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O papel familiar no controle dos conteúdos assistidos por crianças e adolescentes

Por Andre
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“Como se tornar o pior aluno da escola” é um filme de 2017, baseado no livro homônimo escrito pelo humorista Danilo Gentili, lançado em 2009. O filme conta a história de dois alunos que têm dificuldades para cumprir regras e seguir um modelo de comportamento. Na época, uma grande polêmica veio a público. Para muitos, a narrativa do filme faz apologia à pedofilia e a outras condutas reprováveis, como o bullying.

Quem achou que as discussões acaloradas motivadas pelo filme tinham ficado no passado, se enganou. Durante essa semana, os debates ao redor do tema novamente ganharam repercussão nacional. Quem nunca tinha ouvido falar do longa-metragem, conheceu seu conteúdo pela primeira vez.

Inclusive, as plataformas de streaming foram determinadas a suspender a exibição do filme. A decisão durou pouco tempo e o filme voltou a ser disponibilizado. A classificação indicativa antes de 14 anos, passou para 18.

Diante de tanta polêmica, há quem defenda e acredite que o filme é apenas uma obra de ficção, cuja função é justamente retratar e alertar para os problemas presentes na sociedade. E os que enxergam esse tipo de discurso como um desserviço, um incentivo a práticas repreensíveis.


Neste cenário, a classificação indicativa desempenha uma função importante. É este mecanismo que media a garantia do direito à liberdade de expressão e a proteção dos direitos das crianças e adolescentes. Esses dois fatores precisam ser contemplados para que a democracia seja exercida em seu sentido mais amplo. Mas paralelo às ferramentas de controle e regulação, existe um papel determinante, que deve e somente pode ser exercido por nós, pais e mães.

Acredito que impedir o contato com conteúdos inadequados também é dever da família.Estima-se que 80% dos responsáveis não sabem o que os filhos acessam na internet. Esse dado evidencia a necessidade de estarmos antenados e envolvidos no mundo digital.

As ameaças existem em vários níveis e o diálogo ainda é o melhor caminho para que as crianças saibam identificar possíveis riscos, seja na escola, na rua ou enquanto usam a internet. Para protegê-los, a solução é participar da rotina efetivamente. Saber as companhias dos nossos filhos é tão importante quanto ter conhecimento do que eles assistem ou acessam. Forneça informações, aborde diversos assuntos, dê exemplos práticos e seja agente de um processo de conscientização. Afinal, prepará-los para o futuro é nossa responsabilidade.

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