Resende pode ter Centro de Referência do Homem para ajudar no combate a violência doméstica

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RESENDE

O município pode ter um Centro de Referência do Homem para ajudar no combate à violência contra a mulher no município. O Plenário aprovou a indicação da vereadora Soraia Balieiro (PSD) que propôs à prefeitura a implantação do Centro, um equipamento público que utiliza grupos reflexivos para responsabilizar autores de violência doméstica e prevenir esse tipo de crime.

O Centro de Referência do Homem, que já é uma realidade no município fluminense de Duque de Caxias, atua, ainda, na promoção da saúde do homem, com destaque para a saúde mental, ajudando no enfrentamento ao alcoolismo, ao uso de drogas de uma forma geral e a questões que potencializam os conflitos familiares e contribuem para o ciclo da violência.

Para a vereadora Soraia, o trabalho de esclarecimento e prevenção feito pelo Centro de Referência do Homem é fundamental para combater a cultura do machismo. “O papel desse órgão é ajudar os homens a compreenderem que a violência contra a mulher é um crime, Vale destacar, ainda, que o público-alvo é composto tanto por indivíduos que já praticaram violência doméstica quanto por aqueles que, embora ainda não tenham processo na Justiça, perceberam que precisam de ajuda nesse sentido”, explica a parlamentar. Ela ressalta que, além de trabalhar com grupos reflexivos, o Centro funciona como um divulgador de informações sobre o tema. “O trabalho de esclarecimento também é feito em locais externos, como escolas, igrejas, empresas e até nas ruas”, destaca.

Em outra indicação, Soraia também pediu ao Poder Executivo que promova a palestra “Papo de Homem – Prevenção à Violência Doméstica e Promoção da Convivência Pacífica” em locais definidos pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. “A ideia é levar o tema ao maior número de homens possível, de forma que conheçam mais sobre a legislação que previne e reprime a violência doméstica e se tornem parceiros das mulheres nessa empreitada”, explica.

POLÍTICA PÚBLICAS PARA MULHERES 

Os direitos femininos também foram tema de indicação da vereadora Soraia. Ela pede a criação da Superintendência de Políticas Públicas para Mulheres, com o objetivo de promover a igualdade de gênero. “Embora esteja prevista na Constituição de 1988, sabemos que a paridade de direitos entre os gêneros ainda está longe de ser uma realidade. Exemplo disso é a desigualdade salarial”, lembra Soraia.

Dados do IBGE apontam que a diferença de salário entre homens e mulheres que exercem a mesma função aumentou de 20,7% para 22% em 2021. Segundo o relatório Global Gender Gap Report de 2020, o Brasil está entre as últimas posições do ranking internacional de igualdade salarial. “Cabe ao Poder Público agir para que a paridade de direitos seja, finalmente, tirada do papel e colocada em prática”, assinala a vereadora.

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