Período de fortes chuvas agravam problemas com abastecimento de água em Barra do Piraí

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BARRA DO PIRAí

O prefeito de Barra do Piraí, Mario Esteves, aponta que a situação de captação, tratamento e distribuição de água no município só tende a melhorar após a concessão pública para a o sistema. A declaração do chefe do Executivo barrense foi feita na manhã deste sábado, 02, durante o evento do Dia D de Combate à Dengue. Em conversas com o secretário de Água e Esgoto, Wanderson Barbosa, Mario acredita que são pontos críticos que “vêm se arrastando há décadas” e que a licitação urge como a “saída para o colapso instalado”.

Os investimentos, como apontam estudos, estão na casa de R$ 500 milhões, quase o dobro do orçamento anual municipal. As fortes chuvas que caíram no município também agravaram o problema.
“A situação da água em Barra do Piraí é crítica, com o sistema de abastecimento em colapso há décadas e a maioria da população dependendo, exclusivamente, do fornecimento municipal.

O recente estado de emergência e calamidade pública ressalta a gravidade da situação, mas ainda há desafios significativos, com vários bairros enfrentando escassez de água. A iniciativa de realizar uma licitação para investimentos na infraestrutura é um passo positivo, porém, é essencial que haja uma colaboração eficaz entre a prefeitura, o governo estadual e a Cedae para garantir que esses investimentos sejam direcionados de forma adequada e rápida para resolver os problemas enfrentados pela população”, ressalta Esteves.

O prefeito recordou que, ao vencer as eleições de 2016, pediu um estudo sobre como se encontrava a situação das Estações de Tratamento de Água do município. E, no dia da posse, em janeiro de 2017, emitiu Decreto Municipal apresentando os resultados. “Já se encontravam abandonadas. E o colapso era anunciado pelos governos anteriores, que passaram por problemas semelhantes e não encontraram saída. Após minucioso estudo, tivemos que decretar a calamidade. E a primeira iniciativa foi estudar a saída. Chegamos ao robusto número de R$ 500 milhões, inviável para o Governo Municipal. Daí o pensamento de uma concessão, que vem tendo êxito em cidades como Resende e Petrópolis”, acredita.
Após as chuvas recentes, a situação se agravou ainda mais, como disse Mario, com dezenas de bairros afetados e as estações de água sofrendo danos adicionais. Segundo informações da prefeitura, foram registrados 154 pontos de deslizamentos, alguns dos quais comprometendo diretamente as estações hídricas.

“Neste momento crítico, é crucial que todas as partes envolvidas ajam de forma coordenada e decisiva para encontrar soluções de curto e longo prazo, garantindo o acesso adequado à água para todos os cidadãos e minimizando os impactos negativos sobre a qualidade de vida e a saúde da população de Barra do Piraí.

Diversas Estações de Tratamento de Água tiveram o seu funcionamento interrompido, desta forma, causando o desabastecimento em diversos bairros do Município, entre eles, os mais populosos: Areal, Boa Sorte, Cantão, Asilo, Maracanã, Muqueca, Centro, Oficinas Velhas, Lago Azul, São José, Roseira, Ponte Vermelha, Boca do Mato e Adjacências. Estas localidades representam uma de polução de, aproximadamente, 15 mil usuários.

A Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada no bairro Morro do Gama, que abastece 70% da cidade, foi a mais afetada pelos estragos causados pelas chuvas, tendo o seu ponto de captação desativado por causa de descargas elétricas nos conjuntos de bombas e moto-bombas, com isso, impedindo o bombeamento de água bruta e, por consequências, a impossibilidade de tratamento e distribuição do líquido. Além disso, o desmoronamento de terras obstruiu o aceso à ETA, sendo assim, dificultando que os insumos químicos chegassem ao ponto de tratamento e distribuição de água potável.

Ainda, existem o risco de rompimento das tubulações de 200 milímetros que ligam a Estação de Tratamento com a Estação de Captação de Água Bruta. “O risco de uma nova tragédia é agravada pelo fato de que inúmeras residências foram construídas por cima de tais tubulações, pois, o deslizamento de novas áreas de terras e o rompimento destas adutoras poderiam levar diversas famílias ao estado de calamidade novamente”, finaliza Mario Esteves.

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