aproveitou a quinta-feira para trocar o presente de Natal por algo na cor do ano novo. “Ouvi dizer que o verde sera o tom de 2020, como o presente que ganhei não serviu vim trocar por outro de tamanho maior e nesta cor. Gosto de usar roupa nova e na cor que expressa o que desejo pra minha vida no ano seguinte. Esperança, sorte e prosperidade no verde”, comenta. Mas há quem não abra mão do tradicional branco na virada. “O branco é a síntese da paz e acho que tudo começa por aí. Tendo paz você conquista as demais coisas que deseja. Todo ano viro assim e não será diferente agora”, opina o industriário Francisco Almeida.
A pesquisa cita que o tom de roupa preferido para a noite de ano novo continua sendo o branco, citado por 37% dos que pretendem comemorar a virada. O azul, que representa tranquilidade e confiança no futuro, será opção de 8% dos entrevistados e o amarelo, que para muitos simboliza dinheiro, é a escolha de outros 6%. “Além de os dias pós-Natal serem um período em que muitos consumidores realizam a troca de presentes, os varejistas têm a chance de aproveitar o momento para gerar novas compras”, afirma a economista Marcela Kawauti. Completam o ranking as cores vermelha, preta, rosa e dourada, cada uma com 3% das menções.
No comércio de Barra Mansa, as lojas exploram vitrines com roupas na principais cores da virada, tendo o branco e o amarelo como destaque. “São as cores mais procuradas sim, sem dúvida. O pessoal pensa na paz e no dinheiro. Eu, particularmente, gosto de virar de rosa, pelo amor. Com esse ritual de roupa nova espero vender em torno de 5% a mais, ainda no ritmo do Natal também com a troca de presentes”, comenta a gerente Gisele Aguilar. A universitária Sueli dos Santos, aposta que o amarelo é infalível, mesclado com tons de branco. “Faz uns sete anos que viro assim, usando roupas nesses tons, alternando camisa, calça, bermuda, sandália. Não curto um cor apenas, acho legal a energia que nós mesmos projetamos vestindo aquela roupa nova e na cor do projeto para o ano novo”, frisa.
VIRADA EM CASA E SIMPATIAS
Assim como o Natal, o Réveillon também tem o apelo familiar. A pesquisa mostra que 87% dos consumidores já definiram onde vão virar o ano e 28% deles estará em casa; 13% planejam viajar, 10% celebrar a ocasião na casa de familiares e outros 10% na igreja. Não bastasse o local e a cor da roupa, a virada mexe também com o oculto, muita gente apela para simpatias no réveillon. Ao menos 32% dos entrevistados fará algum ritual de ano novo em 2020, a maioria para tentar ganhar dinheiro no próximo ano, outros que esperam encontrar ou manter um amor, pagar as dívidas, conseguir um emprego e comprar uma casa. “Meu ritual sagrado é ir pra praia e saltar as sete primeiras ondas do ano novo. Faço isso pensando em dinheiro, prosperidade, progresso”, conta o servidor público Paulo Roberto Chaves.
Para a economista Marcela Kawauti, o novo ano aumenta a expectativa dos brasileiros por tempos mais próspero. “Muitos pedem uma `ajudinha´ para sorte, o que até funciona como uma forma interessante de traçar metas. Mas é importante perceber que, no caso dos objetivos financeiros, a melhor estratégia é sempre fazer um bom planejamento. De nada adianta desejar o fim das dívidas e entrar o ano novo gastando mais do que pode”, finaliza.
SUL FLUMINENSE
As compras de fim de ano mobilizam o comércio nesta reta final de dezembro, movimentadas pelo Natal e o réveillon. Segundo uma pesquisa da Boa Vista, ouvindo 1.300 consumidores em todo o país, 83% deles pretende presentear ao menos uma pessoa no natal e o gasto médio nas compras, incluindo o período de réveillon, deve ficar na margem de R$ 564,95 – valor que já inclui despesas de viagens e alimentação. Os dados mostram certa consciência dos consumidores, pois o valor compromete até 25% da renda familiar de 61% dos entrevistados. E mais, 67% pretendem gastar menos dinheiro em relação ao período de festas de fim de ano em 2018. A forma preferida de pagamento nas compras será à vista, conforme indicou 63%, dos ouvidos, e opcionalmente em shoppings, apontado por 37% deles.
