Ministro de Minas e Energia visita central nuclear e discute ações para que obras de Angra 3 sejam retomadas

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ANGRA DOS REIS

Uma visita técnica à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), localizada em Angra dos Reis, para conhecer o canteiro de obras de Angra 3, foi realizada na segunda-feira, 13, pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. No local, ele entendeu como funciona o armazenamento seguro dos equipamentos que serão usados na terceira usina nuclear brasileira, e conversou com autoridades.

“Hoje vim pessoalmente para conversar e discutir com os prefeitos e responsáveis pela Eletronuclear normas técnicas e judiciais para realização das contrapartidas necessárias para que as obras sejam retomadas. A energia nuclear é uma fonte de baixa emissão de carbono, contribuindo para os esforços de combate às mudanças climáticas. A conclusão de Angra 3 ajudará o Brasil a cumprir suas metas de redução de emissões, alinhando-se aos compromissos internacionais”, disse o ministro Alexandre Silveira.

O evento contou ainda com a presença do presidente da ENBpar, Luis Fernando Paroli, do presidente da Eletrobras, Ivan de Souza Monteiro, dos deputados Julio Lopes, Max Lemos e Reimont Luiz Otoni, dos prefeitos de Angra dos Reis, Fernando Jordão, de Paraty, Luciano Vidal, e de Rio Claro, José Osmar.

“Essa visita foi fundamental, porque o ministro deixou clara a importância do empreendimento, assim como a negociação dos parlamentares. O ministro também disse que quer trazer o presidente Lula para uma visita à Angra 3, de maneira a atender os anseios das prefeituras com o apoio dos deputados federais”, destacou o presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court.

As obras de Angra 3 foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e passam por estudos técnicos e econômicos para examinar a viabilidade de sua conclusão. Um dos objetivos da visita foi debater normas técnicas e judiciais para a realização das contrapartidas necessárias a fim de que a construção da usina nuclear, que está paralisada, seja retomada. “Recebemos o ministro de Minas Energia, juntamente com os prefeitos de Paraty e Rio Claro. Foi uma conversa muito produtiva e agora vamos aguardar, pois a obra de Angra 3 só trará benefícios para o país. A obra é importante, mas para isso precisamos que a Eletronuclear cumpra seu compromisso junto aos municípios”, afirmou o prefeito Fernando Jordão.

COMPENSAÇÕES AMBIENTAIS

Havia a expectativa de prefeito da assinatura da compensação ambiental pela construção da usina nuclear de Angra 3 na segunda-feira. Tanto que a informação partiu do deputado federal Max Lemos em aviso de pauta para impressa. Mas isso não ocorreu. Segundo a Eletronuclear, não havia a previsão dessa ação na agenda do encontro.

O valor das compensações gira em torno de mais de R$ 300 milhões.

Angra dos Reis receberá mais de R$ 264 milhões em cinco parcelas. Rio Claro terá direito a receber cerca de R$ 10 milhões. Já Paraty deve receber pouco mais de R$ 40 milhões.

 

 

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