Na região, a reta final de compras para o Natal leva milhares de consumidores às lojas e shoppings. As entidades do setor esperam crescimento variando de 5% a 15%, contando com promoções e campanhas especiais, além do horário estendido. Para os consumidores, a meta de fato é ir às compras sem extravagância. “O momento não permite gastar muito, a minha meta é até uns R$ 450 com gastos de Natal e ano novo. Acho que também prefiro os shoppings, afinal tem diversas lojas próximas, praça de alimentação e mais segurança. Vou comprar brinquedos para os filhos, talvez uma roupa pra mim e algo pra minha esposa. Para ceia, ainda não pensei, mas não terá luxo não”, opina o servidor Walmir Nogueira, de Resende. Ele tem opinião semelhante a 51% dos consumidores ouvidos na pesquisa da Boa Vista, que disseram não querer gastar mais do que R$ 500 considerando todas as compras que precisam fazer para Natal e fim de ano.
Destes, 27% pretendem gastar até R$ 300 e outros 24% entre R$ 301 e R$ 500. “Penso que apenas o presente da criançada será garantido: filhos, sobrinhos, afilhados. O Natal é para as crianças, presentes simples também. Pelo que pretendo comprar, imagino que vou gastar uns R$ 290. São três filhos, cinco sobrinhos e dois afilhados. Brinquedos e roupas são o foco”, comenta a dona de casa Flávia Godinho.
CEIA DE NATAL
Sobre a ceia de Natal deste ano, 54% disseram que terá a mesma fartura que em 2018, e para outros 27% que será menos farta. “É a reunião da família e com a ajuda de todos os parentes a ceia sempre fica farta. Já compramos peru, chester e estamos aguardando uma leitoa”, afirma a entusiasmada dona de casa Marinalva Soares.
PROJEÇÃO DE VENDAS
Ainda sobre as vendas de Natal, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de +4,8% para +5,2% a expectativa de crescimento do volume de vendas neste ano. Se confirmada a projeção, o setor vai registrar o maior avanço real das vendas natalinas desde 2012 (+5,0%), aproximando-se do nível de vendas registrado antes da recessão. O Natal é a principal data comemorativa do varejo brasileiro, devendo movimentar R$ 36,3 bilhões neste ano. O nível recorde de vendas ocorreu em 2014, quando o setor registrou movimentação financeira de R$ 36,5 bilhões. “Essa expectativa mais favorável se deve a uma combinação particular de fatores indutores do consumo no curto prazo, neste fim de ano, tais como o atual patamar historicamente baixo da inflação, a ampliação dos prazos na concessão de crédito às pessoas físicas e a maior injeção de recursos extraordinários disponíveis para consumo após a antecipação do calendário de liberação de saques das contas do FGTS”, analisa o economista da CNC Fabio Bentes.
SUL FLUMINENSE
Chegamos à metade do ano. E nem todas as pessoas conseguiram alcançar as metas estabelecidas no de fim de ano. Embora seja comum isso acontecer, é importante tentar alcançar o máximo de metas previstas, afinal, estamos constantemente em busca de evolução.
De acordo com a psicóloga Wanda Elizabeth, a elaboração dessas metas foi feita há meses atrás, mas algo que pode dificultar o cumprimento delas é falta do planejamento necessário para cada proposta. “Quando há muitas metas a serem cumpridas, é importante pensar em prioridades. Existe, de modo geral, uma tendência em não focar em nada quando você possui muitos objetivos. Isso acontece em diversos setores da vida, como no pessoal, profissional e acadêmico também”, cita.
Para ela, o ideal seria começar o ano já tentando entender quais seriam os passos para colocar essas resoluções em prática. Seguindo um plano, a falha é menos provável. Claro que muitas vezes temos percalços, coisas fora do nosso domínio que acabam interferindo no processo. Nesse caso, é preciso analisar e em seguida superá-las. O ideal é traçar novas rotas para que os planos saiam como programado. “Geralmente, quando falhamos ao tentar alcançar um objetivo, é muito comum tentar encontrar uma pessoa para responsabilizar. Ao invés de seguir essa linha, tente refletir sobre quais foram os erros que levaram para não conseguir concretizar a meta e quais seriam os procedimentos a partir de agora para que você chegue aonde quer chegar”, cita.
PRIORIDADES
Elizabeth aconselha a pensar em quais são os pontos que já foram aprimorados nesses primeiros meses, quais foram às lições que esse o último ano – e o primeiro semestre desse – trouxe e como ensinamentos podem te ajudar a conquistar o que você inseriu como meta. “É bem possível que algumas coisas já tenham sido colocadas em prática no começo do ano e algumas delas já devem ter evoluído de alguma maneira. Leve esses planos como prioridades e foque em coisas que são possíveis de concluir, do contrário serão apenas frustrações, e é extremamente difícil levar uma frustração adiante. Quando isso acontece tendemos a parar de explorar as opções e, por consequência, podemos não enxergar uma solução mais simples para os problemas que encontramos no caminho”, aponta.